CAETANO VELOSO recita A Carta do Chefe Seattle (1855) ao Presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce (1804/1869) |
Foto: Mirella Ricciardi |
ROTEIRO
MARIA BETHÂNIA
JOSÉ AMANCIO
EDIÇÃO / PRODUÇÃO
ALOISIO FILHO
FOTOGRAFIA
PETER GASPER
CO-DIREÇÃO
ANA BASBAUM
DIREÇÃO
JOSÉ AMANCIO
Convidados
Especiais
LIMA DUARTE
CHICO BUARQUE
CAETANO VELOSO
NARA LEÃO
NÉLIDA PIÑON
THEREZA ARAGÃO
GILDA MATOSO
TADEU FRANCO
ELIFAS ANDREATO
Agradecimentos
JOINT ABC
TV GLOBO
CACÁ DIEGUES
JÚLIO BRESSANE
CINEMATECA DO MAM
POLYGRAM
SOM DA GENTE
ALDIR RIBEIRO
BARBARA CHEVALIER
ALMIR SATER
Músicas
TERNURA ANTIGA (Ribamar/Dolores
Duran)
EU SEI QUE VOU TE
AMAR (Tom
Jobim/Vinícius)
POR CAUSA DE VOCÊ (Dolores Duran)
SE TODOS FOSSEM
IGUAIS A VOCÊ (Tom
Jobim/Vinícius)
EU PRECISO DE VOCÊ (Roberto Carlos e
Erasmo Carlos)
CANTIGUINHA PARA
MARIA (Tadeu
Franco/Juarez Moreira) Tadeu Franco e Maria Bethânia
O CIÚME (Caetano Veloso)
CANTORES DO RÁDIO (João de
Barro/Alberto Ribeiro/Lamartine Babo) Chico Buarque, Nara Leão e Maria Bethânia
OFÁ (Roberto Mendes/J.
Veloso)
PRIMAVERA (Vinícius/Carlos
Lyra)
RONDA (Paulo Vanzolini)
BLUE MOON (Richard Rodgers/Lorenz Hart - Versão: Rita Lee) )
MULHERES DO BRASIL (Joyce)
O QUERERES (Caetano Veloso)
EU E ÁGUA (Caetano Veloso)
MAMÃE OXUM (André Luiz de
Oliveira/José Carlos Costa Neto)
O QUE É O QUE É (Luiz Gonzaga Jr.)
Músicos
ZÉ MARIA
TOMÁS IMPROTA
JUAREZ MOREIRA
Coordenação de
Produção
MÁRCIA ÍTALO
Assistente de Produção
FÁBIO FESSEL
Produtora Musical
GEORGIANA DE MORAES
Diretor de TV
PAULO BERRINI
JORGE BERNARDO
JORGE DELGADO
Figurino
CHRISTA CARROUGE
CELINA BALONA
Fotos
MARISA ALVAREZ DE
LIMA
SHOW AO VIVO GRAVADO NO OLIMPIA PELA EQUIPE TV MANCHETE SÃO PAULO
Assistentes de
Estúdio
DJACI BRITO
WALTER FRANCIA
Contra Regra
Musical
REYNALDO ALVES
Contra Regra
THEMY SARAIVA
Operação de Video
MANOEL AGUIAR
WALTUR ELIAS
JORGE BANDEIRA
Direção Artística
JAYME MONJARDIM
Realização
TV MANCHETE
Cobertura
que a Rede Manchete fez em novembro de 1988, para o show “MARIA” de Maria Bethânia em Nova York.
O
Especial também teve cenas gravadas em estúdio em Rio de Janeiro. Destaca-se
a participação de Lima Duarte, Chico Buarque, Nara Leão, Caetano Veloso e Nélida Piñon.
● MARIA BETHÂNIA recita trechos de “Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio” de Ricardo Reis (11/7/1914)
Vem sentar-te
comigo, à beira do rio.
Sossegadamente
fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e
não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos)
Depois pensemos,
crianças adultas, que a vida
Passa e não fica,
nada deixa e nunca regressa,
Desenlacemos as
mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer
não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber
passar silenciosamente
E sem desassosegos
grandes.
Colhamos flores,
pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o
seu perfume suavize o momento -
Este momento em que
sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da
decadência.
Eu nada terei que
sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à
memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com
flores no regaço.
1. EU PRECISO DE
VOCÊ
(Roberto Carlos/Erasmo Carlos) 19812. OFÁ (Roberto Mendes/J.
