Enviado por Jorge Bastos Moreno - 9/2/2006 - 17:18
A irritação do artista
Querem ver o Caetano Veloso irritado? Chamem a sua sunga
de jérsei de cueca.
Parece que isso irritou mais o nosso gênio do que toda a
reportagem da "IstoÉ Gente" sobre sua temporada na Bahia que, para o
artista, é totalmente fantasiosa.
Vejam a carta que Caetano mandou para a revista:
Senhores editores,
Vi no ultimo número de IstoÉGente uma reportagem de capa
sobre mim. Fiquei chocado com a falsidade das informações. Ali é dito que
apareci de mãos dadas com uma nova namorada no ensaio do Cortejo Afro, em
Salvador, que tomei banho de mar de cueca e que fui levar presente para
Iemanjá. Não cheguei de mãos dadas com ninguém àquele local. Não entrei ali com
a moça que aparece na foto comigo. A enganosa impressão de que poderíamos estar
de mãos dadas quando pisávamos degraus diferentes da escada de entrada (eu nem
sabia que nesse momento ela estava justo atrás de mim) e um único flagrante de
breve diálogo num momento posterior tudo o que a revista tem. Para uma
publicação que mostra tanta vontade de fazer uma matéria daquela natureza, essa
escassez de material é prova de que tudo o que é dito no texto não corresponde
à verdade.
Se eu tivesse uma nova namorada e fosse com ela a um
lugar público, vocês teriam oportunidade de reunir evidências. Mas não. A moça,
conhecida minha de há muitos anos, não é minha namorada e não entrou ali comigo
ou ficou a meu lado durante o ensaio. Fui com outras duas amigas e, entre
muitas outras pessoas, encontrei-a lá. No dia seguinte, fui a uma praia
distante, com um grupo de amigos que não incluía a moça em questão, usando uma sunga de jersey azul-rei, de marca Blue Man, com
etiqueta na parte interna e um bordado da marca no lado esquerdo da parte da
frente.
É um sungão, não é uma cueca. Já fui à praia de cueca
centenas de vezes, nos anos 70. Iria de novo se quisesse. Mas não o fiz em
Salvador agora e detesto ler que fiz o que não fiz. Na verdade fiquei
desagradavelmente surpreso ao ver que os fotógrafos nos tinham seguido até ali.
Pois, além de termos parado o carro a mais de um quilômetro do lugar anode
íamos, ficamos num recanto escondido entre árvores. Tudo bem, eu sei que vocês
vivem de entreter seus leitores com histórias sobre pessoas famosas. E eu sou
famoso (e estava com alguns amigos célebres naquela praia). Mas ao menos
esperem histórias acontecerem.
Se eu não fiz nada que significasse a apresentação de uma
nova namorada à sociedade, não tomei banho de mar de cueca, nem levei presente
a Iemanjá, por que mentir a seus leitores afirmando que fiz as três coisas?
Tenham respeito por mim. Tenho 63 anos e uma longa vida
de trabalho com música popular. Estou na Bahia, levando uma vida o mais quieta
possível. Não desci do meu quarto de hotel nem um só segundo no dia 2 de fevereiro. Só compareci a dois
eventos em Salvador todo este verão: a festa da Beleza Negra do Ilê e o ensaio
do Cortejo Afro. Ambos a que assisto tradicionalmente e, dada a ligação pessoal
que tenho com os dois blocos e os seus dirigentes, a que não podia faltar.
Deixei de ir a todos os outros muitos ensaios (de Margareth, do Olodum, do
Muzenza, do Malê de Balê etc.), assim como a toda a série de shows do Festival
de Verão. São coisas que, em outros anos, não perco. Seria o caso de fazer-se
uma reportagem sobre minha atitude reclusa, em comparação. Mas não. Vocês
queriam dizer que estou me esbaldando, e, com as migalhas de duas saídas
discretas, fizeram uma material afirmando isso. Eu acho que eu mereço ser
tratado com mais cuidado.
Caetano Veloso.
JORNAL A TARDE
BAHIA| Salvador
Segunda-feira, 06/02/2006
Padre Pinto rouba a cena
Marcos Casé
Colaboraram Regina Bochicchio e Ceci Alves
Sábado (4/2) era a Noite da Beleza Negra no palco Guetho
Square, do Festival de Verão, mas quem chamou a atenção, mesmo, foi o padre
José Pinto, o muso do verão brasileiro. Mestre em roubar a cena e criar
factóides desde que virou celebridade instantânea ao dançar maquiado e
paramentado de Oxum e de outras personificações durante a Festa de Reis da
Lapinha, em janeiro deste ano - o padre foi convidado pela segunda vez para ser
um dos jurados do concurso.
