Caetano Veloso já tem data para começar turnê europeia de “Zii e Zie”
Depois
de uma turnê pela América Latina e pelos Estados Unidos, Caetano Veloso vai
levar as músicas do álbum “Zii e Zie” à Europa.
No
dia 25 de junho ele embarca para Paris, onde dá início às apresentações, e
segue para Itália, Bélgica, Dinamarca, Inglaterra e Suíça.
A
viagem a trabalho vai até o começo de agosto.
Caetano Veloso e Gilberto Gil fazem temporada de shows na Europa
Caetano Veloso e Gilberto Gil fazem temporada de shows na Europa
Cantores se
apresentaram, respectivamente, na Espanha e na Inglaterra
22/07/2010
Redação CORREIO
Redação CORREIO
Caetano Veloso e
Gilberto Gil estão bombando na Europa.
Nesta
quarta-feira (21/7), os cantores brasileiros se apresentaram, respectivamente, na
Espanha e na Inglaterra. Caetano foi uma das atrações do festival “Veranos de
la Villa”, na cidade de Madri, enquanto Gil se apresentou no Royal Festival
Hall, em Londres.
21/7/2010 - Caetano Veloso em Madri |
21/7/2010 - Gilberto Gil em Londres |
Show de Maria Bethania no SohthBank
Complex Center em Londres dia 17/07/2010.
Quem
também se apresentou em Londres foi Maria Bethânia. De acordo com o EGO, a
cantora foi alvo de elogios da mídia local: "Maria
Bethânia é um divertido enigma, uma cantora que pode soar como uma dolorida e
apaixonada resposta brasileira a Edith Piaf em um momento e de repente se
entrega à baladas pop mais leves", descreveu o crítico Robin Denselow,
do "The Guardian", que deu quatro estrelas para o show.
22/07/2010
Crítica britânica elogia show de Maria Bethânia em Londres
Cantora é um 'divertido enigma', diz 'The
Guardian'. Bethânia se apresentou no Brazil Festival, na capital inglesa.
Do G1, em São Paulo
A cantora
brasileira Maria Bethânia se apresentou no Festival Brazil em Londres no último
dia 17 e encantou a crítica britânica, que chegou a chamar a artista de
"enigma".
"Maria Bethânia é um
divertido enigma, uma cantora que pode soar como uma dolorida e apaixonada
resposta brasileira a Edith Piaf em um momento e de repente se entrega a
baladas pop mais leves", descreveu o crítico Robin Denselow, do "The
Guardian", que deu quatro estrelas - de cinco - para o show.
"A voz dela continua poderosa, mas é íntima,
especialmente quando ela canta sem acompanhamento, e o clima muda
constantemente enquanto ela muda entre baladas lentas e faixas mais aceleradas,
como 'Vida', de Chico Buarque", completou, lembrando que o show foi uma
aparição rara. "Ela não vem (para a Grã Bretanha) com a mesma frequência
do irmão Caetano Veloso".
Chamando a cantora de
"diva", Sue Steward, crítica do "The Independent", notou
que a maior parte das faixas veio dos discos "Encanteria" e
"Tua", de 2009. "Ela
dançou as músicas com passos de samba, ou então ficava parada, traduzindo as
reflexões filosóficas das músicas com movimentos elegantes", relatou.
FRANCIA
27/6/2010
– Paris - Jazz à La Défense 2010
L'édition 2010 du Festival de Jazz à
La Défense est comme à l'accoutumée pleine de surprises.
Le coup d'envoi sera donné le 18 juin
avec une série de 4 concerts exceptionnellement à Colombes, Suresnes et Vanves.
Le reste de la programmation se déroulera bien évidemment sur le Parvis de La
Défense avec un panel d'artistes plutôt croustillant: Eric
Legnini, Fanga, The Soul Jazz Orchestra, Miss Platnum, Bojan Z
et Sophie Hunger pour
ne vous en citer que quelques-uns. Comme chaque année le week-end de cloture se
munit de ses plus belles têtes d'affiche avec Wayne Shorter le samedi et Caetano
Veloso le dimanche.
