Del espectáculo "Arena canta Bahia", San Pablo, setiembre de 1965.
Sobre texto de Francisco de Assis [Chico de Assis, 1933]
© 1974
- Como é que tem coragem de andar nessas paragens?
- Como é que tem tutano de encarar o taturamo?
Têje preso, criante, seu mico indecente,
seu menino amarelo, metade de gente.
Seu menino safado, de olhar insolente,
- Tu tá pêgo pegado, marrado, oxente.
Sabei o que assemelha, ó seu filho de Luzbel,
Sabei o que assemelha as estrêlas no meu chapéu?
As estrelas no meu chapéu sabe bem o mundo inteiro
Que debaixo do chapéu aparenta um cangaceiro.
Desidério Taturamo
Foi com quem você topou.
Sou um cabra desumano
Que já mais de cem matou
Nessa cara de fuinha
Eu só vejo muita sede
Vai prá baixo do arco-íris
Bebe água até na rede
Nessa cara de fuinha eu só vejo muita fome
Vá na Praça da Desgraça
Pega um homem, mata e come
Nessa cara de fuinha
Eu só vejo solidão
Vem comigo, menino, andar no sertão.
Vem comigo, seu menino, andar pelo sertão.
Arquivo Nacional |
1974 - MARIA BETHÂNIA
Álbum "A Cena Muda"
Gravado ao vivo no Teatro Casa Grande (RJ)
Philips LP 6349 123, Lado A.
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