Participación Especial: CAETANO VELOSO
Álbum “Humanenochum” [Riachão]
VÁ MORAR COM O DIABO
2:42
Letra y música: Riachão
Ai, meu Deus, ai, meu Deus, o que é que há?
Ai, meu Deus, ai, meu Deus, o que é que há?
A nega lá em casa não quer trabalhar
Se a panela tá suja, ela não quer lavar
Quer comer engordurado, não quer cozinhar
Se a roupa tá lavada, não quer engomar
Se o lixo tá no canto, não quer apanhar
Prá varrer o barracão, eu tenho que pagar
Se ela deita de um lado, não quer se virar
A esteira que ela dorme, não quer enrolar
Quer agora um cadilac para passear
Ela quer me ver bem mal
Vá morar com o diabo que é imortal
Ela quer me ver bem mal
Vá morar com o sete pele que é imortal
Ai, meu Deus, ai, meu Deus, o que é que há?
Ai, meu Deus, ai, meu Deus, o que é que há?
Ai, meu Deus, ai, meu Deus, o que é que há?
A nega lá em casa não quer trabalhar
Se a panela tá suja, ela não quer lavar
Quer comer engordurado, não quer cozinhar
Se a roupa tá lavada, não quer engomar
Se o lixo tá no canto, não quer apanhar
Prá varrer o barracão, eu tenho que pagar
Se ela deita de um lado, não quer se virar
A esteira que ela dorme, não quer enrolar
Quer agora um cadilac para passear
Ela quer me ver bem mal
Vá morar com o diabo que é imortal
Ela quer me ver bem mal
Vá morar com o sete pele que é imortal
Ai, meu Deus, ai, meu Deus, o que é que há?
Ai, meu Deus, ai, meu Deus, o que é que há?
Ela quer me ver bem mal
Vá morar com o diabo que é imortal
Ela quer me ver bem mal
Vá morar com sete pele que é imortal
● ● ● ● ● ●
Jorge Alfredo e Riachão |
Riachão, Dona Canô e Dona Edith do Prato |
Título Original: Samba Riachão
Género: Documental
Género: Documental
Duración: 86 minutos
Dirección: Jorge Alfredo Guimarães
Guión: Jorge Alfredo Guimarães
Producción: Moisés Augusto
Producción: Moisés Augusto
Música: Jorge Alfredo Guimarães
Elenco:
Dorival Caymmi
Tom Zé
Caetano Veloso
Gilberto Gil
Armandinho
Carlinhos Brown
Bule Bule
Daniela Mercury
Tuzé de Abreu
Gang do Samba
Dona Edith do Prato
Chula de São Brás
Gerônimo
Clarindo Silva
Lampirônicos
Cid Teixeira
Antonio Risério
Perfilino Neto
Guido Guerra
França Teixeira
Eduardo Safhira
José Jorge Randan
Mário Canário
Oscar Santana
Sinopse:
Na voz de gente muito especial, que reunida pela primeira vez, nesse documentário, fala de uma trajetória que atravessa e fascina gerações. Dos primeiros mestres à Bossa Nova, da Tropicália à Axé Music, o samba como forma central da Música Popular Brasileira.
O filme pontua a história do samba com a trajetória de Clementino Rodrigues, o popular sambista baiano Riachão. 80 anos de idade. Cada macaco no seu galho. Malandro possuído pelo samba. Cronista musical da cidade, que vivenciou todas as transformações no mercado de música popular e dos meios de comunicação durante o século XX. Pegou um trem da linha 78 rpm com destino para o CD/DVD, com paradas obrigatórias nas estações "sertanejo, São João, carnaval e música de meio de ano". O malandro é sambista, mas é sertanejo, chorão, romântico e forrozeiro.
Samba Riachão percorre os caminhos sinuosos da vida de um artista popular, negro, pobre e famoso. Vestido de malandro, impecável nos detalhes da roupa, anéis, colares, cinto, chaveiros, sapato mocassim, camisa semi-aberta, pequena toalha pendurada no pescoço, um chapéu aprumado, terno de linho branco, é assim que se apresenta Riachão; como se estivesse vestido pro Carnaval, mas com cara de Quarta Feira de Cinzas.
Gente boa do Garcia, bairro de Salvador, reduto de tradições populares, Riachão é uma lenda viva do samba de rua da velha Bahia. É muito interessante vê-lo tocar com a boca o seu trombone de vara imaginário à procura da tonalidade ideal, como quem conversa com Deus. É o seu momento de concentração máxima antes de começar a cantar. Isso ele faz tanto em casa, como no palco. E nem sempre se decide pelo mesmo tom; olha pro céu, solfeja uma escala de preparação, e manda brasa. Batucando aqui e alí, ele canta suas músicas maravilhosas, numa linhagem de sambista baiano de muita ginga que nos deu régua e compasso!
