sábado, 29 de julio de 2017

1985 - ESTRANHA FORMA DE VIDA




“Uma das coisas mais fortes na minha formação foi o som que saiu sempre, e sai e sairá e sempre soará no mundo, da garganta de Amália Rodrigues.” [Caetano Veloso, Lisboa, 1985]












Foi Deus (Alberto Janes)



Abraçar Amália, “é como abraçar Portugal” [Caetano Veloso]





Letra e música: Alfredo Duarte e Amalia Rodrigues

Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.

Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.

Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.

Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.



Título original: Caetano Português Outra Vez
Realização: José Nuno Martins
Produção: Ricardo Nogueira
Ano: 1985
Duração: 45 minutos





Especial da rede Radio Televisão Portuguesa (RTP)
Caetano Veloso se fez acompanhar pela guitarra portuguesa de Fontes Rocha e da viola de Francisco Andion.





Maio de 1985

CAETANO VELOSO NA FADISTICE




Foto: Vitor Ferreira









The Art of Amália / A Arte de Amália

Em 1999, Bruno de Almeida, enteado de Rui Valentim de Carvalho, realizou o documentário The Art of Amália / A Arte de Amália, construído à volta de uma entrevista à fadista (feita pelo realizador em cinco madrugadas no Brejão) e de material de arquivo de 1920 a 1999 (anos de nascimento e morte de Amália). O filme, onde esta relação entre a fadista e o editor é abordada, foi terminado uma semana depois da morte de Amália.


1981 - OUTRAS PALAVRAS no Coliseu dos Recreios, Lisboa


16/9/1981 - Lisboa

Em setembro de 1981, Caetano Veloso subiu, pela primeira, ao palco do Coliseu dos Recreios, com o espetáculo "Outras Palavras", que marcaria a sua estreia em Portugal. 

















 
 


















Bis: VOCÊ NÃO ENTENDE NADA



Gravação integral do concerto

Título original: Caetano Veloso no Coliseu
Realização: José Nuno Martins
Autoria: José Nuno Martins
Ano: 1981
Duração: 1h15m minutos




viernes, 28 de julio de 2017

LÍVIO CAMPOS - Fotógrafos


Lívio Campos (1956)
























 












2000


1998 - CD “Brasil São Outros 500'' - Ação da Cidadania






1992

A concepção da capa do long play (LP) Circuladô é de Caetano.

Ele chegou ao meu estúdio com uma flor de girassol e me pediu para fotografá-la e também o seu rosto.

Fizemos uns 8 a 10 rolos de filmes bitola 120 mm com a camera Hasselblad 6x6cm.
Detalhe: Caetano me solicitou fotografar a flor em close-up. Fizemos várias fotos em ângulos diferentes.

No dia seguinte, com o material fotográfico revelado, marcamos um encontro em sua casa para editarmos as fotos.

Na sala, distribuímos as fotografias no chão.

Caetano, munido de uma tesoura, começou a cortar as fotos retirando um olho de uma e boca de outra foto, jogando-as em cima da fotografia em close de seu rosto, e me perguntou: tem como realizar isso?

Respondi: - Acredito que sim.

Chamamos o diretor de arte da Polygram, Arthur Froés, e ele finalizou o trabalho, que ficou bastante intrigante para a época.

Considero esta capa muito plástica, mas me incomodou um pouco a barba mal feita do Caetano, pois nota-se perfeitamente, por ser em close-up, os pelos na sua boca. Na época não usávamos photoshop e a qualidade da câmera Hasselblad é cruel. Tudo vem à tona.

Levamos umas 4 horas para realizarmos o trabalho e Caetano ficou bastante feliz com o resultado alcançado.

No ano seguinte, a capa de Circuladô e a capa Kindala, de Margareth Menezes, feita em estúdio com o Artista Plástico Pojucam, para minha surpresa, foi indicada para o Prêmio Sharp de Música Brasileira, sendo a de Caetano ganhadora do prêmio de melhor projeto gráfico de capa de disco daquele ano (1992).

Lembro, também, que Caetano ganhou mais dois prêmios: o de melhor cantor e o de melhor disco e senti-me gratificado por ter participado um pouquinho desta conquista.

Lívio Campos


1991








Canecão - Rio de Janeiro