Com apresentação de Cissa
Guimarães e Leilane Neubarth (mestre de cerimônia), os cantores Gilberto Gil,
Gal Costa e Nando Reis vão se apresentar juntos, pela primeira vez, nesta
quinta-feira [6/10/2016] no Teatro Ulysses Guimarães, em Brasília, em show tributo ao
centenário de nascimento de Ulysses Guimarães, também conhecido como Dr
Diretas.
Ele nasceu dia 6 de outubro de 1916 e morreu 12 de outubro de 1992.
O show, inédito, dirigido por Rafael Dragaud, com direção de arte e conceito gráfico de André Vallias é promovido pelo empresário João Carlos Di Genio, da UNIP (Universidade Paulista).
Ele nasceu dia 6 de outubro de 1916 e morreu 12 de outubro de 1992.
O show, inédito, dirigido por Rafael Dragaud, com direção de arte e conceito gráfico de André Vallias é promovido pelo empresário João Carlos Di Genio, da UNIP (Universidade Paulista).
Gil, Gal e Nando Reis ensaiam para show em homenagem a Ulysses Guimarães
por
Ancelmo Gois
05/10/2016
Música
e resenha
Gilberto
Gil, Gal Costa e Nando Reis, aqui ao lado do querido Jorge Bastos Moreno,
fizeram, no Rio, um ensaio para o show que farão em Brasília, amanhã, em
homenagem aos 100 anos de Ulysses Guimarães
5/10/2016 - Gilberto Gil, Gal Costa e Nando Reis - Foto: Ana Colla |
6/10/2017 - Ensaio |
12/4/2017
Gilberto Gil
poderá iniciar turnê com Gal Costa e Nando Reis
O cantor Gilberto Gil volta aos palcos com Gal
Costa e Nando Reis em agosto, em São Paulo, depois de uma temporada de
apresentações com o cantor Caetano Veloso com a turnê “Dois Amigos, Um Século
de Música”.
Mônica Bergano, colunista responsável pela informação, relevou que
a inspiração para esses novos shows teria surgido em Brasília, quando o trio se
apresentou em homenagem ao político Ulysses Guimarães. Caso sejam confirmados,
os shows deverão passar por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
5/10/2016 - Gilberto Gil, Gal Costa e Nando Reis |
Julho/2017 - Ensaios |
Julho/2017 - Ensaios |
Julho/2017 - Ensaios |
Foto: Daryan Dornelles |
Ensaio |
Foto: Henrique Alqualo |
MÚSICA
Gal Costa, Nando Reis e Gilberto Gil gravam para o 'Fantástico' sobre
'Trinca de ases'
POR ANCELMO
GOIS
26/07/2017
'Trinca
de ases'
Gal Costa, Nando Reis e Gilberto Gil, que, em
breve, percorrerão o Brasil com o show "Trinca de ases", gravaram
ontem para o "Fantástico" deste domingo, com a coleguinha Poliana
Abritta. Eles cantaram a inédita “Tocar-se”, parceria de Gil com Nando.
- A novidade não está só nas músicas inéditas. A
grande novidade é a forma como essas músicas, mesmo as conhecidas, serão
interpretadas - disse Nando Reis.
30/7/2017 - Gal, Nando, Poliana e Gil - Foto: João Cotta |
O GLOBO
Novo show de Nando Reis,
Gal Costa e Gilberto Gil chega ao Rio
Com três músicas inéditas e maior cumplicidade
entre os artistas, o trio Trinca de Ases faz dois shows neste fim de semana
por Silvio
Essinger
No palco, Nando Reis, Gal Costa e Gilberto Gil - Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo |
RIO
— Como juntar Gilberto Gil, Gal Costa e Nando Reis num só show? Gil e Gal têm
uma longa história em comum, de Salvador, Tropicália, Doces Bárbaros e
interpretações imortais da cantora para as músicas do amigo. Já com Nando, a
conexão pode vir por intermédio de um reggae, digamos — gênero que tanto ele
(na época em que era um dos Titãs) quanto o baiano ajudaram a propagar pelo
Brasil.
“Nos
barracos da cidade”, sucesso de Gil de 1985 (parceria com o produtor Liminha) é
uma dessas músicas que unem o trio, batizado de Trinca de Ases, no show que
estreou na semana passada em São Paulo e que agora chega ao Rio, nas noites de
sexta e sábado, no Km de Vantagens Hall. “Gente estúpida, gente hipócrita!”,
promete cantar com eles um público em estado de fervor político.
—
Essa música tem esse sentido crítico atemporal, geral. Ela critica todo esse
tipo de insensibilidade ao compromisso com o outro, à equalização dos direitos
e dos deveres.
No
caso do Brasil de agora, ela fica mais evidente — analisa Gil.
