“AntroPOPhagia
é a mais potente metáfora na cultura brasileira moderna. Beatriz Azevedo também
pertence à linhagem das grandes cantoras-compositoras; ela pertence também à
grande tradição dos canibais brasileiros, de Gregório de Matos a Oswald de
Andrade, de Caetano Veloso, Zé Celso, a, sim, Carmen Miranda”.
[Christopher
Dunn – crítico e curador norte-americano]
2014
Álbum "antroPOPhagia"Beatriz Azevedo ao vivo em Nova York
Biscoito Fino CD 299-2
2016
“Antropofagia — palimpsesto selvagem”
Beatriz Azevedo
Cosac Naify
240 páginas
Show antroPOPhagia no
Teatro Oi Futuro Ipanema
com Matheus Nachtergaele e Moreno Veloso
30 de agosto de 2016
Fotos:
Rogerio von Kruger
Fonte: Site Oficial de Beatriz Azevedo
POR O GLOBO
30/08/2016
RIO — Desde que foi lido pela primeira vez, em
1928, o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade norteou alguns dos
principais artistas e movimentos culturais do país, do tropicalismo ao mangue
bit. Hoje, porém, a real amplitude dos seus conceitos não é sempre
compreendida, acredita a atriz, poeta e compositora Beatriz Azevedo. Fascinada
pelo tema há 20 anos, ela decidiu pesquisar a fundo as ideias do agitador
modernista, escrevendo aquela que considera a primeira “leitura microscópica”
já feita sobre o manifesto.
O resultado está no livro “Antropofagia —
palimpsesto selvagem” (última obra editada pela Cosac Naify), em que
esquadrinha e contextualiza os aforismos de Oswald. O livro será lançado hoje,
às 21h, no Oi Futuro, junto com o show “antroPOPhagia”, com o repertório do
disco homônimo, de 2014.
— Eu sentia falta de um estudo mais aprofundado
sobre o manifesto — diz a autora. —
Faltava um livro que explicasse a própria história
dele. Percebi que havia uma confusão entre o rito antropofágico dos ameríndios
em si e como isso foi parar no texto de 1928. Queria preencher esses elos
vagos.
Ao abordar as perspectivas históricas do manifesto,
Beatriz lembra a sua atualidade, tanto no que diz respeito à cultura de
compartilhamento digital, quanto na defesa de uma política do matriarcado. Já o
show, que terá participação de Moreno Veloso e Matheus Nachtergaele e faz parte
do festival A.ota, transforma as ideias de Oswald em música e performance. O
antropofagismo já começa na composição da banda, com músicos de diferentes
universos — do consagrado pianista Cristovão Bastos ao jovem saxofonista Angelo
Ursini — num conceito oswaldiano de pluralidade.
Show Teatro da Caixa Cultural Brasília
30/9/2016
Fonte: Site Oficial de Beatriz Azevedo
30/8/2016 - Foto: Daniel Pinheiro |
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