Vous l'aurez compris, le Festival de
Jazz à La Défense en plus d'être totalement gratuit, c'est avant tout un
incontournable pour bien commencer les festivités estivales.
LE MONDE
28.06.2010
Caetano Veloso à la Défense
La belle voix du Brésilien est malheureusement desservie par le site
Par Véronique Mortaigne
Ne payant pas son entrée, le spectateur brésilien
aurait une fâcheuse tendance à l'indiscipline, selon les détracteurs de la loi
Rouanet, aujourd'hui très attaquée. Il se rend au concert en touriste bavard et
tourne volontiers le dos à la scène, bière à la main sous soleil de plomb. Au Brésil,
depuis 1991, cette loi permet de financer la plupart des projets
culturels, par de l'argent privé moyennant d'importantes déductions fiscales
(jusqu'à 100 % de l'investissement). Un des effets induits de ce dispositif est
la gratuité de beaucoup de spectacles.
La thèse se vérifie dans les Hauts-de-Seine, dimanche
27 juin, où l'appréciable programmation de La Défense Jazz Festival a inscrit à
l'affiche l'unique concert français de la saison estivale du Bahianais Caetano
Veloso (après Joachim Kühn, Wayne Shorter, Mina Agossi). Parmi un public hétéroclite,
les représentants enjoués de la communauté brésilienne, sur l'arrière, parlent
fort, couvrant de leur bonne humeur le classique Desde que O Samba e Samba
(voix et guitare, velouté assuré).
A
l'avant, on entend mal. Encastrée dans les immeubles modernes, l'esplanade
à la réverbération sonore; des "ingés son" un peu fous en ont profité
pour pousser le niveau des instruments au détriment de la voix, que Caetano
Veloso, 67 ans, a pourtant très belle, très travaillée. Aucun secours à attendre
des écrans latéraux incrustés au bas des édifices de la Défense, ce Sao Paulo
en miniature: ils diffusent des publicités et des informations.
ZÉBRURES ÉLECTRONIQUES
Classe, Caetano Veloso, oiseau de nuit sorti du lit
très peu de temps avant un concert si tôt placé (19 heures), s'extasie sur le
paysage - "Quelle merveille!", dit en français le séducteur,
arborant tee-shirt jaune poussin et cheveux blancs. Pendant un mois, la tournée
Zii e Zie, montée à la suite de l'album de pop minimaliste paru en 2009, zigzaguera
entre Venise, Athènes et Rotterdam.
Le privilège du patriarche est de pouvoir réunir la
jeunesse autour de lui. Caetano Veloso a à ses côtés le guitariste Pedro Sa, le
percussionniste Marcelo Callado et le bassiste Ricardo Dias Gomes, des types
qui, comme lui, adorent déstructurer les fondamentaux, mettre des guitares
caribéennes sur un tango (Volver), des zébrures électroniques dès
l'ouverture (Perdeu) et appuyer la voix de tête pour Maria
Bethania, hymne à sa soeur de sept minutes, écrit en 1971.
ITÁLIA
ROMA, 4 JUN (ANSA) - O compositor Caetano Veloso irá à Itália para apresentar shows da turnê "Zii e Zie 2010", iniciando sua estadia no país europeu com uma apresentação no dia 29 de junho, em Sesto Fiorentino, na província de Florença.
O relacionamento entre o brasileiro, um dos grandes nomes da Tropicália, e a Itália é profundo: em 1990 ele recebeu o Prêmio Tenco; em 1997 foi convidado a participar de uma homenagem a Federico Fellini e Giulietta Masina; e em 2009 esteve no evento Pavarotti & Friends, onde recebeu o Antonioni Award.
Além disso, Caetano escreveu em 2004 a trilha sonora para o filme Eros, de Michelangelo Antonioni; e em 2008, tocou no Umbria Jazz Festival com Stefano Bollani.
Depois de Sesto Fiorentino, o compositor fará shows em Roma (16 julho), Parma (19 de julho) e Bard (31 de julho).
