Projeto Pão de Açúcar Music
Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (SP)
Domingo 8 de diciembre de 2002
Ponto 3 - Praia de Copacabana (RJ)
2004
CAETANO VELOSO, GAL COSTA, GILBERTO GIL e MARIA BETHÂNIA
Álbum “Outros (doces) Bárbaros” – Bethânia – Caetano – Gil – Gal
Gravado em dezembro de 2002, registra ensaios, bastidores e grandes momentos dos shows realizados no Parque do Ibirapuera e na Praia de Copacabana.
Biscoito Fino DVD bf 703
1. MÁQUINA DE RITMO (Gilberto Gil)
2. FÉ CEGA, FACA AMOLADA (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos)
3. VIRAMUNDO (Gilberto Gil e Capinan)
4. OUTROS BÁRBAROS (Gilberto Gil)
5. UM ÍNDIO (Caetano Veloso)
6. EU TE AMO (Caetano Veloso)
7. O SEU AMOR (Gilberto Gil)
8. ATIRASTE UMA PEDRA (Herivelto Martins/David Nasser)
9. SANTO ANTONIO (Jota Veloso)
10. CHUCKBERRY FIELDS FOREVER (Gilberto Gil)
11. ESOTÉRICO (Gilberto Gil)
12. OS MAIS DOCES BÁRBAROS (Caetano Veloso)
Extras:
SAUDADE DA BAHIA (Dorival Caymmi)
UM ÍNDIO (Caetano Veloso)
GÊNESIS (Caetano Veloso)
Caetano, Gil, Gal e Bethânia se reúnem para dois únicos shows no Rio e em São Paulo; encontro vai virar DVD e CD
06/12/2002
A volta dos Doces Bárbaros, 26 anos depois
Caetano, Gil, Gal e Bethânia se reúnem para dois únicos shows no Rio e em São Paulo; encontro vai virar DVD e CD
Mônica Loureiro
Colaborou Marco Antonio Barbosa
"Nós somos medalhões!". É claro que a afirmação não soa exagerada quando é Caetano Veloso que diz, referindo-se a ele próprio, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Gal Costa. Após 26 anos, os quatro baianos se unem novamente sob a alcunha de Doces Bárbaros, para dois shows ao ar livre - um amanhã (dia 7), no Parque do Ibirapuera (SP), e outro domingo (dia 8), na Praia de Copacabana, (RJ). O reencontro - sem dúvida um marco na história da MPB - vai resultar em um CD que será lançado pela Universal Music e um DVD, dirigido por Andrucha Waddington, que sairá pela Biscoito Fino. O pacote celebratório se completa com o relançamento do documentário Doces Bárbaros, de Jom Tob Azulay, registrando a turnê original da formação, em 1976. O filme virá em DVD, com som remasterizado e cenas extras.
O tempo foi pouco para os ensaios - Caetano, por exemplo, retornou dos Estados Unidos na semana passada - mas todos garantem que está tudo acertadíssimo. "No primeiro dia de ensaio havia uma certa ansiedade, mas quando começamos a cantar ficou tão bom!", revela Bethânia. "Até poderia se pensar que o distanciamento, as separações poderiam ter interferido, mas não", reafirma Gil, que é o diretor musical do show. "Aliás, Gil já dirigia nossos primeiros shows amadores na Bahia", ressalta Bethânia.
Eles lembram que este não é o primeiro reencontro depois da memorável reunião de 1976: voltaram a se reunir na Mangueira, quando foram homenageados com o enredo Atrás da Verde e Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu, em 94; e ano passado, numa homenagem a Dorival Caymmi no Carnaval baiano. O encontro original foi concretizado a partir de uma idéia de Bethânia. "Dessa vez, foi um convite (o show marca os dez anos do projeto Pão Music, patrocinado pelo grupo Pão de Açúcar), mas a espontaneidade não se perdeu por causa disso. Acabei de passar Esotérico com Gal e sentimos uma alegria muito grande ao perceber que ainda há um clima de novidade, nada está velho", defende Bethânia durante a entrevista coletiva dos quatro na produtora de Gil, na Gávea (RJ).