Gal
mede menos as palavras ao comentar a atualidade da canção.
—
Nesse momento, ela é muito apropriada. Você fala de ganância e de usura bem mais
do que em outros momentos. No Brasil e no mundo.
“Trinca
de ases” nasceu no ano passado como uma homenagem ao centenário de Ulysses
Guimarães, idealizada pelo jornalista de O GLOBO Jorge Bastos Moreno — um show
em Brasília, em outubro, só com as vozes do trio e os violões (e canções) de
Gil e Nando. O espetáculo intimista de Moreno (que faleceu em junho) foi
ganhando uma nova cara e também encorpou. Agora, no palco, não estão mais lá
apenas “a moça”, “o rapaz maduro calejado pela idade” e “o menino impetuoso e
viril” (como denominou Gil na letra da inédita “Trinca de ases”, que abre o
show), mas também o baixista pernambucano Magno Brito e o percussionista baiano
Kainan do Jêjê (ambos integrantes da Sinara, banda que reúne filho e netos do
baiano).
— Eu
pedi aos dois (Nando e Gal) que a gente fizesse o show em pé e que
acrescentássemos um baixo e uma percussão para realmente chegar a esse mínimo
de robustez que ressaltasse os gêneros musicais — explica Gil.
— E
isso trouxe mais elementos musicais para que a gente não fique só na relação do
intérprete com a canção, o que deixaria o show muito desmembrado entre nós, que
somos compositores, e a Gal. Agora tem essa trança coletiva de interferências,
é menos recital — avança Nando.
—
Estamos mais juntos agora, com o show mais equilibrado — completa Gal. — A gente
vai amadurecendo, um se intromete na música do outro.
Ao
longo da travessia, canções entraram na barca. Por sugestão do produtor Marcus
Preto (que dirigiu Gal no disco/show “Estratosférica” e fez assessoria
artística para “Trinca de ases”), a cantora se apoderou de “Meu amigo, meu
herói”, de Gil, sucesso na voz de Zizi Possi.
— Me
comoveu a ideia de cantar para ele essa canção — justifica-se Gal, que ainda
pediu a inclusão de outra de Gil, “Retiros espirituais”, e de “Lately”, de
Stevie Wonder, que Nando começa cantando em inglês e ela segue em português, na
versão de Ronaldo Bastos (“Nada mais”, hit de Gal nos anos 1980).
A
arrumação geral agradou em especial à cantora, que não ficara satisfeita com a
primeira versão do espetáculo:
—
(Se continuasse daquele jeito) a gente ia dormir no palco!
Nando
dá razão a Gal. Em parte.
—
Criar um show dessa natureza é algo diferente do que a gente está acostumado a
fazer. Montar o show no papel é uma coisa, mas quando junta as canções e faz os
arranjos é que você percebe o equilíbrio que há entre as músicas mais pulsantes
e as mais lentas — diz. — E havia inicialmente um excesso de músicas lentas,
talvez por causa da beleza da voz da Gal.
Outro
percurso que a “Trinca de ases” teve que seguir foi o do amálgama dos dois
violões, distintos, de Gil (com macias cordas de nylon, do samba e da bossa) e
de Nando (com suas cordas de aço do folk e do rock).
—
Deu trabalho! — confirma Gil. — Às vezes vou imprimindo acentuações mais
vibrantes e fico perguntando para o Nando se ficou legal.
E o
ex-titã dá a sua opinião sobre o processo.
—
Nossas composições são muito estruturadas em cima da forma que cada um tem de
tocar violão. O que fazemos no show não é tocar simplesmente por tocar, mas
fazer com que as canções soem diferentes. E isso ainda vai mudar.
Com
um show em que apenas duas canções (“Lately” e Baby”, de Caetano Veloso) não
têm as mãos de Gil ou de Nando, era inevitável que os dois acabassem compondo
algo.
—
Logo que a gente começou, chegamos à conclusão de que seria bom ter coisas
novas. Uma das ideias era a de fazer algo para a Gal — conta Nando, que fez
para ela “A mãe de todas as vozes”.
A
canção, no entanto, não será ouvida nos shows dos trio.
— A
gente não ficou feliz com o arranjo. Depois eu gravo. E também tem uma coisa:
eu achei que estava cantando demais no show — conta a cantora, que assim deixou
o repertório com apenas três inéditas: “Trinca de ases”, “Dupla de ás” (de
Nando) e “Tocarte”, letra de Gil e que recebeu música do ruivo.
Com
músicas nos novos álbuns dos Paralamas do Sucesso (“Não posso mais”) e do
também ex-Titãs Paulo Miklos (“Vou te encontrar”), Nando admite viver um surto
de composição.