Mas, irrequieto, apareceu por lá
de chapéu de cowboy, blazer branco, calça com a bandeira do Brasil e camisa com
motivos do Ilê por baixo e detalhe: com um clergyman, peça de uso eclesiástico,
que fecha a gola das camisas dos padres. Para arrematar, sua indefectível
maquiagem, composta por gloss na boca e olhos pintados a lápis. E agitou o
quanto pôde no evento.
Entre as folias do padre, a que
mais teve repercussão foi o beijo rasgado que tascou em outra celebridade
baiana, Caetano Veloso, para a surpresa do acompanhante de Caê, o músico Arto
Lindsay, que ficou siderado com o carinho explícito. Mas esta foi apenas uma
das várias demonstrações de afeto que Pinto distribuiu. Aos 58 anos e cheio de
disposição, ele -que ainda é artista plástico, bailarino e estilista- abraçou
Brown (não, não teve beijo) e muitos outros, nunca desgrudando do copo de
cerveja.
Com estas atitudes e outras
semelhantes às que o fizeram ser substituído da paróquia da Lapinha pelo arcebispo
de Salvador e primaz do Brasil, cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, padre Pinto
conseguiu ser o destaque da noite. Chamou mais a atenção do que outras
personalidades como o ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, e
até a atriz Mariana Ximenes, que também prestigiaram o concurso do Ilê Aiyê.
Mais do que à vontade, ele foi o
mais animado da festa e, inclusive, serviu de referência a Carlinhos Brown,
anfitrião do palco Festival Gueto Square, na hora da coreografia. “Vamos lá pessoal, mão pra cima que nem o
padre Pinto”, incentivou o artista.
No final, quase com o dia claro,
além de dançar, beber e sacudir a platéia, padre Pinto ainda teve pique para
subir ao palco principal junto com os pagodeiros da Psirico e passar uma mensagem religiosa e de paz. Ele fez muita
gente parar para rezar em plena arena do Parque de Exposições.
Beleza negra hype -A grande sacada de Carlinhos Brown - que comandou o
palco Guetho Square, todos os dias - de levar a eleição para a noite de sábado
do Festival de Verão, conseguiu atrair não só um grande e eclético público,
como muitos jornalistas e famosos como, além de Caetano Veloso e Mariana
Ximenes, Wladimir Gasper (cantor participante do Festival e marido de Marisa
Monte) e o famigerado padre Pinto. Resultado: a 27ª Noite da Beleza Negra
bombou.
A nova Deusa do Ébano se chama
Kátia Alves de Jesus. Ela emocionou os jurados com suas evoluções perfeitas e
graciosidade. O segundo lugar ficou com a negra Samonair dos Santos da Costa e
em terceiro, Edimeire Cerqueira Rosário. A Deusa do Ébano, além de acompanhar o
Ilê dentro e fora do País, leva para casa R$ 2 mil e um final de semana no
Hotel Pestana.
As outras vencedoras recebem R$
1,5 mil e R$ 1 mil, mais um troféu. Todas as 15 candidatas ganharam a fantasia
do Ilê que usaram no desfile coletivo, feita artesanalmente por Dete Lima.
Do Correio Braziliense
07/02/2006
|
O padre José Pinto,
punido com afastamento da sua paróquia da Lapinha, em Salvador, após ter se fantasiado
de orixá na Festa de Reis, voltou a se comportar de forma “desafiadora”. Ele participou do Festival de Verão e, entre outras coisas,
beijou Caetano Veloso na boca. Pela primeira vez desde o início do problema,
criticou diretamente seu superior hierárquico na Igreja Católica, o
cardeal-arcebispo de Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo, a quem acusou de ser
um “despreparado
artisticamente”. Para completar,
organizou uma passeata para pedir seu retorno à paróquia da Lapinha.
A “agenda” nada pia de padre Pinto começou no sábado à noite quando ele
participou do júri que escolheu a Rainha do Carnaval do bloco afro Ilê-Ayiê.
Com um chapéu de caubói, maquiado, de blazer branco e por baixo vestindo uma
camiseta do Ilê, o que mais chamava a atenção no padre era o comportamento:
mesmo sentado ele levantava os braços dançando e movimentava estranhamente a
língua.
Às vezes bebericava
cerveja de um copo que raramente largava. Depois do concurso, atendeu ao pedido
de um grupo de pagode chamado Psirico e subiu ao palco para “abençoar” o público: “Pai, filho e Espírito Santo desçam sobre vós e permaneçam para sempreeee. Amém”, gritou em tom de ladainha.
