Foco
de incêndio na Floresta Amazônia em São Félix do Xingu, no Pará, registrado
pelo Greenpeace - Imagem: Daniel Beltrá/Greenpeace
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O GLOBO
Os cantores Criolo e Caetano Veloso participam de ato a favor da Amazônia em Ipanema Foto: Mauro Pimentel / AFP |
Ato pela Amazônia reúne
multidão em Ipanema
Artistas e políticos participam de marcha apartidária contra
desmatamentos
Jan Niklas
25/08/2019
RIO
— A ameaça do desmatamento e das intensas queimadas na Amazônia levou artistas,
políticos e uma multidão de manifestantes para a orla de Ipanema, no Rio de
Janeiro, neste domingo. Nomes como Caetano Veloso, Criolo, Alinne Moraes,
Alessandro Molon, Marcelo Freixo, entre outros, puxaram o ato que caminhou em
direção ao Leblon, ao som de clássicos da MPB como “Sal da Terra”, “Amor de
índio” e “Asa branca” e gritos de ordem contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, o ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, e em defesa da Floresta Amazônica.
Organizado
pelo grupo @342 Amazônia, da produtora e empresária Paula Lavigne, o ato
começou às 15h. Segundo os organizadores, a caminhada foi apartidária e reuniu
diversos segmentos da sociedade preocupados com a agenda ambiental em meio à
crise das queimadas na Amazônia.
Manifestantes
levam cartazes com mensagens como “Você vai morrer de velho, eu de colapso
ambiental”, alguns deles produzidos pelas crianças e famílias presentes na
manifestação. Também foram puxadas palavras de ordem como "Fora
Salles", "Todos pela Amazônia" e "Bolsonaro sai, Amazônia
fica". Indígenas presentes também entoaram cantos e frases contra o
Governo Bolsonaro.
Na
divisa entre Ipanema e Leblon, foram atirados ovos sobre as pessoas presentes
no ato, vindos da sacada de um prédio da Avenida Vieira Souto. Os manifestantes
responderam com gritos de “fascistas”.
Ao
fim do ato, Caetano Veloso pegou o microfone e cantou seu sucesso “Um índio”,
acompanhado pelos manifestantes que ainda acompanhavam o ato. Dezenas de
artistas presentes também fizeram homenagens à roterista Fernanda Young, morta
neste domingo aos 49 anos.
Manifestantes fazem ato em Ipanema a favor da preservação da Amazônia
Ato
contou com ambientalistas, políticos e organizações sociais da sociedade civil.
Outras seis cidades do país tiveram manifestações pela Amazônia.
Por Matheus Rodrigues e Leslie Leitão, G1 Rio e TV
Globo
25/08/2019
Foi
realizada na tarde deste domingo (25/8) em Ipanema, Zona Sul do Rio, uma
manifestação a favor da Amazônia e contra o presidente da República, Jair
Bolsonaro.
O
ato contou com artistas, ambientalistas, políticos e organizações sociais da
sociedade civil.
Outras
seis cidades do país também tiveram manifestações pela Amazônia neste domingo: Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Porto Velho (RO), Rio
Branco
(AC), Rio Claro (SP) e Piracicaba (SP).
Os
atos criticaram a política ambientalista do Governo Federal e defenderam a
preservação da Amazônia. "Amazônia fica, Bolsonaro sai" foi um dos
gritos dos manifestantes.
No
Rio, cartazes foram estendidos e diversas Organizações Não Governamentais
(ONGs) estiveram presentes. Alguns manifestantes pediram a saída do ministro do
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles e cantaram o samba deste ano da
Mangueira, "Histórias para ninar gente grande".
O
cantor e compositor Caetano Veloso participou do protesto. “Estou aqui para levantar a bandeira de preservação do meio ambiente,
as queimadas da Amazônia evidenciaram a importância de se fazer isso”,
disse Caetano Veloso, que cantou "Podres
poderes" durante o ato.
“Atacar a natureza
é atacar a nossa existência. É atacar a Deus em segundo lugar. Se a gente não
tiver mais ar ou água para beber, não tem mais desavença. A gente não tá
lutando pela natureza, estamos lutando pela humanidade. Classe artística em
peso aqui porque é muito importante. To aqui como ator em segundo lugar,
primeiro como cidadão”, disse o ator Matheus Solano.