— Há
sempre entre os compositores uma vontade de produzir, uma angústia de quando
virá a próxima música. Para mim funciona assim. Há períodos em que você não
consegue produzir. Mas esse show me abriu a porta, eu fiz “Dupla de ás”
motivado pela música do Gil. E poderia ter feito mais — conta.
Nos
últimos quatro meses, Gil compôs 15 canções, que foram para o seu disco de
inéditas (em fase de finalização pelo filho e produtor Bem Gil, ainda sem
título ou data de lançamento) e para Roberta Sá. Enquanto se prepara para
correr a estrada com “Trinca de ases” e participar do show “Refavela 40”
(organizado por Bem para celebrar seu clássico disco de 1977), o baiano
acompanha de longe as movimentações políticas que levaram um antigo colaborador
seu, Sérgio Sá Leitão, a assumir o Ministério da Cultura:
— A
principal dificuldade dele será desvincular o seu trabalho de um governo que
passa por uma deterioração imensa e ter autonomia suficiente para tocar a sua
administração. Isso, além dos problemas que vai enfrentar de orçamento, que já
era muito exíguo, com esses cortes do (ministro da Fazenda, Henrique)
Meirelles. Experiência mínima como gestor cultural, o Sérgio tem. Vamos ver
como ele se sai.
Serviço
— “Trinca de ases”
Onde:
KM de Vantagens Hall - Shopping Via Parque, Avenida Ayrton Senna 3.000, Barra,
www.ticketsforfun.com.br.
Quando:
Sex. e sáb,. às 22h.
Quanto:
De R$ 150 a R$ 400.
11/8/2017 - Rio de Janeiro |
11/8/2017 - Rio de Janeiro - Camarim |
15/10/2017 - Salvador - Foto: Almiro Lopes / Correio |
16/12/2017
Gilberto Gil, Nando Reis e
Gal Costa fazem show da Trinca de Ases no Rio antes de turnê no exterior
Naiara Andrade
Gilberto Gil, Gal Costa e Nando Reis - Foto: Marcos Ramos - Globo - Gente Boa |
Dama
Gal Costa. Vale(n)te Nando Reis. Rei Gilberto Gil. Juntos, eles formam o Trinca
de Ases. O novo Grande Encontro da MPB se formatou no ano passado, numa
homenagem ao centenário de Ulysses Guimarães, em Brasília, e foi oficializado
há quatro meses, em São Paulo, com o início da turnê que reúne os três no
palco. Hoje, eles realizam a última apresentação no Rio, antes de levar o show
para o exterior.
—
Vamos descansar e, entre março e abril, seguir para Portugal, França, Itália,
Suíça, Luxemburgo e Israel — anuncia Gil, compositor da canção que deu nome ao
projeto: — Como digo na letra, eu sou maduro e calejado; Nando é impetuoso e
viril; e Gal, livre na defesa e no ataque. Em conjunto, claro que fazemos
algumas concessões, mas nada que signifique sacrifício, pois estamos muito bem
adaptados uns aos outros.
No espetáculo, Gil, Nando e Gal
permanecem em cena o tempo todo, cantando em trio, duetos ou solos e celebrando
a história de cada um, o cruzamento delas e as novidades que surgem dessa
reunião.
— Gal e Gil são responsáveis
pela minha formação, não só como músico, mas como indivíduo. Descobri que me
identifico demais com a maneira como ele compõe, temos um método muito
parecido. Foi um prazer criar com ele! Com relação a Gal, eu me surpreendi com
a facilidade com que ela canta minhas músicas. É um sonho vê-la interpretando
uma canção minha — deslumbra-se Nando, que compôs a surrealista “Dupla de Ás”
(que fala de uma vaca na praia) para o repertório, que ainda tem as suas “All
Star”, “Espatódea”, “Água viva”, “O seu lado de cá”, “O segundo sol”, “Por onde
andei”, “Dois rios” (com Lô Borges e Samuel Rosa) e “Tocarte” (com Gil).
“Refavela”, “Esotérico”, “Cores
vivas”, “Retiros espirituais”, “Copo vazio”, “Meu amigo, meu herói”, “A gente
precisa ver o luar”, “Ela”, “Barato total” e “Nos barracos da cidade” (com
Liminha) são as composições de Gil no setlist, que ainda tem “Lately”/“Nada
mais” (Stevie Wonder, em versão de Ronaldo Bastos) e “Baby” (Caetano Veloso).
Nesta, a voz de Gal sempre arranca aplausos efusivos e algumas lágrimas da
plateia.
— Ver a reação das pessoas e
estar com os dois no palco tem sido muito gostoso. Na Fundição, vai ser ainda
melhor. É como no Circo Voador, onde o público fica bem próximo — atesta a
cantora.