Enquanto a idéia da união veio da irmã, Caetano se encarregou de dar o nome ao grupo. "Eu lembro que na época da primeira reunião, o jornal O Pasquim tinha uma linha de ataque contra nós, só pelo fato de sermos baianos. Falavam que o Rio tinha sido invadido por bárbaros! Daí veio o nome. Também teve um papo na Praia de Ipanema com Jorge Mautner, que ele falou que Jesus, com sua doçura, conseguiu derrubar o império dos bárbaros... Então achamos que o nome era adequado mesmo", diz Caetano, surpreendendo até mesmo os outros três, que não sabiam dessa "inspiração" de Mautner.
O repertório do show tem 23 músicas, inclusive uma inédita de Gil. "Eu compus uma música falando justamente desse nosso reencontro. Ela se chama Outros Bárbaros", diz ele. "Tem também o samba de roda Santo Antonio, de J. Veloso, sobrinho meu e de Caetano", acrescenta Bethânia. A cantora revela que cada um fará dois solos, com músicas de seus discos mais recentes, e cantam cerca de sete canções juntos - como Fé Cega, Faca Amolada e São João Xangô Menino, por exemplo. "Vou cantar Eu Te Amo, porque a gravação que fiz na época da primeira reunião não me satisfez. Em algum momento eu iria regravá-la, e acho que esta foi a melhor oportunidade que eu poderia ter", diz Gal.
Depois de três décadas, é lógico que algumas mudanças serão notadas no show, detalhes que foram motivos de gargalhadas - mas com algum incômodo - durante a coletiva. "Os tons estão mais baixos em geral, hoje meus graves são bem mais acentuados...", diz Gal. E Bethânia capricha na ironia ao responder se pretendem repetir o guarda-roupa hippie dos anos 70: "Ah, não dá, neném... E o barrigão de fora?". "Acho que na época eu tinha a idéia de parodiar os Novos Baianos, com aquelas roupas com traços étnicos, como uma civilização inventada... E nós éramos os 'Velhos Baianos'", compara Caetano. "É, velhos já naquela época!", brinca Gil.
O tempo foi pouco para os ensaios - Caetano, por exemplo, retornou dos Estados Unidos na semana passada - mas todos garantem que está tudo acertadíssimo. "No primeiro dia de ensaio havia uma certa ansiedade, mas quando começamos a cantar ficou tão bom!", revela Bethânia. "Até poderia se pensar que o distanciamento, as separações poderiam ter interferido, mas não", reafirma Gil, que é o diretor musical do show. "Aliás, Gil já dirigia nossos primeiros shows amadores na Bahia", ressalta Bethânia.
Eles lembram que este não é o primeiro reencontro depois da memorável reunião de 1976: voltaram a se reunir na Mangueira, quando foram homenageados com o enredo Atrás da Verde e Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu, em 94; e ano passado, numa homenagem a Dorival Caymmi no Carnaval baiano. O encontro original foi concretizado a partir de uma idéia de Bethânia. "Dessa vez, foi um convite (o show marca os dez anos do projeto Pão Music, patrocinado pelo grupo Pão de Açúcar), mas a espontaneidade não se perdeu por causa disso. Acabei de passar Esotérico com Gal e sentimos uma alegria muito grande ao perceber que ainda há um clima de novidade, nada está velho", defende Bethânia durante a entrevista coletiva dos quatro na produtora de Gil, na Gávea (RJ).
Enquanto a idéia da união veio da irmã, Caetano se encarregou de dar o nome ao grupo. "Eu lembro que na época da primeira reunião, o jornal O Pasquim tinha uma linha de ataque contra nós, só pelo fato de sermos baianos. Falavam que o Rio tinha sido invadido por bárbaros! Daí veio o nome. Também teve um papo na Praia de Ipanema com Jorge Mautner, que ele falou que Jesus, com sua doçura, conseguiu derrubar o império dos bárbaros... Então achamos que o nome era adequado mesmo", diz Caetano, surpreendendo até mesmo os outros três, que não sabiam dessa "inspiração" de Mautner.