A
procuradora Fabiana Schneider, da Lava Jato no Rio de Janeiro, também estava no
ato. Schneider nasceu em Rondônia e, antes de integrar a equipe do Ministério
Público Federal do Rio, atuou na área ambiental no Pará.
Também
participaram do ato o também cantor Criolo, o ator Renato Góes, os deputado
David Miranda, Marcelo Freixo (PSOL) e Jandira Feghali, e o jornalista Glenn
Greenwald.
Criolo e Caetano Veloso participam de ato em Ipanema — Foto: Matheus Rodrigues/G1 |
Um
boneco gigante do ex-presidente Lula, com o texto "Lula livre"
escrito na faixa presidencial, foi inflado por um homem na concentração. A
pedido dos manifestantes, no entanto, o boneco não foi carregado junto com a
passeata rumo ao Leblon.
Também
hoje no Rio de Janeiro houve um protesto
a favor da Lava Jato, do ministro Sérgio Moro e do governo
Bolsonaro.
Queimadas
na Amazônia: Caetano, Maitê Proença e mais vão a protesto no RJ
Famosos se reúnem em protesto pela Amazônia na praia de Ipanema, no RJ
Caio
Coletti
Do
UOL, em São Paulo
25/08/2019
A
tarde hoje em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro, foi marcada por uma
manifestação a favor da Amazônia e contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL). O
ato contou com a presença artistas como Caetano Veloso, Maitê Proença e Sônia
Braga, além do jornalista Glenn Greenwald e do deputado Marcelo Freixo (PSOL). Outras
três cidades também tiveram manifestações pela Amazônia: Belo Horizonte (MG),
Porto Velho (RO) e Piracicaba (SP). Os atos criticavam a política ambientalista
do Governo Federal, e defendiam a preservação da floresta amazônica, após uma
semana em que as queimadas na região dominaram as manchetes.
"Estou
aqui para levantar a bandeira de preservação do meio ambiente, as queimadas da
Amazônia evidenciaram a importância de se fazer isso", disse Caetano.
"Atacar a natureza é atacar a nossa existência. É atacar a Deus em segundo
lugar. Se a gente não tiver mais ar ou água para beber, não tem mais
desavença", discursou o ator Mateus Solano.
Foto: Mauro Pimentel |
Foto: Mauro Pimentel |
Foto: Mauro Pimentel |
ESTADÃO CONTEÚDO
Liderado
por artistas no Rio, ato pela Amazônia critica Bolsonaro
Grupo formado por muitas famílias,
ativistas, políticos e artistas percorreu a orla carioca
Foto: Divulgação/Mídia Ninja |
25/08/2019
Com
cartazes pedindo o fim da destruição da Amazônia
e entoando coros de “Fora Salles“, “Viva a
natureza” e “Bolsonaro sai, Amazônia fica”
manifestantes se reuniram neste domingo (28/08/2019), na orla do Rio de
Janeiro, para protestar contra a política ambiental do governo Jair Bolsonaro
(PSL) e a destruição da Amazônia.
O
grupo formado por muitas famílias, ativistas, políticos e artistas se reuniu no
início da tarde em Ipanema e caminhou até o Leblon, na zona sul do Rio.
A
“comissão de frente” da marcha foi formada por Caetano Veloso, Maitê Proença,
Antonio Pitanga, Criolo, o jornalista do The Intercept Glenn Greenwald, os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ),
Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ)
e David Miranda (PSOL-RJ), companheiro de Glenn.
Também
estavam presentes os atores Patrícia Pillar, Luisa Arraes, Maria Padilha,
Mateus Solano, Patrycia Travassos, Caio Blat, Gregório Duvivier, Alinne Moraes,
Paula Burlamaqui e Nanda Costa, entre outros. Os organizadores estimaram a
presença de 15 mil pessoas no protesto
“Estou aqui porque
estamos defendendo a causa do meio ambiente contra as decisões e as coisas que
são ditas pelo poder incumbente do Brasil agora. Nesse momento, com as
queimadas na Amazônia e a repercussão mundial, a gente vê o caso muito
explicitado e está se articulando. É importante (a repercussão internacional)
para que os dirigentes tomem consciência”, disse Caetano.
