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1984 - Gal Costa com José Menendez (executivo mundial da RCA) Foto: Fernando Seixas |
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23/4/1984 - Revista fatosefotos n° 1.182 |
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25/6/1984 - Revista fatosefotos n° 1.191
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1985 - Japão
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Foto: Milton Montenegro |
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Novembro de 1984 |
1984
Revista
Veja
Editora
Abril – n° 845
14
de novembro de 1984
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Gal Costa em entrevista a Leda Nagle |
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Beth Carvalho e Gal Costa |
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Renata Sorrah e Gal Costa |
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Gal Costa e Elba Ramalho |
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Elba Ramalho, Amin Khader e Lúcia Veríssimo |
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Gal Costa e Marisa Alvarez Lima |
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Baby Consuelo e Lúcia Veríssimo |
GAL COSTA ESPECIAL - PROFANA
Especial
musical televisivo "Profana", que foi ao ar pela Rede Manchete no ano
de 1985, na época de lançamento do LP homônimo de Gal Costa.
Direção:
Maurice Capovilla
Repertório:
1. MEU NOME É GAL (Roberto/Erasmo Carlos)
2. NADA MAIS [Lately] (Stevie Wonder - Versão:
Ronaldo Bastos)
3. CHUVA DE PRATA (Ed Wilson/Ronaldo
Bastos)
4. LUZ DO SOL (Caetano Veloso)
5. AÇAÍ (Djavan)
6. CABEÇA FEITA (Jackson do
Pandeiro/Sebastião Batista da Silva)
7. TILILINGO (Almira Castilho)
8. TEM POUCA
DIFERENÇA
(Durval Vieira)
9. RUMBA LOUCA (Moacir
Albuquerque/Tavinho Paes)
10. VACA PROFANA (Caetano Veloso)
11. BEM ME QUER (Rita Lee/Roberto
de Carvalho)
12. FORÇA ESTRANHA (Caetano Veloso)
13. ATRÁS DA
LUMINOSIDADE
(Teca Calazans/Luis Carlos Sá)
14. ONDE ESTÁ O
DINHEIRO
(José M. de Abreu/Paulo Barbosa/Francisco Mattoso)
1985
Revista STATUS
Fevereiro de 1985
n° 127
Editora Três
"Gal só me surpreendeu uma
vez: quando a conheci e a ouvi cantar. Foi uma surpresa tão grande e tão
profunda que ainda hoje vivo sob o seu impacto. Na hora eu pensei: "A
maior cantora do Brasil". Dai em diante foi só acompanhar os modos com que
essa constatação procurou se confirmar. Primeiro era a possibilidade de
realização da cantora de bossa nova ideal, com a combinação exata da emissão e
feeling que eu não encontrava em nenhuma outra (virtude ainda hoje intacta, a
chuva de prata da sua voz cobrindo o País). Depois a realização do rockcarnaval
tropicalista que a tornou estrela. Para mim, sempre mais cantora do que
estrela, embora esse estrelato tenha sido quase sempre uma exteriorização do
brilho de sua personalidade que antes só se revelava (e ocultava) no canto.
Ouvi-la e, talvez principalmente, vê-la cantar Força Estranha foi, para mim, tomar contato com um momento
de integração equilibrada entre as três dimensões - pessoa, estrela, cantora.
Vê-la cantar o Balancê foi
entrar em relação direta com o mito: chorei quase duas horas seguidas depois de
assistir o show "Gal
Tropical" só por causa do Balancê. Marina me alertou para o fato de que é perigoso
manter uma fidelidade assim, obstinada, à luz que se vê numa pessoa,
independente do que acontece com ela ou do que ela faz: nega-se-lhe o drama,
todas as mudanças aparecem ilusões de superfície, aprisiona-se a pessoa. De
todo modo, creio que só eu compartilhei com Marina da opinião favorável ao show
"Fantasia", no meu entender o melhor espetáculo que Gal apresentou
desde "Fatal",
com exceção talvez de "Cantar",
mas "Cantar" fui
eu que dirigiu... os números finais de "Gal Tropical" eram lindos, mas o todo do show era
muito estranho pra mim. "Fantasia" não pareceu (a mim e a Marina)
forte, grande e sincero. Às vezes tenho certeza de que esse show teria sido um
sucesso se tivesse sido lançado em São Paulo, onde o "Tropical" não
pegou como temi que o meu "Velô" talvez não começasse bem no Rio. Mas
eu gostaria que as pessoas pudessem ver Gal como eu vi no "Fantasia".