O repertório do show tem 23 músicas, inclusive uma inédita de Gil. "Eu compus uma música falando justamente desse nosso reencontro. Ela se chama Outros Bárbaros", diz ele. "Tem também o samba de roda Santo Antonio, de J. Veloso, sobrinho meu e de Caetano", acrescenta Bethânia. A cantora revela que cada um fará dois solos, com músicas de seus discos mais recentes, e cantam cerca de sete canções juntos - como Fé Cega, Faca Amolada e São João Xangô Menino, por exemplo. "Vou cantar Eu Te Amo, porque a gravação que fiz na época da primeira reunião não me satisfez. Em algum momento eu iria regravá-la, e acho que esta foi a melhor oportunidade que eu poderia ter", diz Gal.
Depois de três décadas, é lógico que algumas mudanças serão notadas no show, detalhes que foram motivos de gargalhadas - mas com algum incômodo - durante a coletiva. "Os tons estão mais baixos em geral, hoje meus graves são bem mais acentuados...", diz Gal. E Bethânia capricha na ironia ao responder se pretendem repetir o guarda-roupa hippie dos anos 70: "Ah, não dá, neném... E o barrigão de fora?". "Acho que na época eu tinha a idéia de parodiar os Novos Baianos, com aquelas roupas com traços étnicos, como uma civilização inventada... E nós éramos os 'Velhos Baianos'", compara Caetano. "É, velhos já naquela época!", brinca Gil.
O GLOBO
29/06/2005 - 20h44m
Publicada originalmente em novembro de 2004
Publicada originalmente em novembro de 2004
'Outros (doces) bárbaros' mostra Gil, Caetano, Gal e Bethânia 26 anos depois da primeira reunião
Leonardo Lichote - Globo Online
Leonardo Lichote - Globo Online
RIO - "Será que ainda temos o que fazer na cidade?", pergunta Gilberto Gil no primeiro verso de "Outros bárbaros", marcha-rancho algo melancólica que compôs especialmente para seu reencontro com Maria Bethânia, Caetano Veloso e Gal Costa - uma reedição dos Doces Bárbaros apenas para dois shows, no fim de 2002. Bethânia, ao seu lado, entende tudo e repete "linda, linda". A cena está no documentário "Outros (doces) bárbaros", de Andrucha Waddington, que a Biscoito Fino lança em DVD. Mais que registrar o show, o filme refaz a pergunta da canção: será que, 26 anos depois da reunião original, quando "cheios de felicidade" invadiram a "cidade amada", eles ainda têm o que fazer na cidade?
- A idéia não era fazer um DVD musical - explicou Waddington, depois de uma exibição para a imprensa nesta quarta-feira. - Tentei mostrar quem eram essas pessoas, 26 anos depois, o que elas se tornaram. Mais que a personalidade individual de cada um, queria captar o que Bethânia chamou de "alma-grupo". Quando fui convidado pela Biscoito Fino, vi que tinha a possibilidade de fazer algo com relevância histórica.
O diretor conseguiu. Alternando-se entre a intimidade dos ensaios para o show, o espetáculo em si e o registro das entrevistas coletivas feitas pelo grupo poucos dias antes de subirem ao palco, o filme faz, em primeiro plano, um retrato sensível da personalidade dos quatro artistas, juntos e individualmente. E, em segundo plano, faz uma reflexão sobre os rumos da cultura brasileira na voz de pessoas que, goste-se ou não, estiveram em sua linha de frente durante um bom tempo e hoje ainda soam pertinentes.