Caetano atravessará a Europa durante o verão do Hemisfério Norte, tocando também nas cidades de Londres, Bruxelas, Atenas, Madri e Lisboa. (ANSA)
29/6/2010
– Florença - Sesto Fiorentino – Villa Solaria
Caetano Veloso sorride ancora a Firenze
Mercoledì
30 giugno 2010
Firenze
- Caetano Veloso è tornato ancora una
volta a Firenze, per i suoi affezionati, per la piccola comunità brasiliana,
per gli amanti della musica d'autore. Lo ha fatto ieri sera a Villa Solaria di
Sesto Fiorentino aprendo la tre giorni di musica sudamericana, intitolata Sesto
Sabor, all'interno della rassegna Sesto d'Estate.
Veloso
è ormai un volto consueto per il pubblico fiorentino, che negli ultimi anni lo
ha visto in diverse occasioni. Lo ricordiamo in città anche nel 2007 e nel
mitico concerto del 2003 al Teatro Comunale e la serata a piazza Santo Spirito
con i ragazzi di Axé. Ieri sera si è presentato in una veste inedita,
accompagnato da un rock band di giovani musicisti brasiliani. E' il frutto di
"Zii e Zie", il suo
pluripremiato album del 2009,
in cui affronta con il suo personale tocco le sonorità
rock.
Sulla
scena una formazione in maglietta, basso, batteria e due chitarre, che
ricordano i Beatles, ma il cantante ha i capelli bianchi. I suoni sembrano quelli
dei Police, un rock netto e preciso come se fosse jazz,
ma sotto, sotto le melodie si sente che sono state composte con l'anima di
ragazzini, chitarra sulle ginocchia, magari accovacciati sulla soglia di casa,
guardando il mare e la pioggia.
La
Banda Cê, con lui dall'album del
2006 e composta da Pedro Sa alla chitarra, Ricardo Diaz Gomes al basso e
Marcello Callado batteria, accompagna Veloso con attenzione, mentre il maestro
si muove sul palco, corredando la sua voce, con movimenti misurati del corpo, quasi
fossero frutto di una coreografia.
16/7/2010
– Roma - Ippodromo delle Capannelle
XVI Festival Internazionale di Musica e Cultura Latino Americana a Roma
XVI Festival Internazionale di Musica e Cultura Latino Americana a Roma
19/7/2010
– Parma – Parco Ducale
24/7/2010
– Altopiano del Montasio – Chiusaforte (Udine) - No Borders Music Festival 2010
31/7/2010
– Bard (Aosta) - Forte di Bard
GRECIA
12/7/2010 - Roman theater of Herodes
Atticus
PORTUGAL
26
e 27/7/2010 - Lisboa - Coliseu dos Recreios
Crítica
de música
Caetano: um objecto
bem identificado
Mesmo quando os
seus discos frustram de algum modo as expectativas, Caetano Veloso encontra
sempre forma de os superar – e se superar. E é nisso que se revela o seu génio.
27.07.2010
Por
Nuno Pacheco
Caetano
Veloso
Lisboa,
Coliseu dos Recreios
Segunda-feira,
26 de Junho, 22h
Sala
quase cheia
4
estrelas (em 5)
(repete
dia 27 na mesma sala e dia 29 no Coliseu do Porto, também às 22h)
O
seu mais recente trabalho, “Zii e Zie” (tios e tias, em italiano), de 2009,
gravado com os três jovens músicos da Banda Cê (do notável disco “Cê”, de 2006)
que o têm vindo a acompanhar na estrada, ganha com a transposição para palco,
onde só ouvimos sete das suas 13 canções.
Com
uma asa delta como base de cenário, que se vai transfigurando com as luzes e
projecções no enorme ecrã que cobre o fundo do palco (sugerindo quer uma lona
de circo, uma tenda, uma vela de barco ou uma proa em navegação contínua),
Caetano e os três músicos (Pedro Sá, Ricardo Dias Gomes e Marcelo Callado)
abrem a noite na exacta sequência das apresentações no Canecão do Rio, em Maio
de 2009: “A voz do morto”, primeiro, numa exuberante homenagem a Paulinho da
Viola, depois “Sem cais” e “Perdeu”, duas das melhores canções do novo disco,
com o antigo e belo “Trem das cores” (de 1982) pelo meio.