Molon
disse que propôs ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em conjunto
com outros dois deputados, a instalação de uma comissão no Dia da Amazônia (5
de setembro). A comissão funcionaria como uma espécie de audiência pública para
discutir questões ligadas à preservação da floresta. Ele também iniciou a
coleta de assinaturas para a instauração de uma CPI da Amazônia. “O governo
Bolsonaro tem uma visão atrasada sobre o papel do meio ambiente em relação ao
desenvolvimento econômico. Para ele ou se tem desenvolvimento ou se tem meio
ambiente”, criticou Molon.
O
ato foi organizado pelo #342 Amazônia, um aplicativo lançado este ano em uma
parceria entre o Greenpeace, o coletivo Mídia Ninja e o movimento 342, criado
pela empresária Paula Lavigne para defender pautas progressistas no Congresso.
A primeira mobilização foi contra um decreto do ex-presidente Michel Temer
permitindo a mineração em parte da Amazônia.
Em
pronunciamento em rede nacional na sexta-feira, 23, o presidente Jair Bolsonaro
(PSL) anunciou medidas de combate às queimadas na região amazônica com ajuda
das Forças Armadas. Bolsonaro autorizou que militares atuem no combate ao fogo
e contra o desmatamento ilegal, a pedido dos governadores, em operação de
Garantia da Lei e da Ordem (GLO), usada em situações excepcionais.
Na
transmissão acompanhada por “panelaços” em cidades como São Paulo e Rio, o
presidente disse que os incêndios florestais não podem ser pretexto para
sanções internacionais. Enquanto líderes do G-7 discutiam a questão da
Amazônia, Bolsonaro voltou a falar em ataque à soberania nacional. Em seu
Twitter, o presidente afirmou neste sábado, 24, que “dói na alma ver
brasileiros não enxergando a campanha fabricada contra a nossa soberania na
região”.
Foto: AgNews |
Foto: Sergio Moraes / Reuters |
Foto: Sergio Moraes / Reuters |
Foto: @midianinja |
Um índio |
25/8/2019 - Orla de Ipanema (Rio de Janeiro) |
CAETANO VELOSO: "SOU
CONTRA AS IDEIAS QUE O GOVERNO TEM SOBRE O MEIO AMBIENTE DESDE A POSSE"
Compositor participou de ato realizado no domingo
no Rio contra o desmatamento e as queimadas
Jan Niklas
25/08/2019
Caetano Veloso diz que é preciso manter a "cabeça brasileira" e não aceitar a destruição da Amazônia Foto: MAURO PIMENTEL / AFP
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RIO — A ameaça do desmatamento e das intensas
queimadas na Amazônia levou artistas, políticos e uma multidão de manifestantes
para a orla de Ipanema, no Rio de Janeio, neste domingo. Nomes como Caetano
Veloso, Criolo, Aline Morais, Alessandro Molon, Marcelo Freixo, entre outros,
puxaram o ato que caminhou em direção ao Leblon, ao som de clássicos da MPB
como “Amor de índio” e “Asa branca” e gritos de ordem contra o governo do
presidente Jair Bolsonaro, o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, e em
defesa da floresta amazônica. Organizado pelo grupo @342 Amazônia, da produtora
e empresária Paula Lavigne, o ato começou às 15h. Segundo os organizadores, a
caminhada foi apartidária e reuniu diversos segmentos da sociedade preocupados
com a agenda ambiental. "Não sei, a importância dessa manifestação. Vamos
medir depois. Mas, pra mim foi bom, desde que esse governo entrou que eu sou
contra as ideias que eles têm do meio ambiente. E agora houve queimadas e
motivação para que as pessoas se manifestassem contra, é natural. Ele próprio
(Bolsonaro) teve que abaixar o tom. Acusou as ONGs de estarem queimando, o que
é muito mesquinho, né? Não é uma fala de um estadista. Mas a gente tem que
manter a cabeça brasileira, verdadeira, corajosa, de se reconhecer como nação,
cada indivíduo como um indivíduo respeitado e não aceitar um troço
desses", disse Caetano Veloso a ÉPOCA.
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