2014
– 15/3 - COALA FESTIVAL - 1ª edição.
O festival ocorre para comemorar o
aniversário de 25 anos do Memorial.
2015
– 14/3 - COALA FESTIVAL - 2ª edição.
2016
– 3/9 - COALA FESTIVAL - 3ª edição.
2017
– 12/8 - COALA FESTIVAL - 4ª edição.
A 4ª edição do Coala Festival,
que surgiu em 2014 e tem curadoria de Gabriel Andrade e Marcus Preto, vem
colecionando bons shows e público recorde. A nova edição acontece no dia 12
deste mês no Memorial da América Latina, espaço onde é realizado desde a sua
primeira edição. Em 2017, Caetano Veloso marca presença no line-up como a
principal atração do evento e além dele também vão subir ao palco Emicida, que
prepara um show especial com a participação de Rael e Fióti – ambos fazem parte
do Laboratório Fantasma e lançaram discos em 2016 –, e Liniker e os Caramelows,
que levam sua representatividade ao festival. Liderado pela cantora e
compositora trans Liniker Barros, a banda mostra faixas do disco de estreia
“Remonta”, lançado no ano passado.
Tulipa Ruiz, Rincon Sapiência e Aíla também estão no festival.
Diretamente do Pará vem o Uaná System com referências sonoras e visuais
combinando ritmos e grafias indígenas e outros signos regionais com o objetivo
de conectar, integrar e difundir o valor de riquezas culturais das regiões
amazônicas. O projeto Forró Red Light apresenta música eletrônica estruturada
em cima de um baile de forró. Já o DJ, produtor e pesquisador musical Tahira
também marca presença, além dos DJs EB e Shaka – que voltam para mais uma
edição este ano.
Revista Rolling Stone
Coala 2017 reúne Caetano Veloso, Liniker e Emicida em dia de
brasilidades e “fora, Temer”
Festival aconteceu no
último sábado, 12, no Memorial da América Latina, em São Paulo, e também teve
shows de Rincon Sapiência, Tulipa Ruiz e Aíla
Por ANNA
MOTA E JULIA DE CAMILLO
13 de Agosto de 2017 às 18:07
Alguns dos principais nomes da música brasileira
contemporânea tomaram conta do Memorial da América Latina, em São Paulo, no
último sábado, 12, durante o Coala Festival 2017. As apresentações de Caetano
Veloso, Emicida – acompanhado de Fióti e Rael –, Rincon Sapiência, Tulipa Ruiz,
Aíla e Liniker e os Caramelows tiveram em comum o teor político e social, com
manifestações contra preconceitos e violências, incluindo protestos verbais
constantes contra o presidente Michel Temer (PMDB) e a favor da liberdade de
Rafael Braga.
.
. .
Caetano
Veloso
Devido a uma sequência de pequenos atrasos
nos shows anteriores, Caetano Veloso entrou no palco do Coala apenas 30 minutos
após o horário previsto, às 20h50. Mas a demora não interferiu em nada na
euforia do público, que esperava ansioso a presença de um dos maiores ícones da
nossa música. Sozinho, apenas com um violão, ele começou a apresentação com
“Nosso Estranho Amor”.
Sem pausas, o show seguiu com “Odeio”.
Entre um verso e outro, o público encontrou uma brecha para compor a canção com
Caetano, embalando o nome do presidente Michel Temer logo após o verso “odeio
você”, como já aconteceu em outras apresentações dele ao redor do Brasil. “London
London” e “Luz do Sol” foram as próximas. As performances evidenciaram a força
atemporal de Veloso, que, mesmo com um repertório por vezes inesperado e sem
banda de acompanhamento, foi acompanhado durante toda a apresentação pelo coro
vivaz do público.
“Baby” deu início a uma sequência de
sucessos que fez a plateia vibrar. “O Leãozinho” veio depois, causando delírio,
sentimento que continuou em “Menino do Rio”. Após “Minha Voz, Minha Vida”, o
baiano fez a famoso ode a São Paulo com “Sampa”. A comoção foi tanta que Veloso
quase não foi ouvido quando, ao final da música, embalou um pequeno trecho de
“São, São Paulo”, de Tom Zé, para finalizar a homenagem.