Por
fim, duas canções marcantes de um período muito anterior: “Maria Bethânia”
(1971), escrita em inglês já no exílio em Londres, e Irene, gravada ainda no
Brasil, em 1969, antes da partida. A primeira, Caetano dedicou-a (como fizera
no Rio) “ao grande homem do teatro brasileiro Augusto Boal”.
Depois,
mudou o rumo. Cantou “Volver”, um tango de Gardel (que Almodóvar incluiu no
filme homónimo, com Penélope Cruz a fingir que cantava sobre a voz de Estrella
Morente, a talentosíssima filha do grande Enrique – que, excelente notícia,
cantará em Setembro em Portugal, integrado na edição deste ano do Festival de
Flamenco) e duas canções, por sinal das mais fracas, de “Zii e Zie”: “Tarado ni
você” e “Menina da Ria”, esta escrita para responder a uma promessa feita a (e
em) Aveiro. São, ambas, assentes em “riffs” vocais e, na prática, deixam-se
absorver por eles, sem qualquer subtileza.
Mas,
como sempre sucede porque Caetano é Caetano, tudo muda de novo. “Não
identificado” redime, com novas vestes, as canções anteriores, e “Odeio” (único
tema de Cê a soar na noite) abre caminho ao statement que é “A base de
Guantánamo” (com imagens de Cuba e da Casa Branca projectadas no ecrã e luzes a
“ensanguentarem” os músicos) e a “Lapa”, outro dos melhores temas do disco. E
como nele citava “Água”, de Kassin (um dos mais notáveis músicos da nova
geração, que integra o trio +2 com Moreno, filho de Caetano, e Domenico
Lancelotti), cantou-a, numa notável versão.
Isso
antes de voltar a “Zii e Zie”, com a menos interessante “A cor amarela” e a, pelo
contrário, muitíssimo interessante “Eu sou neguinha?” (é uma das melhores
canções que ele jamais escreveu), agora com a guitarra ácida, certeira e por
vezes dilacerante de Pedro Sá a moldar-lhe os contornos. Caetano simulou com os
dedos abertos na cabeça umas hastes de veado (que, como se sabe, quer dizer
“gay” no Brasil) e houve quem lhe respondesse quando ele repetiu “Eu sou
neguinha?”: “És!”. Um equívoco que o cantor deve alimentar, com algum gozo, mas
não tolda o sentido de tão extraordinária canção.
O
encore foi efusivo, primeiro com “Força estranha”, onde Caetano fez
questão de celebrar o autor, gritando “viva Roberto Carlos!” (para ele, que
fará 68 anos a 7 Agosto e que como Roberto se mantém pelos palcos, a letra terá
um significado especial: “por isso uma
força me leva a cantar (…) / por isso é que eu canto, não posso parar / por isso
essa voz tamanha”). E, por fim, com a irresistível “A luz de Tieta”
(escrita para o filme adaptado de Jorge Amado), com a plateia a repetir o
refrão enquanto o pano descia.
Se
não foi um espectáculo dos que nos marcam para sempre, dos muitos que Caetano
já deu, pelo menos esteve, na criatividade e concepção (voz, música, roteiro,
luzes), a um muito bom nível na escala que se espera de Caetano Veloso. E isso
já quer dizer muito.
tvi24
Esse Caetano é muito mais que Brasil!
Deu
samba, rock, bolero... e até uma canção dedicada a Aveiro, esta segunda-feira à
noite, no Coliseu de Lisboa
27/7/2010
Redação /Manuela Micael
Caetano Veloso nem precisa cantar. Mal o pano sobe,
o Coliseu de Lisboa irrompe em aplausos ao cantautor brasileiro que, esta
segunda-feira à noite, apresentou o álbum «Zii e Zie» no Coliseu dos Recreios,
em Lisboa.
Com a peculiar guitarra sem corpo a que já nos
habituou, Caetano Veloso pôs a sala a cantar com ele. A guitarra de corpo vazio
parecia cheia de música. O Coliseu também.
