domingo, 28 de enero de 2018

2013 - SHOW CIDADANIA NAS RUAS






FOLHA DE S.PAULO
Ilustrada


Show com Tom Zé e Caetano Veloso pelos direitos humanos reúne 30 mil no Ibirapuera
GUSTAVO FIORATTI
DE SÃO PAULO


15/12/2013


Caetano Veloso faria só uma participação especial, mas acabou ficando quase uma hora sobre o palco durante o show "Cidadania nas Ruas". Organizado pela Prefeitura de São Paulo, o evento reuniu neste domingo (15) duas gerações da música brasileira na área ao ar livre do Auditório Ibirapuera, além de público estimado em 30 mil.

Antes de Caetano entoar "Sampa", "Leãozinho" e outros sucessos seus, apresentaram-se no auditório os jovens Tulipa Ruiz, Emicida, Rael da Rima, Marcia Castro e Ellen Oléria. O show foi pontuado com canjas de veteranos como Tom Zé e Baby do Brasil.

Tom Zé e Caetano Veloso durante o show na parte externa do Auditório do IbirapueraFoto: Bruno Poletti/Folhapress
Um dos pontos altos da apresentação foi a parceria entre Caetano e Tom Zé, cantando "Astronauta Libertado". Caetano falou pouco, e Tom Zé fez seu protesto, como de costume, bem-humorado. "Num país em que é preciso fazer show pelos direitos humanos, a comunidade deveria andar de rabo", disse o compositor.

O show fez parte do 1º Festival de Direitos Humanos, cuja programação teve início no último dia 7. O roteiro da mostra contou com debates, exibições de filmes e intervenções urbanas, entre outras atrações.

Nelson Madela também foi lembrado durante o show, pelo rapper Emicida. "Uma salva de palmas para o Nelson Mandela. Infelizmente a luta dele ainda não acabou", reclamou o autor de "O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui". 

Ao lado de Caetano, ele também improvisou versos discursando contra a violência.

A parceria de Baby do Brasil com Tulipa Ruiz já havia levantado o público no início dos shows. Mas foi o encerramento que provocou o coro mais animado, com todos os músicos de volta ao palco cantando "Brasil Pandeiro", de Assis Valente, popularizada entre o público jovem pela versão dos Novos Baianos.


Ao fim da apresentação, houve protestos de um pequeno grupo de manifestantes pedindo para que a Prefeitura aprovasse o projeto do parque Augusta em uma das poucas áreas verdes do centro, em terreno que hoje é propriedade de uma incorporadora.


Show Cidadania nas Ruas encerra o 1º Festival de Direitos Humanos, no Parque do Ibirapuera
Celebrando a diversidade, apresentações de Ellen Oléria, Flora Matos, Tulipa Ruiz, Baby do Brasil, Márcia Castro, Tom Zé, Emicida, Rael e Caetano Veloso marcaram o fim da semana de atividades realizada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
16/12/2013

Fotos: Otávio Almeida e Paulo Pereira/Estúdio Luzia




Ellen Oléria fez o convite: “Vamos ocupar a Cidade com a nossa diversidade”. E assim teve início o show Cidadania nas Ruas, que encerrou, neste domingo, dia 15, no Parque do Ibirapuera, os nove dias de atividades do 1º Festival de Direitos Humanos – Cidadania nas Ruas, realizado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) em várias regiões de São Paulo.

Depois de abrir o show com hits como 'Homem Gol', a cantora brasiliense recebeu no palco do Auditório Ibirapuera a conterrânea Flora Matos, para um dueto que colocou o público para dançar, sobretudo na canção ‘Meu caminho’. O público, aliás, tomou toda a área em frente ao Auditório, sem desanimar com o sol forte de domingo.

Era só o começo de uma maratona musical que ainda levaria ao palco outros oito artistas, a começar por Tulipa Ruiz, que entrou cantando ‘É’ e ‘Efêmera’, e Baby do Brasil, cujos sucessos ‘Dia de Índio’ e ‘Sem pecado e sem juízo’ fizeram a plateia cantar em coro.


Márcia Castro veio na sequência, embalando ‘De pés no chão’ e ‘Frevo pecadinho’, para depois receber Tom Zé, com ‘Augusta, Angélica e Consolação’. 

O cantor baiano ainda estava em cena quando entrou Emicida, com quem dividiu ‘Politicar’.

O rapper então fez um solo de ‘Triunfo’ e chamou Rael para a execução de ‘Levanta e anda’. Caetano Veloso se juntou à dupla e Criolo surgiu de surpresa no palco. Em um medley, os quatro emendaram várias canções, como ‘Tropicália’, ‘Abraçaço’ e ‘O Haiti’.


Acompanhado apenas do violão, Caetano começou com ‘Força Estranha’ e ‘Sampa’, mas não se restringiu ao setlist e cantou vários outros hits, como ‘Leãozinho’ e ‘Sozinho’, para delírio da plateia.

Tom Zé retornou ao palco para um último dueto, com Caetano, e os dois receberam todos os outros artistas do show para o gran finale, cantando juntos ‘Brasil Pandeiro’.




Arte e diversidade
“Esse evento comemora a diversidade por meio da arte”, disse o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, no backstage. “O objetivo é engajar a população e, com música, reforçarmos a cultura dos direitos humanos.”

Rael também ressaltou a música como um caminho para o engajamento e o encontro. “Ela é o melhor diálogo para reunir as pessoas.”

Já Emicida destacou o fato de a arte ser "a única ferramenta que dialoga de forma livre”. “Não se trata de imposição, a arte é sugestão. E esse show não propõe impor nada, e sim sugerir novas ideias. É uma grande sugestão.”



Na plateia, várias pessoas elogiaram a diversidade mostrada no palco. “Estou gostando dessa mistura de MPB com rap. E, apesar de a maioria das pessoas aqui ser jovem, está curtindo os cantores mais antigos”, disse o analista de suporte Leopoldo Santiago.

“Achei o encontro de Tom Zé e Emicida muito bacana. O Tom Zé veio com a cultura filosófica e o Emicida, com a cultura das ruas”, destacou o estudante Felipe Delufi. Amanda Sadi, publicitária, também aprovou a mistura de estilos. “O único problema foi o show ter acabado”, brincou.


Brasil Pandeiro




Show Cidadania nas Ruas
Parque do Ibirapuera
Em frente ao Auditório Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 3
Das 16h às 19h30
Entrada livre e gratuita







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