Antes de deixar o local
do festival fez várias críticas à cúpula do clero baiano pelo afastamento da
Lapinha e por ter sugerido que ele fosse fazer tratamento em Roma. Segundo ele,
o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo
Majella Agnelo, teria errado duas vezes por acusá-lo de ser louco e querer
interná-lo num sanatório na Itália.
O padre chegou a ameaçar
acionar, “em juízo”, o cardeal por isso. Também classificou Dom Geraldo de pessoa “despreparada artisticamente” e de ter uma cultura “castrada e castradora”. O “belo trabalho” que diz desenvolver na
Lapinha não é visto pelo cardeal, segundo padre Pinto.
No domingo, o religioso
organizou uma passeada com cerca de 150 paroquianos nas ruas da Lapinha.
Vestia, desta vez, a batina preta dos padres seculares, estava sem maquiagem,
mas admitiu a pintura do cabelo. Vários moradores portavam faixas e cartazes no
mesmo tom desafiador do padre: “Alô. Alô cardeal, inquisição foi na Idade Média. Não deu certo, imagine
agora” e “Perdão, humildade e fraternidade: base do Cristianismo”.
Padre Pinto quer retomar
suas atividades na paróquia que comandou por 33 anos, mas não parece fazer um
gesto de recuo em relação aos seus superiores. Ele argumentou que pessoas como
ele que estão na Igreja e são “chamadas” a “um outro tipo de missão profética”, precisam ser valorizadas “até mesmo para chamar a
atenção da própria instituição
que muitas vezes fica numa posição de muita aparência, muita casca, mas não
percebe, como a própria Bíblia diz, que dentro está a podridão”. Ninguém da Arquidiocese de Salvador quis comentar as declarações a
atitudes de padre Pinto, confirmando apenas que ele está afastado
definitivamente da Paróquia da Lapinha.
O
FUXICO
05/02/2006
Publicado por: Josemar Arlego Jr, Salvador
CAETANO ENCONTRA O POLÊMICO PADRE PINTO, NO FESTIVAL DE SALVADOR
Caetano
Veloso não se importou com a multidão que compareceu ao Festival de Verão, no
sábado, dia 4/2. O cantor, acompanhado da atriz Mariana Ximenes, tratou logo de
conseguir uma cadeira em meio aos bares do local, sem direito à área vip, para
não perder um só minuto da apresentação do Ilê Ayê.
Caetano Veloso não costuma
perder a passagem do mais famoso bloco afro do Carnaval de Salvador, na Bahia,
em que só é permitida a entrada de negros. Caê vibrou com a escolha da Deusa do
Ébano, uma espécie de rainha da bateria se fosse numa escola de samba. No
concurso, meninas negras precisam mostrar todo seu conhecimento da dança
afro-baiana, para vencer a disputa.
A certa altura da noite, o cantor avistou o
Padre Pinto, religioso que ficou conhecido em todo o país após ter sido filmado
realizando missas em uma Igreja Católica, de Salvador, vestido e dançando como
um orixá do Candomblé.
O polêmico Padre Pinto foi afastado e estava em retiro
forçado pela Igreja Católica, na Ilha de Itaparica. É sua primeira aparição pública
após o escândalo.
Eles conversaram durante algum tempo, se abraçaram e ficaram
assistindo ao Ilê Ayê. Como Caetano é muito ligado ao Candomblé, debe ter se
solidarizado ao religioso.
09/02/2006
Publicado
por: Josemar Arlego Jr., Salvador | Foto: Josemar Arlego Jr.
SELINHO
EM CAETANO FAZ IGREJA EXPULSAR PADRE PINTO
Selinho em Caetano faz igreja expulsar Padre Pinto - Foto: Josemar Arlego Jr. |
Um
selinho na boca, trocado entre Caetano Veloso e o Padre Pinto, no último
sábado, dia 3, durante o Festival de Verão Salvador, serviu para colocar mais
lenha na fogueira e gerar revolta na Igreja Católica contra o polêmico
religioso. A cena foi flagrada por um fotógrafo do Jornal A Tarde, da Bahia,
que publicou a foto em uma de suas edições. Diante disso, a Congregação da
Igreja da Lapinha, de Salvador, deu três dias para o padre deixar o local.
No
entanto, em coletiva de imprensa, em Salvador, Padre Pinto avisou que só vai
sair quando Ludovico Caputto, um superior de Roma, desembarcar na capital
baiana especialmente para resolver o problema. Em um dos trechos da carta,
Caputto afirma:
"Os
últimos acontecimentos servem apenas para complicar sua situação como cidadão,
religioso e presbítero. Pense nisto, pelo amor de Deus. Faça memória de sua
história. Ainda é tempo: basta um gesto de humildade da parte do senhor: sair
de cena, pois quem deve sempre brilhar é o Senhor nosso Deus e não nós. Venha!
