"A maior revolução da história da música foi a bossa nova e João Gilberto."
[Gal Costa]
Produção: Trama
Realização: DirecTV
O especial - dividido em duas partes - foi dirigido por
Carlos Ebert e Marcello Bartz e contou com recursos da ANCINE (Agência Nacional
de Cinema).
Foto: Marcello Bartz |
São Paulo, domingo, 23 de julho de 2006.
Trajetória de Gal Costa conduz documentário sobre tropicalismo
Depoimentos e números musicais compõem especial exibido pelo DirecTV
LUIZ FERNANDO
VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
É ambicioso o documentário "Gal: do Tropicalismo aos Dias de Hoje", que a DirecTV começa a exibir na próxima sexta-feira, às 12h. Procura, em dois episódios de 70 minutos, fazer correr lado a lado uma biografia de Gal Costa e uma história do tropicalismo.
DA SUCURSAL DO RIO
É ambicioso o documentário "Gal: do Tropicalismo aos Dias de Hoje", que a DirecTV começa a exibir na próxima sexta-feira, às 12h. Procura, em dois episódios de 70 minutos, fazer correr lado a lado uma biografia de Gal Costa e uma história do tropicalismo.
A ambição fez com que os diretores Carlos Ebert e
Marcello Bartz colhessem um número grande de depoimentos -mais de 30. O
resultado é um painel amplo até demais, com falas excessivamente fragmentadas.
Mas serve, como metalinguagem proposital ou não, para mostrar como é impossível
traçar uma linha reta quando o ponto de partida é a tropicália, fragmentada por
conceito.
"Para mim e para Gal, João Gilberto era realmente tudo", diz Caetano Veloso, abrindo um trecho que é um dos momentos mais
interessantes do especial. "Bethânia,
que estava interessada em Roberto Carlos, foi quem me falou: "Esse
ambiente em que vocês vivem é muito insalubre. Ali [na jovem guarda] é que tem
vitalidade'", conta ele, que diz ter passado a concordar com a irmã.
O "encontro" de Caetano e Gilberto Gil
com Roberto -e o rock, as guitarras, a cultura pop, a comunicação de massa, os
Mutantes etc.- foi um passo importante para a arquitetura do tropicalismo, em
1967. Tanto que é do Rei e de Erasmo "Meu Nome É Gal", uma das
músicas-manifesto do movimento e, é claro, da cantora.
"Assim como a bossa nova, com João Gilberto, o tropicalismo causou
em mim uma mudança radical. E, desde o momento em que me tornei a musa do
tropicalismo, sei que a importância se deu para ambas as partes", diz Gal à Folha, por e-mail.
Como a cantora é a estrela do documentário, muitos
depoimentos são sobre ela. O diretor teatral José Celso Martinez Corrêa diz que
"meu nome é Gal!" é "o grito primal do tropicalismo".
Tom Zé conta, endossado por relatos da própria Gal e de Jorge Mautner, que a
mãe da baiana encomendou sua voz quando estava grávida.
"Ela ficava com a mão na barriga dizendo: "você vai ser uma grande cantora, que voz bonita eu estou encomendando para você'", encena Tom Zé.
"Ela ficava com a mão na barriga dizendo: "você vai ser uma grande cantora, que voz bonita eu estou encomendando para você'", encena Tom Zé.
Os diretores montaram uma estrutura interessante
para o documentário. O primeiro episódio começa no útero da mãe de Gal e vai
até o tropicalismo. O segundo começa dos dias de "Hoje", disco
com que a cantora marcou em 2005 seus 60 anos, e vai recuando até o
tropicalismo.
Entre os depoimentos de Gil, Chico Buarque,
Bethânia, Jards Macalé, Julio Medaglia e muitos outros, há vários números
musicais, alguns longos demais, a maioria gravados ao vivo em um show da
cantora.
Segunda-feira, 24/07/2006
Carreira de Gal Costa e
tropicalismo retratados em documentário
A Tarde On Line
A DirecTV
passa veicular nesta sexta-feira, 28, às 12 horas o documentário "Gal: do
Tropicalismo aos Dias de Hoje". O documentário possui dois episódios, com
70 minutos, cada, e aborda a biografia de Gal Costa, além de fazer um breve
relato sobre o tropicalismo.