Ao fundo do palco, uma tela gigante passava imagens
que ajudavam as músicas a contar histórias. Na segunda canção, «Sem cais»,
pareceu até que o Coliseu se inundou de um cheiro a maresia. «Quero tanto, quero tanto, quero tanto
você. Mar aberto, mar adentro, mar imenso, aberto, sem cais». (*)
Depois de todo este mar, Caetano Veloso fez um
curto intervalo na música para apresentar a banda: «Esta é a BandaCê, tocando
aqui em Lisboa», rematou. E, do público, a resposta foi um novo e caloroso
aplauso.
«Estamos fazendo uma tourné pela Europa e chegamos
aqui e nos sentimos em casa. Em Lisboa, nos sentimos em casa», disse.
«Menina da Ria» e música de intervenção
Neste espectáculo de apresentação de «Zii e Zie»,
houve de tudo. Deu direito a bolero, a samba, a rock... ou a «transamba e
transrock», como Caetano Veloso prefere chamar-lhe nas entrevistas que tem
dado.
A meio do espectáculo, a surpresa que Caetano fez a
Portugal neste disco. Uma canção dedicada a Aveiro. «Uma moça, de lá do outro lado da poça,
numa aparição transatlântica, me encheu de elegante alegria. Menina da Ria,
Menina da Ria, Menina da Ria». (*)
Num dos espectáculos mais ecléticos do músico
brasileiro, ouviu-se até um tema de intervenção e cheio de carga política. O
álbum «Zii e Zie» traz um verdadeiro puxão de orelhas aos Estados Unidos e à
sua política internacional.
«O fato de os americanos desrespeitarem
os direitos humanos em solo cubano é por demais forte simbolicamente para eu
não me abalar. A base de Guantánamo. A base da Baía de Guantánamo».*
A luz vermelha que mal iluminava os topos das
cabeças dos músicos, deu protagonismo às imagens da cadeia de Guantánamo que
passavam na tela gigante lá atrás. As consciências despertavam-se à medida que
Caetano Veloso cantava.
«Pedido de socorro a Bethânia» e uma
canção para Boal
Caetano Veloso cantou em português, mas também em
inglês e em castelhano.
A determinada altura, sentou-se, ficou sozinho em palco
com o seu violão e sacou um sambinha. Só ele, o samba e o violão.
Caetano, às vezes, é quase pueril em palco e
abandona o próprio corpo ao som das notas que saem dos instrumentos musicais
dos companheiros da BandaCê. A sua generosidade musical vai muito além do que está
ali. Augusto Boal, nome grande do teatro brasileiro que morreu o ano passado,
foi mencionado e teve direito a uma música dedicada em sua memória. «Dedicamos
essa nova interpretação dessa música ao grande nome do Teatro brasileiro,
Augusto Boal», disse.
Mas também Bethânia, a irmã de Caetano, teve
direito a uma música dedicada.
«Maria Bethânia, please send me a letter. I wish to
know things are getting better».(*)
A música «Maria Bethânia» foi escrita em 1971,
quando Caetano Veloso estava exilado em Londres. «Eu acho que eu vivi essa
música como um pedido de socorro à minha irmã. Me disseram que ela esteve aqui
até ontem, mas não nos encontrámos», lamentou, arrancando uma ligeira
gargalhada do Coliseu.
Maria Bethânia actuou na semana passada no Cool Jazz
Fest, em Cascais, onde apresentou «Amor, Festa, Devoção», um espectáculo
dedicado à sua mãe. Bendita Dona Canô que pôs no mundo duas vozes assim!
(*) Excertos das letras das canções de Caetano Veloso
Foto: Rui M Leal |
Foto: Rui M Leal |
29/7/2010 – Porto - Coliseu do Porto
1 de Julho, 2010
Fonte: Jornal de
Notícias
"Esta é a banda Cê tocando para o Porto"
Num Coliseu do Porto
completamente lotado, anteontem, à noite, Caetano Veloso terminou a digressão
em Portugal (tinha actuado em Lisboa na segunda e na terça-feira).
