Um samba
de adeus: Gilberto Gil, durante a sessão de gravação de Aquele Abraço, no Rio de Janeiro, pouco
antes de se exilar na Europa, ao fundo, Sandra Gadelha
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Uma
gravação diferente: Caetano Veloso, no Estúdio J.S. de Salvador, onde gravou os vocais
para seu LP de 69; as bases e a orquestra só foram acrescentadas depois.
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1969
Barco Vazio
Barco Vazio
Caetano Veloso - Programa do show, Teatro Castro Alves, 20 e
21/07/69
Há muitos e
muitos anos que não há nada a dizer. João Gilberto, Roberto Carlos, Jorge Ben.
Ninguém é profeta fora de sua terra. Bob Dylan. Ninguém. A doce música
brasileira com turbinas a jato-propulsão, nada mais. Não há proposta, nem
promessa, nem proveta, nem procela. Ninguém. Janis Joplin. Apenas meu pai,
minha mãe e eu e meus irmãos, a quem dedico estes restos de empolgação. O gênio
é uma longa besteira: eu quero a geral. Agradecimentos especias a Vivaldo Costa pelas histórias do Cinema
Olympia. Há o enigma e a falta de paciência para decifrá-lo, no momento.
Oportunamente
apresentaremos para vocês algo mais... mais... mais... mais... mais... sei
lá... algo mais divertido - disse o palhaço vaiado. Assim esperamos - disse a
platéia, já agora morrendo de rir. O grande sucesso do palhaço. Esta e outras
histórias não serão contadas agora porque não há tempo. Viva a rapaziada. Não
há tempo para lenga-lengas. Pepeu, pegue sua guitarra e toque! Tristes
tropeços, trastes típicos, tristes trópicos, antigos trocadilhos. Viva a
música. Viva Alice e a carne de sol com pirão de leite. Viva a sorte e o bom
humor. Viva o Esporte Clube Bahia. Mais um: Viva as inúteis conquistas da linguagem.
ADEUS.
in Alegria, Alegria Rio de Janeiro: Editora Pedra Q
Ronca, 1977
1971
Revista O CRUZEIRO
20 de janeiro
1971
Revista O CRUZEIRO
20 de janeiro
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