São Paulo, domingo, 21 de junho de 1998.
Maria Cristina Poli apresentará o documentário
"Centro em Quatro Estações - Dado Junqueira / Folha Imagem |
Projeto
de Maria Cristina Poli mostra dados históricos da região central de São Paulo
RUI DANTAS
da Reportagem Local
Com
o objetivo de "descobrir" o centro de São Paulo, a jornalista Maria
Cristina Poli realizou o documentário "Centro em Quatro Estações", a
ser exibido na Cultura, a partir de 21 de julho, às 22h30.
O
documentário, dividido em uma série de quatro episódios, revela os principais
pontos arquitetônicos, além de rememorar dados históricos e mostrar a visão de
personalidades sobre o local.
Diferentemente
do que se possa supor, as "estações" do título não são as fases
sazonais do ano, mas as estações de metrô que "delimitam" o perímetro
central de São Paulo.
São
elas: a Sé -o marco zero de SP-, a São Bento, a do Anhangabaú e a República.
Cada uma é tema de um capítulo da série.
A
partir desses pontos, o programa desvenda as cercanias de cada uma dessas
estações. Assim, o episódio "Sé" engloba a catedral da Sé e o Pátio
do Colégio, construção considerada o berço da cidade.
Já
o "São Bento" retrata o mosteiro de São Bento e a Bolsa de Valores,
revelando as contradições ou coincidências entre os frequentadores de ambos os
locais.
Maria
Cristina Poli, 37, concebeu o projeto em 1996. Em agosto daquele ano, a
jornalista obteve aprovação para utilizar a lei Rouanet, de incentivo fiscal à
cultura.
Pouco
mais de um ano depois, em novembro de 97, Maria Cristina conseguiu patrocínio
dos Correios para o projeto, orçado em R$ 300 mil.
"Quero
que esses programas despertem o apetite das pessoas de conhecer algumas
"pérolas' do centro de São Paulo. Só podemos preservar aquilo que
conhecemos. É impossível amarmos algo desconhecido", afirma a jornalista.
Durante
a fase de pesquisa e produção, ela afirma ter descoberto uma série de
peculiaridades da região central de São Paulo.
Uma
delas é a existência de jazigos de religiosos dentro da catedral da Sé. Outra
revelação disseca a construção da estação de trens da Luz.
Os
tijolos da estação foram trazidos da Europa, para que a o local mantivesse
fidelidade aos prédios ingleses da época.
Há
também depoimentos de personalidades que vivem, frequentam ou viveram no local,
como o compositor Caetano Veloso, o diretor teatral Zé Celso Martinez Corrêa e
o professor emérito da USP Goffredo da Silva Telles.
Para
produzir a série, Maria Cristina e sua equipe fizeram uma pesquisa bibliográfica
e de imagem, no arquivo da TV Cultura.
A
iniciativa é da Poli Produções, empresa da jornalista e apresentadora, que
cedeu gratuitamente à Cultura, em troca da exibição. Maria Cristina dirigiu o
documentário.
Ao
ser finalizado, o projeto ainda contou com a assessoria da arquiteta e
urbanista Raquel Rolnik.
São
Paulo, domingo, 16 de agosto de 1998.
DOCUMENTÁRIO
Centro de SP ganha série na Cultura
"O
Centro em Quatro Estações", de Maria Cristina Poli, retrata a região
central de São Paulo
da Reportagem Local
A Cultura exibe, a partir desta terça, às 22h30, o
documentário "O Centro em Quatro Estações", com apresentação e
direção de Maria Cristina Poli.
O documentário, dividido em quatro capítulos, tem o
objetivo de "redescobrir" a região central de São Paulo, rememorando
dados históricos, além de pontuar os principais marcos arquitetônicos do local,
segundo a autora.
O nome "O Centro em Quatro Estações",
diferentemente do que se possa supor, não se refere às fases sazonais do ano. O
título dá conta das quatro estações de metrô que, teoricamente, delimitam o
perímetro urbano do centro de São Paulo -Sé, República, Anhangabaú e São Bento.
As estações, uma por capítulo, são focalizadas a
partir da área que ocupam, e o documentário mostra, assim, dados históricos das
redondezas de cada uma delas.
No caso da Sé, por exemplo, dados sobre o Pátio do Colégio e a catedral são esmiuçados. Já o capítulo dedicado à estação São Bento enfoca o mosteiro de São Bento e a Bolsa de Valores, próximos ao metrô.
No caso da Sé, por exemplo, dados sobre o Pátio do Colégio e a catedral são esmiuçados. Já o capítulo dedicado à estação São Bento enfoca o mosteiro de São Bento e a Bolsa de Valores, próximos ao metrô.
O terceiro episódio trata da estação do Anhangabaú,
tendo o Teatro Municipal como referência. O último capítulo, sobre a estação
República, mostra as origens do Minhocão e retrata o edifício Copan, projetado
pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
O projeto custou R$ 300 mil e levou cerca de dois anos até ser exibido. "O Centro", patrocinado pelos Correios, é uma co-produção entre a TV Cultura e a Poli Comunicações, empresa da jornalista.
O projeto custou R$ 300 mil e levou cerca de dois anos até ser exibido. "O Centro", patrocinado pelos Correios, é uma co-produção entre a TV Cultura e a Poli Comunicações, empresa da jornalista.
"Como uma paulistana típica, filha de mineiro
com pernambucana, passei a ter mais intimidade com centro e com São Paulo.
Quero retratar a história do país falando sobre coisas cotidianas, que as
pessoas vivenciam", explica Maria Cristina.
O documentário ainda conta com depoimentos de
personalidades que vivem, viveram ou se utilizam do local. Entre elas, estão o
compositor Caetano Veloso e o escritor Ignácio de Loyola Brandão.
O vídeo foi dedicado ao jornalista e publicitário
Carlito Maia, que, ainda que mineiro, adotou a capital paulista para viver.
Depois de retratar o centro de São Paulo, a
jornalista finaliza a realização de outros projetos sobre capitais brasileiras.
A próxima será o Rio de Janeiro.
"Quero mostrar o Rio dos portugueses, dos
negros, dos nordestinos e dos emergentes. O documentário seria parecido -divido
em quatro capítulos."
Maria Cristina ainda pensa em produzir programetes de cerca de 1 minuto relatando a origem dos nomes das ruas de São Paulo.
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