Apresentou-se com três
músicos da banda Cê, num espectáculo que homenageia o Rio de Janeiro através de
alguns temas do mais recente trabalho "Zii e Zie" (tios e tias, em
italiano). Com uma asa delta verdadeira como cenário e, ao fundo, uma tela
gigante onde eram projectadas imagens do cineasta Miguel Przewodovski, que
ilustravam temas como "Lapa", "Base de Guantanamo" e
"Água", Caetano esteve imparável. Ao longo de uma hora e meia, cantou,
tocou, dançou, desafiou a assistência, chegando mesmo a provocar com poses mais
sensuais e deixou a banda brilhar.
Com um pólo vermelho,
jeans e sapatilhas, o brasileiro entra em palco ao som das palmas, a cantar
"Tem que ser viola...", numa homenagem ao músico Paulinho da Viola.
Segue-se o bonito "Sem cais", ilustrado por imagens do Rio de
Janeiro. Recebe aplausos de braços abertos e apresenta os músicos: Pedro Sá, na
guitarra; Ricardo Dias Gomes, teclados, e Marcelo Callado, bateria. E as
palavras: "Esta é a banda Cê tocando para o Porto". "Maria
Bethânia please send me a letter", entoa Caetano depois, uma música
escrita e cantada quando estava exilado em Londres, como um "pedido de
socorro à minha irmãzinha", segundo o próprio, que a dedicou a Augusto
Boal, homem do teatro brasileiro. Muito aplaudido, faz uma pausa para
agradecer, e diz que "este Coliseu do Porto já meu deu algumas das maiores
alegrias da vida".
Tempo ainda para
desfilar temas como "Volver", "Menina da Ria", dedicada
a Aveiro, e "Não identificado",
em que termina escondendo-se na asa delta. No fim, tudo de pé a pedir bis. E os
músicos regressam, com "Eu sou neguinha?" e "A luz de
tieta". A assistência dança, aplaude e os leques abanam cada vez mais
furiosos, devido ao calor insuportável que se sentia na sala, que tornava o ar
quase irrespirável.
SUÍÇA
1/7/2010
– Zurique
DINAMARCA
5/7/2010 - Teatro Real
Caetano
Veloso emociona público de festival na Dinamarca
5 jul 2010
Caetano
Veloso emocionou as cerca de 1,6 mil pessoas que lotaram, nessa segunda-feira
(5) o Teatro Real da capital dinamarquesa com um show que serviu para abrir o
Festival de Jazz de Copenhague, o principal nos países nórdicos.
A
apresentação do músico abriu a programação principal do evento, que também
inclui Herbie Hancock, Marcus Miller e Martha Wainwright.
Em
sua edição número 32, o festival terá mais de mil shows em dez dias, muitos ao
ar livre e gratuitos.
O
guitarrista, cantor e compositor brasileiro fez um show eclético, no qual
predominaram o rock e a música popular. Ele alternou temas de seu último
trabalho, Zii e Zie, com clássicos de sua trajetória musical.
Caetano,
que também homenageou sua irmã com o clásico Maria Bethânia e Roberto
Carlos com Força Estranha , emocionou o público com uma série de seus
temas mais conhecidos, como A Luz de Tieta e O Leãozinho.
LÍBANO
14/7/2010
- Beirute
Jul 14, 2010
Unesco Square, Jbeil-Byblos, Lebanon
The multi talented Caetano Veloso performed at Byblos
International Festival 2010
in an atmosphere of musical bliss. He mixes Brazilian
folklore with international sounds making him truly a global artist.
This Brazilian composer, singer and songwriter is not
only an artist but also a political activist whose songs have had influence
around the world.
He is said to be one of the greatest songwriters of
the century and his musical career is packed with studio albums starting from
1967 to his latest 2009 release “Zii e Zie”.