Estaremos lhe esperando com todo carinho. Vamos refazer esta história. Somente
com sua saída da Lapinha, teremos condições de tentar convencer o cardeal de
sua decisão".
Padre
Pinto ficou bastante indignado e reagiu:"Eles querem me levar, para me
dopar, me encher de medicação, como fizeram depois da Festa de Reis. Assim, vão
tentar provar que estou louco. Vendi meus bens e entreguei a essa congregação.
Eles roubaram minha juventude, minha vida. Agora querem me jogar na rua",
disse Padre Pinto, que ganhou fama após celebrar missas vestido de mulher e com
roupas de Orixás do Candomblé.
Um
novo padre já foi enviado para celebrar as missas, batizados e casamentos. O
assunto foi tema de destaque em jornais de Salvador, como o Correio da Bahia,
bem como dos noticiários da Band Bahia.
2006
Revista ISTOÉ Gente
n° 338
13 de fevereiro
O desbunde de Caetano
Um ano após se separar de Paula Lavigne e menos de
um mês depois de virar avô, o cantor circula por Salvador com uma musa negra,
vai de cueca à praia e beija o folclórico padre Pinto
texto:
Flávia de Leon, de Salvador
fotos:
fred pontes / fotoagencia
Caetano Veloso tem aproveitado – e muito bem – a
nova vida de solteiro em pleno alto verão baiano. Um ano depois de se separar
de Paula Lavigne, com quem foi casado por 19 anos, o cantor e compositor
apareceu em público com Denise Assis dos Santos, uma mulata de corpo
escultural, no ensaio do Cortejo Afro, em Salvador, na segunda-feira 30. De
mãos dadas, o casal foi a sensação da noite. Em aparições mais discretas e
longe dos fotógrafos, os dois já foram vistos juntos na praia do Porto da
Barra, apreciando o pôr-do-sol com amigos, e em barzinhos do Rio Vermelho,
bairro boêmio de Salvador onde o cantor tem uma casa.
Quem conhece a discreta musa do cantor diz que ela
freqüenta a família Veloso há cerca de um ano. Denise, no entanto, não assume o
romance, mas confirma que a amizade é antiga. “Tem um tempo que saio com ele,
não é de agora”, diz ela. “Só agora a mídia viu e fica especulando. Isso já
está me prejudicando, porque não posso mais ir aos lugares que gosto de ir, nem
posso mais sair com ele que fica todo mundo falando.” Caetano também não assume
nem desmente o affair. “Eles nunca trocaram um beijo em público, mas a família
toda a tem como namorada dele. É uma negra belíssima”, conta uma amiga da
família Veloso que prefere o anonimato para evitar a ira de Caetano, que
estaria “furioso” com a exploração do fato. Denise explica as razões para não
comentar sobre o relacionamento. “Tem um momento pra tudo e nesse momento pode
ser ruim pra ele e ruim pra mim.”
Apesar de formalmente separados desde dezembro de
2004, quando Caetano deixou o apartamento que dividia com Paula Lavigne e os filhos,
Tom e Zeca, no Rio, nenhum dos dois assumiu novos relacionamentos. O antigo
casal mantém uma civilizada proximidade. Os dois passaram inclusive o Réveillon
juntos e Paula permanece como empresária do ex-marido. Mas com a chegada do
verão, Caetano rumou sozinho para a Bahia. Em território baiano, Denise,
moradora do bairro da Liberdade, berço da cultura afro em Salvador, começa a
ganhar espaço. Um sinal de intimidade é a presença dela em eventos promovidos
por dona Canô, a matriarca dos Veloso, em Santo Amaro da Purificação. “Ela tem
sido mais uma companhia pra Caetano neste período. Ela é ligada ao pessoal de
dança afro e circula com os amigos de Bethânia”, afirma um colunista de
Salvador. Depois da repercussão da primeira aparição pública, Denise não foi
mais vista com o cantor, que continuou curtindo seu verão livre, leve e solto.
Ainda que aos 63 anos esteja comemorando a chegada
da primeira neta, Rosa, filha do seu primogênito Moreno, nascida em 12 de
janeiro, Caetano tem emendado um festejo no outro, demostrando um fôlego de
garoto. Depois de se esbaldar no Cortejo Afro ao lado de Denise, o cantor
prestigiou o dia de Iemanjá, acompanhando os festejos do dia 2 de fevereiro,
quando presenteou a rainha do mar
com uma rosa e um perfume. Sozinho, levou os mimos de manhã cedo, na praia do Rio Vermelho, onde os pescadores homenageiam sua protetora.
com uma rosa e um perfume. Sozinho, levou os mimos de manhã cedo, na praia do Rio Vermelho, onde os pescadores homenageiam sua protetora.