Os
diretores Carlos Ebert e Marcello Bartz entrevistaram mais de 30
personalidades, entre cantores e compositores, que tiveram influência e
participaram do movimento cultural do fim da década de 60, que revolucionou a
música popular brasileira, até então dominada pela estética da bossa nova.
Dentre os
músicos, Gilberto GIl, Chico Buarque, Maria Bethânia, Jards Macalé, Julio
Medaglia, Tom Zé e Caetano Veloso. Eles falam sobre o movimento e, como o
documentário enfoca a trajetória de Gal Costa, dão depoimentos sobre a
trajetória da artista, considerada a musa do tropicalismo.
"Para
mim e para Gal, João Gilberto era realmente tudo", relata Caetano Veloso,
quando abre um trecho do documentário, cujo primeiro episódio começa no útero
da mãe da baiana e segue até o tropicalismo. O segundo episódio é iniciado com
o álbum comemorativo dos 60 anos de carreira de Gal Costa “Hoje”, que foi
gravado no ano passado, e termina, também, falando sobre o tropicalismo.
No
trabalho, há vários números musicais. Muitos deles foram gravados ao vivo em
shows da cantora, que destacou seu papel no movimento liderado por Gilberto Gil
e Caetano Veloso. "Assim como a bossa nova, com João Gilberto, o
tropicalismo causou em mim uma mudança radical. E, desde o momento em que me
tornei a musa do tropicalismo, sei que a importância se deu para ambas as
partes", destacou.
No
documentário, depoimentos de personagens que viveram de perto essa história,
entrevistas, apresentações de Gal e imagens de arquivo.
Depoimentos:
● MARIA BETHÂNIA
● TOM ZÉ
● JORGE MAUTNER
● CARLOS CALADO
● TARIK DE SOUZA
● CHICO BUARQUE
● RITA LEE
● JARDS MACALÉ
● ANDRÉ MIDANI
● GILBERTO GIL
● SCARLET MOON
● ARTO LINDSAY
● ROGÉRIO DUARTE
● SÉRGIO DIAS
● TOQUINHO
● ROBERTO SANTANA
● CAPINAN
● MILES EVANS
● ARNALDO ANTUNES
● CHICO CÉSAR
● MARISA ALVAREZ LIMA
● LANNY GORDIN
● GUILHERME ARAÚJO
Álbum HOJE, 2005 |
Imagens de archivo:
Foto: Thereza Eugênia |
Foto: Thereza Eugênia |
Foto: Thereza Eugênia |
Foto: Mário Luiz Thompson |
Mila Maluhy |
Mila Maluhy |
20/07/2006
Documentário inédito faz paralelo entre carreira de Gal Costa e
tropicalismo
Da Redação
Arquivo pessoal: Guilherme Araújo
Gal com Bethânia,
Guilherme Araújo, Gil e Caetano
|
Quando, no final da década de 60, Gal Costa subiu
ao palco do Festival da Record e gritou a todos os pulmões "Meu nome é
Gal!!!", ouviu-se o grito primal do Tropicalismo.
É assim que Zé Celso Martinez se refere ao impacto que sentiu ao se deparar com "Gracinha", que havia conhecido "tímida e com pezinhos voltados para dentro", num visual hippie.
O depoimento de Zé Celso e de muitos outros que acompanharam a carreira de Gal e participaram do movimento tropicalista poderão ser vistos no documentário inédito "Gal: Do tropicalismo aos dias de hoje", exibido e produzido pela DirecTV.
O filme tem como fio condutor a carreira de Gal, traçando um paralelo com o movimento, do qual a cantora foi musa e uma das principais intérpretes, e chegando aos dias atuais.
O documentário, apresentado em dois episódios, começa nos anos 50, quando surge a vocação artística da cantora, e vai até o ano de 1968, com o decreto do AI5 e a prisão de Caetano Veloso e Gilberto Gil. No segundo episódio, inverte-se a ordem cronológica, e o filme vai dos dias de hoje até os acontecimentos que encerram a primeira parte.
A narrativa traz fatos, locais e canções que marcaram a época, intercalando depoimentos --de Gal Costa e de personagens como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Roberto Menescal e Rita Lee-- e cenas de números musicais, inclusive trechos inéditos do último espetáculo da cantora, "Hoje", gravados no Brasil e no exterior.
GAL COSTA: DO TROPICALISMO AOS DIAS DE HOJE
Onde: DirecTV, canal 605
Quando: 28/06, em diversos horários
Reprises: até o dia 06/08
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