Neste
domingo (14/6/2015) vai rolar o lançamento do novo CD ‘Ô Sorte’ do Mosquito, com participações de Caetano Veloso e Xande de Pilares, no palco da Miranda.
7/7/2015
Mosquito canta com seus ídolos em disco de
estreia
Fabiana Schiavon
do Agora
Depois de emplacar a música "Ô Sorte" na
trilha sonora da novela "Babilônia" (Globo), o cantor e compositor
Mosquito lança o seu primeiro disco de canções inéditas.
"Eu me
apresentava sempre nos shows do Revelação, na época em que o Xande fazia parte
do grupo", lembra Mosquito.
Até que uma vez, o público começou a pedir músicas
a Mosquito. Foi quando Xande de Pilares se deu conta de que ele não era só
cantor, mas guardava boas composições.
Depois de emplacar uma de suas canções na novela
"Babilônia", logo veio a chance de gravar o disco. "Eu já tinha
muitas músicas, oito das 13 faixas são minhas, entre elas, 'Ô Sorte' e 'O Dono
da Favela'", conta Mosquito.
No quesito regravações, destaque para "Não
Enche", de Caetano Veloso, e "O Amor Mandou Dizer",
composição de Xande com a participação do próprio músico.
Há, ainda, a faixa "Atalho", em que
Mosquito canta com o seu maior ídolo, Zeca Pagodinho.
"Era um sonho gravar com ele, principalmente
uma canção como essa, já registrada pelo Fundo de Quintal, nos anos 1990."
15/7/2015
Mosquito fala de seu álbum de estreia e confessa que se considera
sortudo: "Acho que foi tudo uma grande coincidência"
Apadrinhado
por Xande de Pilares, sambista que já gravou com Zeca Pagodinho e arrancou
elogios de Caetano Veloso lança clipe com exclusividade no TVZ
Por Louise Palma
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Foto: Fernando Young |
Mosquito é novo no samba, mas é tratado no meio com
as honras de um veterano. Aos 27 anos, ele já é reconhecido por grandes nomes
do gênero, como seu padrinho Xande de Pilares e Arlindo Cruz; já gravou com
Zeca Pagodinho, seu ídolo e principal inspiração; ganhou elogios rasgados de
Caetano Veloso pela regravação de "Não Enche". O primeiro
single de Mosquito não poderia ter título mais adequado. "Ô Sorte"
faz parte da trilha da novela Babilônia e terá seu clipe lançado com
exclusividade no TVZ desta quarta-feira (15).
"Acho que foi tudo uma grande coincidência. Eu não pretendia viver de
música até metade do que eu vivi", revelou o cantor em entrevista ao site
do Multishow. Tímido "até pelo telefone", Mosquito contou que optou
pela simplicidade da hora de gravar seu primeiro videoclipe.
Em um fundo preto, o cantor aparece sem camisa interpretando a canção com a
ajuda de símbolos emoji, que ficaram famosos na troca de mensagens por celular.
"Considero o meu samba simples e eu gosto de coisas simples. O clipe ficou
engraçado e explicou a letra, que passa essa mensagem legal de
positividade", resumiu.
A "carcaça", como
ele diz, foi o que inspirou o apelido que o deixou conhecido nas rodas da Ilha
do Governador, no Rio de Janeiro. Mosquito começou a ouvir samba aos 16 anos,
na casa de um amigo, e foi tomando gosto pelo gênero. Daí para o
cavaquinho foi um pulo. Depois de ganhar o instrumento de presente, ele
aprendeu a tocar sozinho: "Comecei a aprender por obrigação porque todo
mundo lá da rua sabia tocar alguma coisa e eu não sabia tocar nada, só
atrapalhava".
E aos poucos sua habilidade para a composição foi surgindo. No quartel do
exército, ele criou suas primeiras letras: "Eu ficava duas horas parado de
frente para o muro, tinha que fazer alguma coisa! Aí eu inventava na cabeça.
Comecei a fazer muita música assim". Mas foi o improviso que chamou a
atenção de Xande de Pilares em uma roda, quando Mosquito foi convidado por
Anderson Leonardo, do Molejo, para mostrar seus versos.
"As pessoas não conheciam meu lado compositor mas já conheciam meu lado
versador. E eu, abusado, já cantava música minha. Quando viam eu já tinha
dominado o palco e, aos poucos, as pessoas foram me conhecendo".
Álbum de estreia
Quase todo autoral, seu álbum de estreia apresenta ao público o lado compositor
de Mosquito. Produzido por Max Pierre, o disco homônimo também traz algumas
regravações e participações. Xande de Pilares era presença certa desde que o
disco começou a ser pensado: "Era prioridade ele participar de alguma
forma e eu tinha escolhido, "Cadê Viola Maria", um samba de roda da
Bahia que fizemos em parceria com Gilson Bernini". No fim, a eleita foi “O
Amor Mandou Dizer”, composta pelo padrinho.
Já ao lado de Zeca Pagodinho, Mosquito cantou "Atalho", composição
dos conterrâneos da Ilha, Kleber Augusto e Djalma Falcão, que foi gravada
em 1991 pelo Fundo de Quintal. "O Zeca é a minha principal referência e eu
sempre fui louco por ele. Quando o Max perguntou o que eu achava de convidar o
Zeca, eu disse que ele podia convidá-lo para cantar as 13 músicas! 'Atalho' já
estava no repertório e sabia que Zeca gostava", contou.
“Não Enche”, de Caetano Veloso, ganhou uma nova versão na voz de Mosquito, que
rendeu elogios ao novato. "É incrível, porque o Xande sempre foi um ídolo
próximo, mas Caetano é tipo Deus. Você não vê Caetano, ninguém vê
Caetano!", brincou.
Música Boa Ao Vivo (14/4/2015)
Foi ao lado de Xande e Caetano que Mosquito fez sua estreia no Multishow, em
abril deste ano. No palco do Música Boa Ao Vivo, ele apresentou "Ô
Sorte" e "O Filho da Mãe" e ficou surpreso com a recepção do
público: “Todo mundo bateu palma, gritou, cantou... Foi mágico!"