Estou absolutamente certo de que é um equivoco profundo e perigoso que assim
não seja e muitas coisas não andarão bem enquanto isso não se der. Ali sim, eu
a vi lindíssimamente bem vestida e bem nua, no caminho certo e cantando bem.
Não se trata de corresponder às subdesenvolvidas exigências brasileiras de que
as cantoras sejam ao mesmo tempo manequins elegantes e pensadoras políticas
(quem reparou na peruca loura da Ella
Fizgerald ou nas botinhas de strass de Sarah Vaughan?). O fundamental é que a roupa se torne
sagrada para quem a veste. Um corpo nu é uma mensagem complexa. Quando eu tava
entrando na puberdade, eu era nudista, misturava meus desejos exibicionistas à
ingênua ideia de que roupa é apenas uma repressão desnecessária, achava que não
devíamos nos envergonhar do nosso corpo e não imaginava que o homem nunca é nu.
Lembro do festival de rock da ilha de Wight, milhares de pessoas nuas na praia:
eu ficava excitado, mas não envergonhado ou escandalizado. Gal estava lá. Eu
nem me lembro se ela tirou a roupa. Eu nunca namorei com ela. Uma vez tive uma
pequena discussão com o jornalista Ruy Castro (terá sido mesmo esse?) por causa
dessa mania atual de se perguntar aos entrevistados se já treparam, se já
brocharam, etc. . . Foi na casa do Eduardo Mascarenhas e por causa da
entrevista deste (ele já tinha se atrapalhado na resposta á pergunta sobre
brochada). Acho uma tolice que as pessoas se sintam na obrigação de narrar suas
intimidades. Pois bem, eu e Gal sempre brochamos todas as vezes que tentamos
brincar de namorar. No início da nossa carreira, dividíamos a cama de casal de
Guilherme Araújo em Sampa. Todas as noites eu tentava seduzi-la com um disco do
Bob Dylan e papo-furado. Ela sempre resistiu e terminávamos as noites às
gargalhadas. Acho que na época dos Doces Bárbaros, na Bahia, nós tentamos
fingir que íamos namorar no hotel onde ela estava hospedada. Foi legal porque
aí a vi nua como ela aparece em algumas dessas fotos bonitas e carinhosas que a
Marisa fez. Tomando banho. Gal é linda. Tem uma boca linda e é magnifico que
por essa boca saia exatamente essa voz. Sempre a senti mulata e uma das coisas
melhores de ela ter cortado agora os cabelos e tirado essas fotos nuas é a
revelação de sua mulatice. São deslumbrantes sobretudo onde a bunda aparece de
perfil, bem negra e bem dura. Há muita alegria física e muita dignidade nesse
corpo de mulher madura e menina. eu não sou leitor (voyeur) dessas revistas de
nua. Raramente olho, sem muito interesse, essas publicações. Parece que eu não
tenho tempo pra isso - é como jogar baralho ou assistir futebol pela TV. Me
entedia. Um dia Regina Casé me pediu um conselho se devia ou não liberar fotos
suas para uma dessas revistas e eu não soube dar. Gal também me perguntou e eu
disse: sou indiferente. Não me sinto, no entanto, indiferente diante de todas
as fotos de mulher nua (ou homem nu) que eu vejo. No caso de Gal, especialmente
eu sinto mil emoções relacionadas com o encontro de extensões daquela qualidade
essencial que um dia eu percebi na sua voz."
CAETANO VELOSO
1985
Revista Amiga
n° 764 – 9 de janeiro de 1985
1985
Revista DOMINGO
9 de junho de 1985
n° 475
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Foto: Zeca P. Guimarães |
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Foto: Zeca P. Guimarães |
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Foto: Zeca P. Guimarães |
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Foto: Beatriz Schiller |
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Foto: Beatriz Schiller |
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Foto: Beatriz Schiller |
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Foto: Beatriz Schiller |
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Foto: Beatriz Schiller |
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Foto: Beatriz Schiller |
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29/12/1985 |