Samba Riachão é uma "viagem mágica, revelando inteira a alma do povo de um lugar chamado Brasil".
Na voz de gente muito especial, que reunida pela primeira vez, nesse documentário, fala de uma trajetória que atravessa e fascina gerações. Dos primeiros mestres à Bossa Nova, da Tropicália à Axé Music, o samba como forma central da Música Popular Brasileira.
O filme pontua a história do samba com a trajetória de Clementino Rodrigues, o popular sambista baiano Riachão. 80 anos de idade. Cada macaco no seu galho. Malandro possuído pelo samba. Cronista musical da cidade, que vivenciou todas as transformações no mercado de música popular e dos meios de comunicação durante o século XX. Pegou um trem da linha 78 rpm com destino para o CD/DVD, com paradas obrigatórias nas estações "sertanejo, São João, carnaval e música de meio de ano". O malandro é sambista, mas é sertanejo, chorão, romântico e forrozeiro.
Samba Riachão percorre os caminhos sinuosos da vida de um artista popular, negro, pobre e famoso. Vestido de malandro, impecável nos detalhes da roupa, anéis, colares, cinto, chaveiros, sapato mocassim, camisa semi-aberta, pequena toalha pendurada no pescoço, um chapéu aprumado, terno de linho branco, é assim que se apresenta Riachão; como se estivesse vestido pro Carnaval, mas com cara de Quarta Feira de Cinzas.
Gente boa do Garcia, bairro de Salvador, reduto de tradições populares, Riachão é uma lenda viva do samba de rua da velha Bahia. É muito interessante vê-lo tocar com a boca o seu trombone de vara imaginário à procura da tonalidade ideal, como quem conversa com Deus. É o seu momento de concentração máxima antes de começar a cantar. Isso ele faz tanto em casa, como no palco. E nem sempre se decide pelo mesmo tom; olha pro céu, solfeja uma escala de preparação, e manda brasa. Batucando aqui e alí, ele canta suas músicas maravilhosas, numa linhagem de sambista baiano de muita ginga que nos deu régua e compasso!
Samba Riachão é uma "viagem mágica, revelando inteira a alma do povo de um lugar chamado Brasil".
Músicas:
● CD Humanenochum:
CAMISA MOLHADA
VÁ MORAR COM O DIABO
BALEIA DA SÉ
CHORO Nº 1
PITADA DE TABACO
CADA MACACO NO SEU GALHO
NÃO FALE COMIGO AGORA
● Inéditas Riachão:
POBRE DO POBRE
MÃEZINHA QUERIDA
DEIXE O DIA RAIAR
SOLDADO MANDADO NÃO É CRIME
NOITE ENLUARADA
O REI PELÉ
AQUELA HORA
NÃO ME QUEIRAS MAL
RAINHA ELIZABETH
EU QUERIA ELA ???
MEU PATRÃO
LAURINHA
MULHER FALADEIRA
● Outras Músicas:
A VOZ DO MORTO - Caetano Veloso / Aracy de Almeida
BABY - Caetano Veloso / Gal Costa
ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM - Caetano Veloso
ROSA MORENA
21/1/2002
Maria do Rosário Caetano
© estadao.com.br
O filme "Samba Riachão" agita Salvador
Sessão do longa de Jorge Alfredo em homenagem a Riachão, um dos mais populares compositores baianos, atraiu várias personalidades, Caetano Veloso entre elas
Salvador - Caetano Veloso aplaudiu com entusiasmo o coloridíssimo Clementino Rodrigues, vulgo Riachão, centro das atenções na pré-estréia baiana do documentário Samba Riachão.
A sessão movimentou o maior cinema do Aeroclube Plaza Shopping. A sala, abarrotada, mostrou-se pequena para abrigar a multidão que foi conferir o longa de estréia do compositor (e agora cineasta) Jorge Alfredo. Muitos assistiram ao filme de pé.
Marcaram presença, além de Caetano, vários artistas e intelectuais (o escritor Guido Guerra, o pesquisador Cid Teixeira, o antropólogo Antônio Risério) que ajudaram o cineasta a resgatar parte da história de Riachão, sambista de bem vividos 80 anos, e do samba, que todos garantem ter nascido na Bahia.
O mais emocionado dos presentes era Armandinho, ex-A Cor do Som e hoje um dos grandes nomes do choro brasileiro. "Estou fascinado pelo filme. O Jorge (Alfredo) conseguiu resgatar a história de Riachão, como Wim Wenders fez com a velha-guarda cubana, em Buena Vista Social Club. Riachão, um músico que conheci ainda na minha adolescência, merecia mesmo um filme tão maravilhoso."