Caetano completou 75 anos na última
segunda, 7, e, para não deixar que a data passasse em branco, o público puxou
um “Parabéns Para Você” depois de “Reconvexo” e “Um Abraçaço”. O canto foi
seguido por “Nine Out of Ten”, em que ele clamou estar “muito vivo”, antes de
dar início ao momento mais político da apresentação, com “Podres Poderes”. Ao
fim da performance, Caetano declamou um breve “fora, Temer”, seguindo a
tradição da tarde/noite no festival.
O show ainda contou com “Tigresa”,
“Qualquer Coisa”, “Força Estranha” e “Desde que o Samba É Samba” antes dele
fazer o público dançar (apenas com um violão, sem nenhum instrumento de
percussão) com “A Luz de Tieta” e deixar o palco pela primeira vez. Mesmo sem
Veloso, os versos de “Tieta” não pararam de ecoar pelo Memorial da América
Latina, e ele retornou para mais duas músicas. Pela vastidão de sucessos, o
cantor deixou, sem grandes problemas, músicas como “Sozinho” e “You Don't Know
Me” de lado. As escolhidas para terminar o dia de brasilidades do Coala foram
“Um Índio” e “Odara”, que, pela última vez neste sábado, 12, fez o público
paulistano dançar.
FOLHA DE
S.PAULO
Ilustrada
Com show de
Caetano, festival Coala é marcado por gritos de 'fora, Temer'
O cantor Caetano Veloso durante apresentação no Coala Festival, no Memorial da America Latina - Foto: Greg Salibian/Folhapress |
VICTORIA AZEVEDO
DE SÃO PAULO
12/08/2017
"Enquanto os homens exercem seus
podres poderes/ Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos", cantou um
Memorial da América Latina lotado na noite deste sábado (12). O cantor Caetano
Veloso aproveitou para emendar em um "fora Temer", que levou o
público a puxar mais gritos de protesto. O baiano foi o destaque da quarta
edição do Coala Festival, evento dedicado à musica brasileira.
Último a se apresentar, Caetano,
sozinho no palco, interpretou hits da carreira, como "Reconvexo",
"Odara", "A Luz de Tieta", "Baby" e
"Sampa", esta última com o refrão de "São, São Paulo" —para
a alegria de Tom Zé, autor da música, que acompanhava o show na multidão.
Ao lado do veterano, o evento reuniu
apresentações de nomes que se destacam na nova cena da MPB. Nos intervalos, os
DJs Uaná System, Tahira, Forró Red Light, EB e Shaka revezaram-se no comando do
som e deixaram um clima de festa entre o público.
A festa começou às 13h30 com show da
performática Liniker e sua banda Os Caramelows. Com público animado, ela soltou
a voz em canções do primeiro disco, "Remonta".
Em seguida, com poucos minutos de
atraso, subiu ao palco a cantora Aíla. Expoente da cena paraense, ela cantou
músicas do CD "Em Cada Verso, Um Contra-Ataque" (2016), que investe
em uma sonoridade pop com distorções de rock e beats eletrônicos.
Ela foi seguida pela cantora santista
Tulipa Ruiz, que apresentou repertório com faixas de sua discografia
—"Dancê" (2015), "Tudo Tanto" (2012) e "Efêmera"
(2010). Acompanhada de banda, ela recebeu seu pai, o guitarrista Luiz Chagas, e
a cantora Liniker, para parceria na última música do set list.
Em seguida, foi a vez de Rincon
Sapiência apresentar o recém-lançado "Galanga Livre". Já anoitecendo,
o rapper puxou gritos de "fora, Temer", que ecoaram no público.
Penúltima atração da programação,
Emicida subiu ao palco acompanhado de Rael e Fióti, seu irmão, com a frase
"Libertem Rafael Braga" estampada no telão. "Como que o Joesley
[Batista] está solto na rua e o Rafael Braga na cadeia?", indagou o
rapper. Rafael Braga foi um dos poucos brasileiros presos e condenados na chamada
Jornada de 2013, quando manifestações tomaram as ruas do país.
Além de músicas do elogiado "Sobre
Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa" (2015), os convidados
também deixaram sua marca com faixas de seus respectivos trabalhos.
Pouco antes das 22h, Caetano deixou o
palco, encerrando o festival, com público animado. Segundo a organização, os
ingressos esgotaram –a expectativa era receber 12 mil pessoas. Nos anos
anteriores, o Coala já reuniu nomes como Tom Zé, Criolo, BaianaSystem e Karol
Conká.
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