Foto: Wael Hamzeh |
ESPAÑA
21/7/2010
– Madrid - Puerta del Ángel
Caetano Veloso: 'No he hecho
ningún disco o canción que me haya dejado satisfecho'
Raquel Quílez
Madrid
Martes 20/07/2010
A punto de cumplir 68 años, Caetano Veloso aterriza
en Madrid con 'Zii e Zie' bajo el brazo. Es su disco número 41, en el que funde
las tendencias rock que tanto le han obsesionado en los últimos años con sus
habituales ritmos de samba. ¿El resultado? El nacimiento de dos nuevos
conceptos 'made in Brasil', el 'transrock' y las 'transambas'.
No es la primera vez que inventa conceptos. El
cantautor (Bahía, agosto de 1942), renovó la música de Brasil en los Setenta
cuando, junto a Gilberto Gil, Gal Costa y su hermana María Bethania, impulsó el
atrevido movimiento del 'tropicalismo', revolución de la música popular del
país. Pero no sólo de melodías vive Veloso. En esta entrevista habla de
política, frustraciones personales y hasta deseos de futuro.
Le obsesionaba hacer rock experimental y lanzó 'Cê'
-disco anterior a 'Zii e Zie', con el que abrió la veda del cambio-, pero su
primer impulso fue firmarlo con un seudónimo, ¿tanto temía la reacción del
público?
No, no fue eso. Deseaba hacer algo relevante para
la gente más creativa de la generación post Nirvana en Brasil y no quería que
mi nombre dificultase la aventura. Yo había hablado mucho de ello con Pedro Sá
-compañero de banda- mientras viajábamos con 'Noites do Norte' y 'A Foreign
Sound'. Pensamos incluso en ocultar mi
voz con distorsiones electrónicas, pero al final seguí el consejo de mi
hijo y canté con mi voz. La referencia al rock quedó inmediatamente en el sitio
que ha ocupado siempre mi trabajo, en la base del tropicalismo.
¿Y qué percibió de la gente?
Esperábamos una reacción más antipática por parte
de los críticos de rock 'britanizados'. Pero casi todos dijeron cosas buenas de
'Cê'. Y la gente joven que hace o escucha indie rock tampoco lo desaprobó. El
hecho de que 'Zii e Zie' presente ahora ritmos y frases melódicas de la
tradición de la samba nos ha distanciado de ese público, pero ha atraído a
mucha gente a la que 'Cê' no le gustaba: gente que prefiere el lado suave y
dulce de mis canciones. A mí también me gustan más las de 'Cê', pero las de
'Zii e Zie' hacen un puente más comprensible con temas de los años 70.
El disco se mueve dentro de criterios estéticos que
ha bautizado como 'transamba' y 'transrock', ¿podría definirlos?
Llamé 'transambas' a las canciones que compuse
pensando en la bandaCê -un 'power trío' con gusto de 'pospunk'- y utilizando la
rítmica de la samba. Y 'transrock', al sonido que produce la banda cuando toca
esas canciones.
¿Se puede ser rockero a los 68 y, además, ser
Caetano Veloso?
Sí, se puede. No es lo que pasa conmigo, pero se
puede. Hay muchos rockeros todavía
buenos que tienen mi edad. O más. En cuanto a ser Caetano Veloso, es
algo que no he podido evitar hasta ahora. No soy rockero, pero soy muy Caetano
Veloso y a los 68 puedo referirme al rock de forma tan interesante a como lo
hacía a los 24 o a los 43.
En alguna entrevista ha dicho que encuentra su obra
"sin forma, no definida", y que sigue buscando un camino. ¿De verdad
no lo encontrado aún?
De verdad.
¿Y se encuentra con fuerzas para seguir buscándolo?
De jubilarse, ni hablamos...
Los artistas no se jubilan. Cantar, hacer
películas, pintar o escribir no es propiamente un trabajo. Es un modo de vivir.
Lo único que encuentro son fuerzas para seguir buscándolo. No he hecho todavía
una canción o un disco que me haya dejado satisfecho. Quién sabe si algún
día...
Al mirar atrás, ¿se siente la misma persona que
escribió canciones como 'Alegría, Alegría' o que hizo discos como
'Estrangeiro'?
Sí. Soy el mismo.