Os Doces Bárbaros já tinham sido temas do documentário "Doces Bárbaros", de Jom Tob Azulay, que registrava a turnê do grupo em 1976 - a obra, aliás, está em cartaz em São Paulo e em janeiro chega ao Rio. Waddington usa imagens do filme, mas diz que não procurou se basear no trabalho de Azulay.
- Não quis fazer um filme que já foi feito. Mais importante que os fatos históricos para mim era, por exemplo, ver Gil no estúdio contar que compôs uma música naquela manhã, antes de ir para o ensaio e mostrar a cada um deles a canção "Outros bárbaros" - disse. - Minha grande inspiração foi um filme lembrado por Hermano Vianna , "One plus one", de Godard .
No filme, há vários momentos reveladores como o citado por Waddington. Há Bethânia chegando ao ensaio, circunspecta, óculos escuros, cara de poucos amigos, até que, ao soltar a voz em "Um índio", instaura um contraste entre seu canto grandioso e sua imagem vulgarmente humana, nada a ver com a do palco. Há conversas sobre como eles se situavam entre a Jovem Guarda e o Fino da Bossa, quando Caetano recorda que as coisas não eram tão preto-no-branco e diz que Elis era muito rock'n roll, para Gil concordar lembrando que o início da carreira da cantora foi realmente no rock. Há uma reflexão sobre a cultura pop, com Gil definindo seu gosto como um "misto de gostar e gostar de gostar" e concluindo que é por isso que, ora bolas, gosta de Sandy e Junior.
Há os encontros com a imprensa, quando Caetano diz que "essa história de ego é muito cafona", ao responder a um jornalista sobre o suposto choque de egos do grupo. Há a sensualidade madura de Gal, ao lado da imponência cúmplice de Bethânia, em "Esotérico". Há Bethânia, com a euforia do álcool na voz, contando que sentiu plenamente a liberdade dos versos de "Fé cega, faca amolada" no show do grupo em São Paulo.
Para alcançar tal grau de intimidade, o diretor escolheu usar apenas uma câmera dentro do estúdio lotado de músicos - e instalou rodinhas no tripé, para se locomover com facilidade. E outras estratégias, como filmar durante sete dias sem perguntar nada, apenas ouvindo e registrando, em busca da espontaneidade.
- O bom documentarista é o que está com a câmera ligada na hora certa - afirmou o diretor, que no total registrou 70 horas de estúdio e 50 horas de show.
As imagens dos ensaios - os quatro no estúdio concebendo o show, escolhendo as divisões de vozes, conversando sobre nada e sobre tudo - ocupa boa parte do documentário. Mas quem quer simplesmente ouvir os Doces Bárbaros não tem do que reclamar. Somando os extras, são 14 músicas ("Um índio" aparece em duas versões). Além dos clássicos do disco gravado pelo grupo em 1976 - como "Fé cega, faca amolada", "Atiraste uma pedra", "Chuckberry fields forever" e "Os mais doces bárbaros" - há duas músicas inéditas de Gil: "Máquina de ritmo", samba que une na letra Bando da Lua e o trio Moreno, Domenico e Kassin; e a citada "Outros bárbaros".
"Outros (doces) bárbaros" é o Tempo Rei de Gil, um dos deuses mais lindos de Caetano, reafirmando sua realeza e sua beleza, equilibrando-se na doçura de Gal e na força de Bethânia. Ainda há, sim, o que fazer na cidade. Nem que seja iluminar o caminho dos outros bárbaros que estão vindo ou por vir.
- A idéia não era fazer um DVD musical - explicou Waddington, depois de uma exibição para a imprensa nesta quarta-feira. - Tentei mostrar quem eram essas pessoas, 26 anos depois, o que elas se tornaram. Mais que a personalidade individual de cada um, queria captar o que Bethânia chamou de "alma-grupo". Quando fui convidado pela Biscoito Fino, vi que tinha a possibilidade de fazer algo com relevância histórica.
