sábado, 24 de noviembre de 2012

1967 - PROEZAS DE SATANÁS NA VILA DE LEVA-E-TRAZ




“... Perdoai o funeral sem enterro de nossa miséria”




Se trata de la primera película con música de Caetano Veloso.

Filmada en la ciudad de Tiradentes en Minas Gerais -con guión del propio director basado en historias de la literatura de cordel-, la película de Paulo Gil Soares (Salvador, 1935 / Rio de Janeiro 2000), ganó el premio al Mejor Film en el Festival de Brasília de Cine Brasileño en 1967.

Paulo Gil Soares ganó tambien los premios de Mejor Director y Mejor Guión y Caetano Veloso el de Mejor Banda Sonora.


En el mismo Festival, recibió el premio Margarida de Prata otorgado por la Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).











 








Diário de Notícias

6/12/1967














FOLHA DE S.PAULO
11/5/1968

Prêmio Governador do Estado, 1967, SP

Menção Honrosa: Caetano Veloso, pela música do filme “Proezas de Satanás na Vila de Leva-e-Traz”




Ficha técnica:

Guión y Dirección
Paulo Gil Soares

Elenco
Jofre Soares (Cartola / cantador ciego)
Isabella (devota católica)
Emanuel Cavalcanti (Calixto / hombre con un solo brazo)
Joel Barcelos (Chico Amansa-Alma)
Meio-Quilo (Carlão / enano)
Joseph Guerreiro (cura)
Lucília Brasil
Newton Lentini
Telma Reston
Zózimo Bulbul (hombre negro)
Paulo Góis
Paulo Carneiro
Presentando a: Paulo Broitman (Caballero/Satanás)

Música
Caetano Veloso

Fotografía
José Medeiros

Producción
Jarbas Barbosa / Terezinha Muniz











 








Jofre Soares (Cartola) y Meio-Quilo (el enano)

Jofre Soares, Emanuel Cavalcanti (Calixto) e Isabella (su esposa)



Emanuel Cavalcanti y Paulo Broitman (el caballero/Satanás)




C  A  V  A  L  E  I  R  O
© 1965

Quem vem lá? Sou eu
Quem vem lá? Sou eu
A cancela bateu
Madrugada rompeu
Cavaleiro, sou eu

Quem vem lá? Sou eu
Quem vem lá? Sou eu
Cavaleiro, sou eu
Longa estrada no breu
Cavaleiro, sou eu

Quem vem lá? Sou eu
Quem vem lá? Sou eu
A tarde escureceu
No caminho de Deus
Cavaleiro, sou eu

Sou eu sete légua de estrada
Sete noite acordada
Sete braço de mar
Sou eu sete samba-de-roda
Sete palmo pra morte
Sete morte no olhar
Sou eu sete vida perdida
Sete zanga sem briga
Nesse canavial
Sou eu, vim chamar o meu povo
Trago tudo de novo
Vamo tudo acabar

Quem vem lá? Sou eu
Quem vem lá? Sou eu
A cancela bateu
Madrugada rompeu
Cavaleiro, sou eu
Cavaleiro, sou eu




Además de CAVALEIRO (su primera grabación en 1965) en una versión diferente, con guitarra de Leonardo Bruno Ferreira, acompañando al forastero que llega a la villa de Leva-e-Traz, en varias otras escenas de la película, la voz de Caetano Veloso va puntuando la historia con versos, oraciones y melodías populares:





Ah! nossa fragilidade
Confessamos já agora
Quando o medo nos invade
A esperança vai embora


Ah nossa memória ensina
A memória do passado
Fogo da ira divina
Sobre a terra derramado

O que nos resta fazer
Perdidos na tempestade
Continuar a sofrer
Para ganhar a eternidade


Feitos de muitas fraquezas
Pela vida torturados
Escravos sem ter razão
Pelos ricos dominados

...

Gloria gloria aleluia
Gloria gloria aleluia

Campos arados
Um dia antes eram sertão
Desses campos semeados
Gloria gloria aleluia
Gloria gloria aleluia


El texto sobre la escena final protagonizada por Joel Barcelos:

Miserere nobis
Miserere nobis
Miserere nobis

Agnus Dei
Qui tollis peccata mundi
Miserere nobis
Agnus Dei
Qui tollis peccata mundi
Miserere nobis
Miserere nobis
Miserere nobis

Perdoai nossa miséria
Os nossos olhos sem luz
O nosso choro sem lágrimas
Nossa falta de cruz

Nossa dor imensa
Paz não encontrada
Fé sem ter a crença
De uma nova madrugada

Perdoai o nosso erro
A nossa falta de amor
O funeral sem enterro da nossa miséria
Senhor
Senhor
 

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