" ... cada compacto mostraria uma música inédita de um compositor conhecido, e um compositor desconhecido de grande talento. Daí o grande caráter desbravador do Disco de Bolso. Era uma coisa jornalística, informativa." Num tempo em que circulava pouca informação.
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"Aí bolei esse nome: "disco de bolso". Quem primeiro iria transar isso comigo era o Zélio, irmão do Ziraldo, mas depois entrou o Ziraldo e fez pro Pasquim. O administrador do Pasquim resolveu colocar mais uma empresa, e foi feito um triângulo: a Philips ficou com a parte comercial do disco, o Pasquim com a parte comercial da revista, e eu com a produção. Luiz Lobo era o editor da revista e Prósperi fazia a sua arte-final".
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"Houve muito sucesso, sim, tanto que até hoje sempre é cobrado a volta do Disco de Bolso. Mas a distribuição foi uma coisa meio maluca - o que é típico do Pasquim - e poderia ter vendido mais." Parece que não se acreditava muito nas vendas, o forte da distribuição foi só pro Rio. Depois que estourou, tentaram mandar pra São Paulo, mas aí era tarde. "O show de lançamento em SP, ao invés de ser num teatro, foi numa loja de discos, negócio incrível. Não houve divulgação, não foi ‘um produto lançado no mercado’, a propaganda era mais de boca. Saiu muita coisa no Pasquim, mas tudo precário."
"Era uma idéia que não era pra morrer. Tinha tudo pra dar certo. Aí veio uma grande crise no Pasquim, que não teve condições de bancar o terceiro número. A sociedade resolveu dar um tempo. Eu não tinha condições de fazer isso inteiramente independente, coisa de que me arrependo até hoje. Sozinho, naquela época, era duro, ainda mais que não tenho capacidade comercial pra organizar uma empresa. Houve época em que o Pasquim quis ressucitar a idéia, mas nunca conseguiu."
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"Aí bolei esse nome: "disco de bolso". Quem primeiro iria transar isso comigo era o Zélio, irmão do Ziraldo, mas depois entrou o Ziraldo e fez pro Pasquim. O administrador do Pasquim resolveu colocar mais uma empresa, e foi feito um triângulo: a Philips ficou com a parte comercial do disco, o Pasquim com a parte comercial da revista, e eu com a produção. Luiz Lobo era o editor da revista e Prósperi fazia a sua arte-final".
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"Houve muito sucesso, sim, tanto que até hoje sempre é cobrado a volta do Disco de Bolso. Mas a distribuição foi uma coisa meio maluca - o que é típico do Pasquim - e poderia ter vendido mais." Parece que não se acreditava muito nas vendas, o forte da distribuição foi só pro Rio. Depois que estourou, tentaram mandar pra São Paulo, mas aí era tarde. "O show de lançamento em SP, ao invés de ser num teatro, foi numa loja de discos, negócio incrível. Não houve divulgação, não foi ‘um produto lançado no mercado’, a propaganda era mais de boca. Saiu muita coisa no Pasquim, mas tudo precário."
"Era uma idéia que não era pra morrer. Tinha tudo pra dar certo. Aí veio uma grande crise no Pasquim, que não teve condições de bancar o terceiro número. A sociedade resolveu dar um tempo. Eu não tinha condições de fazer isso inteiramente independente, coisa de que me arrependo até hoje. Sozinho, naquela época, era duro, ainda mais que não tenho capacidade comercial pra organizar uma empresa. Houve época em que o Pasquim quis ressucitar a idéia, mas nunca conseguiu."
[Sérgio Ricardo - A história do Disco de Bolso]
10/6/1972 – Série DISCO DE BOLSO – Ano 1 Número 2
CAETANO CANTA A VOLTA DA ASA BRANCA DE LUIZ GONZAGA
APRESENTANDO FAGNER ENQUANTO SÃO DIABO ATACA NA TEVÊ
A. A VOLTA DA ASA BRANCA (Luiz Gonzaga/Zé Dantas)
CAETANO VELOSO
B. MUCURIPE (Fagner/Belchior) FAGNER
S 7” nº ZEM 2801.005
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