FOLHA DE S.PAULO
São Paulo, Sábado, 1 de Janeiro de 2000.
EM
SALVADOR
Festa tem sotaque e champanhe
JOYCE PASCOWITCHFesta tem sotaque e champanhe
enviada especial a Salvador
Meia-noite em Salvador tem fogos de artifício, é claro, como em todos os lugares do mundo. E tem, como primeiro som do ano 2000, música baiana, também é claro. No caso da festa promovida pelo publicitário Nizan Guanaes -um dos mais premiados do Brasil e um dos gurus de cabeceira do presidente Fernando Henrique Cardoso-, no Trapiche Adelaide, o restaurante mais badalado de Salvador, teve o hino do Senhor do Bonfim. A festa, para mais de 500 convidados, teve decoração paulista, assinada pelo arquiteto Felippe Crecenti, bufê também paulista, de Toninho Mariutti, e convidados meio a meio. Até a meia-noite, nada de famosos, apenas uma coisa muito animada, muita gente bonita, champanhe francês. Mas eram aguardados, depois de seus respectivos pré-réveillons, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Daniela Mercury. Pedro Almodóvar, que passa temporada baiana, era o mais esperado -mas uma dor de ouvido pôs o cineasta fora de combate. Marisa Paredes, atriz preferida do espanhol, era presença garantida.
Apesar de muito ligado ao anfitrião, o senador Antonio Carlos Magalhães não apareceu: ficou retirado na praia do Forte, ao norte de Salvador. Wilma Motta, viúva do ministro Sérgio Motta, veio com as filhas, de São Paulo.
Enquanto rolava animada a festa, que teve direito até a uma estrutura montada sobre o mar, com parte do piso transparente, uma outra festa também acontecia em uma marina, quase ao lado -havia até transporte de traineira de uma para outra.
Tinha ainda uma outra montada pelo prefeito Antonio Imbassahy, no farol da Barra -essa, uma coisa bem mais política.
Enquanto isso, nas outras, DJs faziam a turma sacolejar: afinal, baiano sempre gostou de festa -e dessa vez, com o ano 2000, todo mundo aproveitou. O negócio agora é se preparar para os 500 anos -e relaxar.
ISTOÉ
12/1/2000
nº 1.580
Foto: Silvana Garzaro |
Convidados-relâmpago
em terras baianas
Esperança foi o grito de guerra da atriz espanhola Marisa
Paredes em 2000. Musa do cineasta Pedro Almodóvar e hóspede costumeira de
Caetano Veloso, ela festejou com ele e Gilberto Gil no Trapiche Adelaide.
Também era ciceroneada pela mulher de Caetano, Paula Lavigne, sua fiel
escudeira, Paula Burlamaqui, e a promoter Bya Aidar, que chegaram com o cantor
depois das 2h da manhã. Almodóvar, diretor de Tudo Sobre Minha Mãe, também
convidado, alegou cansaço e não apareceu em Salvador. Segundo a atriz, ele está
empenhado em trabalhar nos bastidores da premiação do Oscar - seu
longa-metragem concorre como melhor filme estrangeiro.
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