Velloso) 1988
3. O QUERERES (Caetano Veloso)
1984
● MARIA BETHÂNIA fala do Especial,
sobre música, sobre literatura, sobre cinema, teatro. … Falar de uma coisa que
eu sei que é séria e bonita. Isso me comove. Eu fico feliz …
4. RONDA (Paulo Vanzolini)
1953
5. BLUE MOON (Richard
Rodgers/Lorenz Hart - Versão: Rita Lee) 1987
● MARIA BETHÂNIA "Água viva" (trecho) Clarice Lispector (1973)
[…]
"E depois de uma
tarde de “quem sou eu” e de acordar à uma hora da
madrugada ainda em
desespero – eis que às três da madrugada eu acordei e me encontrei. Fui ao
encontro de mim. Calma, alegre, plenitude sem fulminação. Simplesmente eu sou eu. e você é você. É lindo, é
vasto, vai durar."
6. TERNURA ANTIGA (J. Ribamar/Dolores
Duran) 1961
7. POR CAUSA DE
VOCÊ (Dolores
Duran/Tom Jobim) 1958
8. EU SEI QUE VOU
TE AMAR (Tom
Jobim/Vinícius de Moraes) 1959
9. SE TODOS FOSSEM
IGUAIS A VOCÊ (Tom
Jobim/Vinícius de Moraes) 1956
● MARIA BETHÂNIA fala dos 5 cinemas que tinha Santo Amaro (“La Strada”, “Bethânia bem de perto” e “Quando o Carnaval chegar”
10. CANTORES DO RÁDIO (João de Barro/Alberto Ribeiro/Lamartine Babo) 1933. Chico Buarque / Nara Leão / Maria Bethânia
● MARIA BETHÂNIA fala do show no
Town Hall em Nova York
11. PRIMAVERA (Vinícius de Moraes/Carlos
Lyra) 1963
12. GRITO DE ALERTA (Gonzaguinha) 1979
● MARIA BETHÂNIA fala de Augusto Boal
e Lima Duarte.
● LIMA DUARTE interpreta João
Guimarães Rosa, A Mulher na obra de Guimarães Rosa
13. MULHERES DO
BRASIL (Joyce)
1988
14. NA PRIMEIRA
MANHÃ
(Alceu Valença) 1980
● MARIA BETHÂNIA "Eu já diz esse texto em cena num espetáculo de Fauzi Arap". 'Tudo está entrelaçado. O homem não teceu a trama da vida, ele é somente um fio'...
"Mostro-lhe o belíssimo texto-carta do chefe indígena norte-americano, que há cento e vinte anos atrás, antevia toda a salada ecológica que o homem branco começava a preparar. E vejo lágrimas em seus olhos. No texto ele fala sobre a estranha forma de vida dos brancos."
Fauzi
Arap, junho de 1981
● CAETANO VELOSO recita A Carta do Chefe Seattle
"O
grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O
grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil
de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos
pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá
com armas e tomará a nossa terra.
[...]
15. ORAÇÃO AO TEMPO (Caetano Veloso) 1979
16. MAMÃE OXUM (André Luiz
Oliveira/José Carlos Costa Neto) 1988
17. EU E ÁGUA (Caetano Veloso)
1988
18. CANTIGUINHA
PARA MARIA (Juarez
Moreira/Tadeu Franco) 1988
● NÉLIDA PIÑON lê o trecho final
do conto “Disse um campônio à su amada”
do livro O Calor das Coisas (1980).
[...]
“Amanhã é sexta-feira, talvez regresses para tomar meu coração. Como das
outras vezes. Só que a cada volta tua, e sempre que te oferto o coração, sinto
que te tenho como se te perdesse. Tenho-te apenas o tempo de acostumar-me a
perder-te para sempre. Assim, te faço discreto pedido, não me arraste contigo
quando te fores. Ou não me aceites, ainda que te peça para seguir o teu
caminho. Não quero despojar-me de um coração que te ofereci com tanta
opulência. Mas, se o quiseres realmente levar contigo, deixes ao menos algumas
de suas fibras em minha casa. Com elas apenas hei de encontrar um outro retrato
vivo que, sem me desprover, há de me fazer derramar lágrimas de alegria,
enquanto eu lhe esteja propondo os últimos pedaços de coração que meu corpo
sedento de amor ainda produzirá.
Do teu camponês que se despede sem saber que é para sempre.”
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