Ao final da sessão, Caetano conversava com amigos, posava para fotos e festejava Riachão. Ao analisar o filme, fez questão de dizer que não se trata de similar baiano do Buena Vista Social Club. Para ele, "Jorge Alfredo realizou um documentário sobre Riachão e sobre o samba. Daí o nome Samba Riachão, no qual a palavra samba pode ser lida como imperativo, ou como substantivo. Por isso, o nome é tão adequado ao filme. Riachão é puro ritmo. Assim como o samba."
Caetano tomou contato com o sambista, conhecido como "o grande cronista da Bahia", ainda em sua adolescência, através de programas radiofônicos. Pessoalmente só se conheceram no início da década de 70, quando Caetano retornou do exílio londrino e gravou Cada Macaco no Seu Galho. A marchinha carnavalesca (ou samba), a mais conhecida das composições de Riachão, estourou no carnaval e nas rádios.
Jorge Alfredo, músico que abraçou o cinema como novo ofício, fez de Caetano uma das vozes mais importantes de seu primeiro longa-metragem. Num documentário em que todos os depoimentos são bons, os de Caetano e Tom Zé são ótimos.
Ao deparar-se com sua imagem num filme, Samba Richão, enquanto aguarda a estréia de outro (Caetano aparece em Hable con Ella, o novo Almodóvar, cantando Cucurucucu Paloma), o diretor de Cinema Falado (1987) não sente vontade de voltar a filmar?
Ele diz que seu desejo de voltar à direção é permanente. E que pode fazê-lo a qualquer hora. Mas garantiu não ter nenhum projeto (ou roteiro) pronto. Depois das férias de verão, que ele passa com a família em Salvador, Caetano promete procurar nas locadoras cópia de Felizes Juntos, o filme do chinês Wong Kar-Wai que utilizou, sem autorização, uma das faixas de Fina Estampa ao Vivo na trilha sonora. A mesma Cucurucucu Paloma, agora selecionada por Almodóvar. "Me falaram tão bem do novo filme dele, Amor à Flor da Pele, que penso em aproveitar para ver os dois."
O mais emocionado dos presentes era Armandinho, ex-A Cor do Som e hoje um dos grandes nomes do choro brasileiro. "Estou fascinado pelo filme. O Jorge (Alfredo) conseguiu resgatar a história de Riachão, como Wim Wenders fez com a velha-guarda cubana, em Buena Vista Social Club. Riachão, um músico que conheci ainda na minha adolescência, merecia mesmo um filme tão maravilhoso."
Ao final da sessão, Caetano conversava com amigos, posava para fotos e festejava Riachão. Ao analisar o filme, fez questão de dizer que não se trata de similar baiano do Buena Vista Social Club. Para ele, "Jorge Alfredo realizou um documentário sobre Riachão e sobre o samba. Daí o nome Samba Riachão, no qual a palavra samba pode ser lida como imperativo, ou como substantivo. Por isso, o nome é tão adequado ao filme. Riachão é puro ritmo. Assim como o samba."
Caetano tomou contato com o sambista, conhecido como "o grande cronista da Bahia", ainda em sua adolescência, através de programas radiofônicos. Pessoalmente só se conheceram no início da década de 70, quando Caetano retornou do exílio londrino e gravou Cada Macaco no Seu Galho. A marchinha carnavalesca (ou samba), a mais conhecida das composições de Riachão, estourou no carnaval e nas rádios.
Jorge Alfredo, músico que abraçou o cinema como novo ofício, fez de Caetano uma das vozes mais importantes de seu primeiro longa-metragem. Num documentário em que todos os depoimentos são bons, os de Caetano e Tom Zé são ótimos.
Ao deparar-se com sua imagem num filme, Samba Richão, enquanto aguarda a estréia de outro (Caetano aparece em Hable con Ella, o novo Almodóvar, cantando Cucurucucu Paloma), o diretor de Cinema Falado (1987) não sente vontade de voltar a filmar?
Ele diz que seu desejo de voltar à direção é permanente. E que pode fazê-lo a qualquer hora. Mas garantiu não ter nenhum projeto (ou roteiro) pronto. Depois das férias de verão, que ele passa com a família em Salvador, Caetano promete procurar nas locadoras cópia de Felizes Juntos, o filme do chinês Wong Kar-Wai que utilizou, sem autorização, uma das faixas de Fina Estampa ao Vivo na trilha sonora. A mesma Cucurucucu Paloma, agora selecionada por Almodóvar. "Me falaram tão bem do novo filme dele, Amor à Flor da Pele, que penso em aproveitar para ver os dois."
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