domingo, 1 de noviembre de 2015

2010 - VIOLINS





Recital at the CCJ, Sao Paulo, Brazil
Sept 2010

Caetano Veloso, vocals
Jaques Morelenbaum, cello

Camera: Monique Gardenberg, Fernando Grostein Andrade



Violins
Vídeo performance Violins de Izhar Patkin


O Centro da Cultura Judaica realizou em 28/09/10 uma vídeo performance do artista plástico israelense Izhar Patkin com Caetano Veloso e Jaques Morelenbaum.

Sobre os acordes de Morelenbaum, Caetano leu, com sotaque britânico e improvisando melodias árabes, o poema "Violins".

A versão lida pelo cantor foi traduzida para o inglês pelo poeta Kashimiri Agha Shahid para o original (em árabe) de Mahmoud Darwish.

Parte da exposição "The Veil Suite", a performance aconteceu no interior de uma "sala de véus", formada por quatro paredes gigantes de tule sobre as quais Patkin imprimiu fotografias gigantes em preto e branco.

O vídeo foi dirigido por Monique Gardenberg (de "Ó Paí, Ó") e Fernando Grostein Andrade (autor do documentário "Coração Vagabundo"). O poema foi relido por Caetano mais três vezes.

O vídeo entrou na exposição "The Veil Suite", paralela a Bienal realizado no Centro da Cultura Judaica. Em seguida, integrou a retrospectiva do pintor em 2011, em Tel Aviv.




 

 

"Violins" 
a poem by Mahmoud Darwish,
translated from Arabic to English by Agha Shahid Ali



Violins weep with gypsies going Andalusia
Violins weep for Arabs leaving Andalusia

Violins weep for a time that does not return
Violins weep for a homeland that might return

Violins set fire to the woods of that deep deep darkness
Violins tear the horizon and smell my blood in the vein

Violins weep with gypsies going to Andalusia
Violins weep for Arabs leaving Andalusia

Violins are horses on a phantom string of moaning water
Violins are the ebb and flow of a field of wild lilacs

Violins are monsters touched by the nail of a woman now  distant
Violins are an army, building and filling a tomb made of marble  and Nahawund

Violins are the anarchy of hearts driven mad by the wind in a dancer’s foot
Violins are flocks of birds fleeing a torn banner

Violins are complaints of silk creased in the lover’s night
Violins are the distant sound of wine falling on a previous desire

Violins follow me everywhere in vengeance
Violins seek me out to kill me wherever they find me

Violins weep for Arabs leaving Andalusia
Violins weep with gypsies going to Andalusia

Violins weep for Arabs leaving Andalusia
Violins weep with gypsies going to Andalusia



Nahawund: one of the classical Arabic musical modes





Glamurama


28.09.2010

Caetano Veloso e Jaques Morelenbaum se apresentam dentro de obra de exposição.


Caetano Veloso e Jaques Morelenbaum fizeram uma apresentação, nessa segunda-feira, um tanto diferente. O encontro aconteceu no Centro da Cultura Judaica, mais especificamente dentro da obra “Violins”, que compõe a exposição “The Veil Suite”, do israelense Izhar Patkin.

A ideia era que Caetano interpretasse alguns poemas de Agha Shahid Ali, que inspiraram Patkin, em meio às cortinas de tule que compõem a obra.

Agora, um vídeo desse encontro passa a integrar a exposição e vai também fazer parte de uma retrospectiva do pintor, no ano que vem, em Tel Aviv.





29/09/10 – Sao Paulo
O Estado de S.Paulo

Balacobaco árabe-israelense

MARILIA NEUSTEIN

Caetano Veloso arrancou suspiros, anteontem, no Centro da Cultura Judaica.
Ao ler, a convite do israelense Izhar Patkin - seu amigo e vizinho de prédio em NY - o poema Violins, de Mahmoud Darwish, imprimiu entonação melódica ao texto árabe, encantando os 50 privilegiados que assistiram ao evento devidamente filmado.

O vídeo, dirigido por Fernando Andrade e Monique Gardenberg, fará parte da mostra The Veil Suite, em cartaz no CCJ. Entre os comentários a favor, destacou-se o inglês perfeito do compositor.

Convidados do israelense, como Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli, interpretaram durante a filmagem uma "segunda" plateia "fake".

Paula Lavigne, convocada a fazer parte da intervenção, soltou em alto e bom som: "Ah não, Izhar, eu não quero ficar aí porque hoje não estou me sentindo bonita".

Depois, acomodando-se na primeira fila da plateia verdadeira, a ex-mulher do artista se viu às voltas com uma fã estrangeira de Caetano que não parou de elogiar o compositor e de dar pitacos no espetáculo. "Gente, temos mais uma diretora aqui", ironizou a produtora, no comando da situação.

Tanto assim, que logo depois do músico interpretar pela quarta vez o poema, Lavigne encerrou a leitura: "Chega né, Caetano?".

E fim de conversa, para tristeza geral do público.
 

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