No sábado 4, Caetano passou o dia badalando. Pela
manhã, foi curtir a praia de Aleluia, acompanhado do ator Wagner Moura, da
atriz Mariana Ximenes e do marido dela, Pedro Buarque de Holanda. O grupo
instalou-se na Barraca do Lôro, uma das mais movimentadas de Salvador,
freqüentada por surfistas, celebridades e aspirantes a holofotes. Ele até
tentou ser discreto, buscando a proteção de arbustos, enquanto batia papo em
uma mesinha da barraca de praia. Mas quando foi ao mar, a cueca azul usada para
o banho chamou a atenção dos paparazzi de plantão. Deu um mergulho refrescante
e voltou a curtir o dolce far niente ao lado dos amigos. Digna de nota é a boa
forma do cantor, que exibe as mesmas medidas da juventude.
No mesmo sábado, ainda com Mariana Ximenes e sua
turma, Caetano foi para o Gheto Square. Prestigiou a tenda comandada por
Carlinhos Brown no Festival de Verão, palco do concurso da Beleza Negra do Ilê
Aye, o bloco afro mais famoso de Salvador. Enquanto acompanhava a escolha da
Deusa do Ébano, título conferido à rainha do bloco que deverá acompanhar todos
os eventos nacionais e internacionais do Ilê, Caetano foi surpreendido com a
tietagem de padre Pinto, o folclórico sacerdote que era um dos jurados do
concurso de beleza. O ex-pároco da Lapinha – que se fantasiou de índio e
escandalizou a Igreja ao comandar celebrações religiosas vestido de Oxum, a
orixá da água doce – tascou beijos estalados em Caetano, diante do olhar
divertido do músico Arto Lindsay. Conversaram animadamente, até que padre Pinto
foi tietar Carlinhos Brown. Desta vez, sem beijos. Tanta badalação é só o
prenúncio de um Carnaval com muito axé para Caetano Veloso.
De cueca, Caetano dá um mergulho na praia de Aleluia, no sábado 4, quando curtiu sol e mar na companhia de amigos como Mariana Ximenes e a promoter Mônica Assis, a Nega |
Tem um tempo que saio com ele, não é de agora. Não posso mais sair com ele que fica todo mundo falando’’, diz Denise Assis dos Santos, sobre Caetano Veloso |
2006
Revista
ISTOÉ Gente
N°
339
20
de fevereiro
Caetano diz que não está namorando
O cantor e compositor afirma que Denise Assis dos
Santos é sua conhecida há muitos anos, mas não é namorada
Desde o fim de tarde em que assistiu ao pôr-do-sol
na praia do Porto da Barra, em Salvador, na segunda-feira 6, o cantor e
compositor Caetano Veloso passou seus dias de verão baiano mais recluso.
Hospedado no hotel Pestana, ele optou por não ficar nesta temporada em sua casa
no bairro do Rio Vermelho. Caetano afirmou que não está namorando a baiana
Denise Assis dos Santos. Apontada por Gente como sua musa negra, o
cantor e compositor disse que a moça é sua conhecida há anos e que não chegaram
juntos ao ensaio do Cortejo Afro em Salvador, onde foram fotografados.
Procurada novamente, Denise Assis dos Santos não
atende mais às ligações em seu celular e, em sua casa, uma irmã informa que ela
está viajando. Ela declarou na edição anterior de Gente que saía com ele
havia algum tempo. “Não é de agora. Só
agora a mídia viu e fica especulando”, disse ela.
No último dia em que foi visto na praia, Caetano
usava o mesmo traje de banho com o qual circulara um dia antes e que foi
confundido com cueca pelos paparazzi. O cantor veio a público também para
informar que a peça era uma sunga de jérsei azul-rei da marca Blue Man. “Fui eu que comprei para ele”, confirmou
sua empresária e ex-mulher Paula Lavigne, também empenhada em esclarecer que
Caetano não namora com Denise Assis e que permanece solteiro, dedicado a compor
novas canções.
‘‘Não é uma cueca’’
Com a sunga de jérsei azul-rei, da Blue Man, no sábado 4/2, na praia de Aleluia
Caetano Veloso pouco antes de assistir ao pôr-do-sol na praia do Porto da Barra, em Salvador, na segunda-feira 6/2
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