Ha presentado ya 'Zii e Zie' por EEUU y Latinoamérica,
¿cómo afronta la gira europea? ¿Percibe públicos muy diferentes?
Lo peor es siempre Brasil... Cuando salimos por
'las Américas' y Europa todo es éxito y alegría fácil. La mejor ciudad es Buenos Aires, pero
también adoro cantar en Nueva York y San Francisco. En Italia y España también
me gusta. Y luego están sitios como Londres, donde la gente parece no saber.
Por ejemplo, la crítica y los colegas de EEUU están siempre. Puede verse entre
el público a gente como Lou Reed, David Byrne, Laurie Anderson o Beck y The New
York Times o Los Angeles Times me dedican páginas y halagos, pero en Inglaterra
no pasa nada parecido.
En Madrid es ya un habitual, ¿cuál es su relación
con la ciudad?
Es la única ciudad europea donde me imagino
viviendo. Ni siquiera Portugal me parece tan cercano; aunque tenga otros
vínculos con Brasil que me conmueven más, España siempre me pareció más
parecido al Brasil de hoy.
¿Sigue algún ritual antes de subir al escenario o
le ha perdido ya el respeto?
En Brasil se dice "mierda" antes de
subir. Lo hago sin superstición, como un homenaje a esa tradición del teatro.
'Zii e Zie' incluye un fuerte reclamo al Gobierno
de EEUU para que respete los Derechos Humanos en Guantánamo. Lo compuso antes
de que Obama fuese elegido presidente... ¿Cómo valora ahora su actitud ante la
base?, ¿cumple sus expectativas?
La revolución cubana fue muy fuerte para mi
generación y, aunque en la isla no se dé mucho valor a los Derechos Humanos,
que los americanos admitan tortura en ese suelo me hace sentir mal. Cuando el
disco salió, Obama fue elegido presidente y la gente me preguntó si la canción
no estaría ya superada. No es así. Obama no haría lo que hizo Bush, pero no es fácil deshacer algo tan
complejo. Las cosas han cambiado, pero yo sabía que no lo harían del
todo. Ojalá cambien.
Ha habido mucha polémica por unas declaraciones
suyas sobre Lula -afirmó que es "un analfabeto que no sabe hablar,
ordinario y grosero"-, ¿le ha decepcionado tanto como a algunos de sus ex
compañeros de izquierda?
Yo voté a Lula dos veces, cuando quedó para segunda
vuelta contra Collor -y Collor ganó- y después, cuando fue elegido. Pero no le voté para la reelección. No soy muy
favorable a las reelecciones, aunque reconozco que los ocho años de
Cardoso más los ocho de Lula han sido buenos para Brasil. La política económica
de Cardoso empezó el crecimiento del país en 2001. Y Lula fue lo bastante
inteligente como para mantener lo que combatía. Le voté a Lula y nunca me he
arrepentido. En aquel momento era obvio que él era la fuerza, la energía que
representaba el destino del país. Sólo espero que no trabaje ahora para que
regresemos al estilo populista latinoamericano.
Se ha manifestado en favor de Marina Silva, la
candidata del Partido Verde a la presidencia, ¿qué cree que necesita Brasil en
este momento?
Marina significa lo que
Lula significaba hace ocho años. Tiene una vida
impresionante y habla con sinceridad. Los otros dos candidatos no son malos.
Serra es mejor que Dilma, pero Marina representa un paso adelante. No soy
'verde', pero la atención que da a los temas ambientales es bienvenida. Es
importante que ella, Dilma o Serra sepan mantener el crecimiento brasileño y
atajen la diferencia de rentas.
Brasil es uno de los países con más proyección en
estos momentos, ¿cree que todo ese potencial económico tiene un paralelismo en
lo cultural?
Creo que fue la cultura -con los poetas
modernistas, los escritores de mediados del siglo XX, la poesía concreta, la bossa
nova y el cinema novo- la que configuró el crecimiento económico.
FINLÂNDIA
3/8/2010 - Helsinski - Kulttuuritalo
Caetano Veloso at Kulttuuritalo, Helsinki on 3 Aug 2010
Location:
Kulttuuritalo
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