2018
PORTUGAL
Gilberto Gil, Gal Costa e Nando Reis: os três amigos da MPB estão em
Portugal
O
grupo Trinca de Ases falou com a NiT a propósito dos seus espetáculos no País.
09/03/2018 às 16:29
Texto: Ricardo Farinha
Fotografia: Inês Costa
Monteiro
No dia anterior tinham comido bacalhau e sardinhas |
São três trunfos fortes no baralho de cartas da música
brasileira e juntos formam a Trinca de Ases. Gilberto Gil, Gal Costa e Nando
Reis vão atuar em Lisboa, no Campo
Pequeno, esta sexta-feira e sábado, 9 e 10 de março, pelas 22 horas. Dia 11
sobem até ao Porto para um concerto no Coliseu.
São uma espécie de ídolos em escadinha. Gilberto Gil foi
o primeiro a começar uma carreira na música — no início dos anos 60, quando
arrancou com os concertos e começou a lançar discos. Gal Costa começou por o
idolatrar: “Eu
era adolescente, menina”, conta a
cantora brasileira à NiT.
“O Gil já cantava na televisão, em Salvador, onde eu nasci e morava. E eu
sempre adorava… conheci o Gil primeiro do que o Caetano [Veloso]. Era
apaixonada pela música dele. O Nando é mais recente, porque é o mais novo.
Adoro as coisas dele, mas conheci-o pessoalmente agora nesse trabalho. Ele é um
amor.”
Nando Reis, que pertenceu aos Titãs, sempre teve como
ídolos aqueles que são agora colegas de estrada. “Eles foram os meus ídolos na adolescência. Eu tinha a presença deles
através da música — e física também, porque ia a muitos shows. Eu e o Gil fomos
da mesma gravadora no tempo em que estava nos Titãs e havia um estúdio onde a
gente gravava, e devemo-nos ter encontrado ali, de passagem. Mas trabalhámos
juntos no disco da Marisa Monte. A Gal, conheci ela… ela vai-se lembrar agora,
nós tínhamos o mesmo empresário nos anos 90. E uma vez estávamos hospedados no
mesmo hotel e fomos jantar juntos. Inclusive compus uma música para ela que
está no segundo disco a solo, uma música obscura.”
Gal Costa não se recorda dessa música, e a
NiT quase que começa um debate existencial entre o trio. “Você fez? Existe?” Nando Reis
responde: “Está escrito”. “Então e você nunca mostrou nem gravou?”,
devolve a cantora. “Gravou”, exclama
Gilberto Gil. Nando Reis esclarece: “Está
escrito no meu disco: ‘Para Gal Gosta’. Eu cheguei a te convidar para cantar,
mas houve um problema de agenda.” Gal Costa continua a dizer que não
recebeu nenhuma música.
Gal Costa não estava a acreditar em Nando Reis |
Os três são grandes amigos agora. Não têm episódios
loucos de sexo, drogas e rock ‘n’ roll, mas vão passear quando estão em tour,
jantam juntos e partilham histórias. No dia anterior a esta entrevista —
quarta-feira, 7 de março — tinham jantado no Farta Brutos, no Bairro Alto. “Tomámos vinho português e
comemos bacalhau e sardinhas”,
conta Gilberto Gil. Gal Costa acrescenta: “E rimos tanto. Gosto sempre de passear
por Lisboa, ver as pessoas, comer o pão, que é um sonho na realidade, e eu
preciso sempre de comer o peixe ao sal, que eu adoro.”
Dizem que é habitual e natural os grandes nomes da MPB se
juntarem para fazer coisas, como é exemplo este projeto, que começou no ano
passado, primeiro para homenagear os 100 anos do político Ulysses Guimarães. Ao
vivo, tocam as músicas mais marcantes das carreiras de cada um, e um par de
temas que compuseram para lançar a Trinca de Ases. “É costumeiro no Brasil”, diz Gilberto Gil. “Já vem de há muito tempo, que os artistas compartilhem momentos,
situações, discos, shows e esse tipo de coisa. Então me parece que é uma
característica brasileira.”
E qual é a opinião destes três ícones de géneros como o
funk brasileiro, tão na moda agora? Nando Reis responde pela Trinca de Ases: “A música brasileira é muito fértil,
dinâmica, as coisas lá quando aparecem são efervescentes. É o que está no — não
significa que seja descartável —, mas são apenas uma amostra do quão a música
brasileira e de como ela se espalha como um rastilho de pólvora.”
Esta noite (e no sábado) espalha-se até Lisboa. Os
bilhetes para o concerto estão à venda online entre os 40€ e os 80€. Para a atuação no Porto, as entradas começam nos 25€ e também podem chegar aos 80€.
2 CD's |
2 DVD's |
No hay comentarios:
Publicar un comentario