O diretor conseguiu. Alternando-se entre a intimidade dos ensaios para o show, o espetáculo em si e o registro das entrevistas coletivas feitas pelo grupo poucos dias antes de subirem ao palco, o filme faz, em primeiro plano, um retrato sensível da personalidade dos quatro artistas, juntos e individualmente. E, em segundo plano, faz uma reflexão sobre os rumos da cultura brasileira na voz de pessoas que, goste-se ou não, estiveram em sua linha de frente durante um bom tempo e hoje ainda soam pertinentes.
Os Doces Bárbaros já tinham sido temas do documentário "Doces Bárbaros", de Jom Tob Azulay, que registrava a turnê do grupo em 1976 - a obra, aliás, está em cartaz em São Paulo e em janeiro chega ao Rio. Waddington usa imagens do filme, mas diz que não procurou se basear no trabalho de Azulay.
- Não quis fazer um filme que já foi feito. Mais importante que os fatos históricos para mim era, por exemplo, ver Gil no estúdio contar que compôs uma música naquela manhã, antes de ir para o ensaio e mostrar a cada um deles a canção "Outros bárbaros" - disse. - Minha grande inspiração foi um filme lembrado por Hermano Vianna , "One plus one", de Godard .
No filme, há vários momentos reveladores como o citado por Waddington. Há Bethânia chegando ao ensaio, circunspecta, óculos escuros, cara de poucos amigos, até que, ao soltar a voz em "Um índio", instaura um contraste entre seu canto grandioso e sua imagem vulgarmente humana, nada a ver com a do palco. Há conversas sobre como eles se situavam entre a Jovem Guarda e o Fino da Bossa, quando Caetano recorda que as coisas não eram tão preto-no-branco e diz que Elis era muito rock'n roll, para Gil concordar lembrando que o início da carreira da cantora foi realmente no rock. Há uma reflexão sobre a cultura pop, com Gil definindo seu gosto como um "misto de gostar e gostar de gostar" e concluindo que é por isso que, ora bolas, gosta de Sandy e Junior.
Há os encontros com a imprensa, quando Caetano diz que "essa história de ego é muito cafona", ao responder a um jornalista sobre o suposto choque de egos do grupo. Há a sensualidade madura de Gal, ao lado da imponência cúmplice de Bethânia, em "Esotérico". Há Bethânia, com a euforia do álcool na voz, contando que sentiu plenamente a liberdade dos versos de "Fé cega, faca amolada" no show do grupo em São Paulo.
Para alcançar tal grau de intimidade, o diretor escolheu usar apenas uma câmera dentro do estúdio lotado de músicos - e instalou rodinhas no tripé, para se locomover com facilidade. E outras estratégias, como filmar durante sete dias sem perguntar nada, apenas ouvindo e registrando, em busca da espontaneidade.
- O bom documentarista é o que está com a câmera ligada na hora certa - afirmou o diretor, que no total registrou 70 horas de estúdio e 50 horas de show.
As imagens dos ensaios - os quatro no estúdio concebendo o show, escolhendo as divisões de vozes, conversando sobre nada e sobre tudo - ocupa boa parte do documentário. Mas quem quer simplesmente ouvir os Doces Bárbaros não tem do que reclamar. Somando os extras, são 14 músicas ("Um índio" aparece em duas versões). Além dos clássicos do disco gravado pelo grupo em 1976 - como "Fé cega, faca amolada", "Atiraste uma pedra", "Chuckberry fields forever" e "Os mais doces bárbaros" - há duas músicas inéditas de Gil: "Máquina de ritmo", samba que une na letra Bando da Lua e o trio Moreno, Domenico e Kassin; e a citada "Outros bárbaros".
"Outros (doces) bárbaros" é o Tempo Rei de Gil, um dos deuses mais lindos de Caetano, reafirmando sua realeza e sua beleza, equilibrando-se na doçura de Gal e na força de Bethânia. Ainda há, sim, o que fazer na cidade. Nem que seja iluminar o caminho dos outros bárbaros que estão vindo ou por vir.
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