viernes, 18 de enero de 2013

1972 - CARLOS BASTOS - Los murales polémicos


Carlos Bastos (Salvador, 9/10/1925 – Salvador, 14/3/2004).

A Capela de São João Batista foi objeto de grande polêmica nos anos 70. O pintor baiano Carlos Bastos foi contratado pela Associação de Amigos do Museu da Cidade para pintar painéis retratando vida e morte de São João Batista e decidiu fazê-lo de modo original: usou figuras de destaque na vida cultural e política do Brasil. As imagens de Caetano Veloso (cantor) como São João Batista, Djanira (pintora) como Santa Isabel e Pelé (jogador de futebol) como anjo foram tão criticadas que tiveram de ser alteradas. No entanto, Médici (presidente da república), Gal Costa (cantora), Zanini (), Jorge Amado (escritor) e outras personalidades foram mantidos.



Nascimento de São João Batista (Rio de Janeiro) - Gal Costa sobreviveu à censura. 

A Procissão do Bom Jesus dos Navegantes (Salvador, 1995)




Texto de Jorge Amado II




Mural da Capela São Sebastião
Nascimento de São João Batista com Gal Costa, Dorival Caymmi, Di Cavalcanti e Médici.


Em 1972, a Associação de Amigos do Museu Histórico da Cidade convidou o pintor baiano Carlos Bastos para pintar os painéis retratando a vida e morte de São João Batista.

“Os murais, que ainda precisavam de retoques, ficaram inacabados. Ao chegar para trabalhar certa manhã, como habitualmente fazia, Carlos Bastos encontrou a porta da capela trancada e lacrada. Cometera a heresia de misturar aos santos, pecadores comunistas, os mais perigosos: Jorge Amado, Vinicius de Moraes, Di Cavalcanti, Caetano Veloso, Djanira… Ao mesmo tempo, Carlos Bastos colocara entre eles o presidente Medici, tido e havido como inimigo dos comunistas, presidente das perseguições, das prisões e das torturas. Carlos não era político, de política e de seus partidos ele nada entendia, sua única intenção fora a de retratar os amigos de sua admiração e de seu bem-querer, sem restrições, e pessoas em evidência na época, nada mais que isso”. 

[Zélia Gattai, A Casa do Rio Vermelho]



Texto de Jorge Amado III





A Procissão do Bom Jesus dos Navegantes (1974, reconstituído entre 1993-1994)


A célebre embarcação, datada de 1892, é a encarregada de conduzir, em direção à Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, a imagem do Jesus crucificado na famosa procissão que acontece no dia 1º de janeiro de cada ano.



1995





 




1972
Revista inTerValo 2000
Ano X – n° 497

Capa: Jardel Filho
Foto de Joel Maia
Editora Abril













1972
Revista Manchete
N° 1.051
10 de junho











 
 
 

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