Exposição com
trabalhos do fotógrafo Fernando Goldgaber, com forte atuação nas décadas de 60
e 70, retratando a miséria de seu povo com uma visão bastante particular, além
de manifestações da cultura popular e artistas.
A mostra traz um
recorte da carreira de Goldgaber, que amava as fotografias em preto e branco.
Entre os trabalhos que fazem parte da exposição encontram-se retratos de artistas da MPB, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia.
Museu Afro Brasil [Parque do Ibirapuera, ]
Curadoria: Emanoel Araujo
Abertura: 18 de agosto – quinta-feira – 19h30
Período: de 19 de agosto a 02 de outubro de 2011
Caetano Veloso, nos anos 60 - Foto:
Fernando Goldgaber
|
Terra Magazine - Foto: Fernando Goldgaber |
1965 - Foto: Fernando Goldgaber |
1965
Produção e direção: Roberto Jorge
Técnicos: Alberto Soluri e Gauss
Fotos: Fernando Goldgaber
Direção geral: Paulo Rocco
Texto
da contracapa escrito por Caetano Veloso
Quem
viu Maria Bethânia aparecer de repente na noite
de um Rio triste na preparação do carnaval: quem assistiu o seu corpo gritar
por um carnaval maior; compreenderá que este disco é um acontecimento
importante: o início da divulgação em larga escala do trabalho de um artista
intenso e urgente, como têm sido os grandes novos artistas brasileiros.
Quem, na Bahia, ouviu Bethânia prometer-se cantar como se todo o povo brasileiro cantasse junto ("sou filha de Caymmi como todo baiano; aluna de Jobim e João Gilberto, como qualquer novo sambista: mas sou também irmã de Noel e de Zé Kéti e minha vocação é o carnaval"), quem cantou com ela e esteve a seu lado no momento da escolha dos caminhos, e verá com amor e cuidado que, irremediavelmente, sobre as costas da irmã já pesam as coisas grandes para as quais ela mal se preparara: dar de volta ao Brasil o samba que aprendera com seu povo; ser fiel às cores e dores da Bahia: salvar o carnaval.
Quem, mais longe, viu Bethânia nascer em Santo Amaro da Purificação (contra cuja resignação de cidade outrora próspera ela se lançará, primeiro por molequeiras e peladas, depois pela extravagância das roupas e pinturas) quem a viu redescobrir, nas festas de rua de Salvador, os sambas de roda que ela aprendera, desatenta, em Santo Amaro ouve comovido os sambas que Bethânia ajudou nascer na Bahia; ao lado da antologia que compõe a sua formação de sambista.
Quem, na Bahia, ouviu Bethânia prometer-se cantar como se todo o povo brasileiro cantasse junto ("sou filha de Caymmi como todo baiano; aluna de Jobim e João Gilberto, como qualquer novo sambista: mas sou também irmã de Noel e de Zé Kéti e minha vocação é o carnaval"), quem cantou com ela e esteve a seu lado no momento da escolha dos caminhos, e verá com amor e cuidado que, irremediavelmente, sobre as costas da irmã já pesam as coisas grandes para as quais ela mal se preparara: dar de volta ao Brasil o samba que aprendera com seu povo; ser fiel às cores e dores da Bahia: salvar o carnaval.
Quem, mais longe, viu Bethânia nascer em Santo Amaro da Purificação (contra cuja resignação de cidade outrora próspera ela se lançará, primeiro por molequeiras e peladas, depois pela extravagância das roupas e pinturas) quem a viu redescobrir, nas festas de rua de Salvador, os sambas de roda que ela aprendera, desatenta, em Santo Amaro ouve comovido os sambas que Bethânia ajudou nascer na Bahia; ao lado da antologia que compõe a sua formação de sambista.
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