São Paulo, sexta, 31 de outubro de 1997
Caetano presta tributo a Fellini
das agências internacionais
Caetano Veloso faz hoje, em San Marino, uma apresentação em homenagem ao cineasta italiano Federico Fellini. O cantor e compositor brasileiro está hospedado na cidade italiana de Rimini, terra natal de Fellini, localizada próximo à fronteira com San Marino.
No repertório escolhido para o show desta noite está "Giulietta Masina", música que Caetano fez em homenagem à atriz, mulher de Fellini.
O público de San Marino também poderá ouvir arranjos que Caetano compôs tendo como inspiração as músicas-tema de filmes como "A Doce Vida" e "Oito e Meio".
Para Caetano Veloso, os longas do diretor italiano tiveram forte influência em sua vida.
"Em Santo Amaro, cidade onde nasci, havia dois cinemas, e os filmes franceses e italianos chegavam com a mesma frequência com que hoje chegam os filmes norte-americanos. Foi uma grande contribuição para minha formação intelectual", disse o compositor durante entrevista concedida em San Marino.
Entre as obras de Fellini preferidas por Caetano está "A Estrada", de 1955. "Quando vi esse filme, passei um dia inteiro sem comer, pensando no personagem que nunca olhava para o céu", afirmou.
1997 - Caetano Veloso e Gino Gastaldo |
1999
30/10/1997 - San Marino |
LUNA
ROSSA
Música: Antonio Vian
Letra: Vincenzo De Crescenzo
1950
Testo in napoletano
Texto em português - LUA VERMELHA
Vaco
distrattamente abbandunato... / Ando
distraídamente abandonado...
ll'uocchie sott''o cappiello annascunnute, / os olhos debaixo do chapéu escondidos,
mane 'int''a sacca e bávero aizato... / mão no bolso e gola (do casaco) levantada...
Vaco siscanno 'e stelle ca só' asciute... / Ando assoviando às estrelas que surgiram...
E 'a luna rossa mme parla 'e te, / E a lua vermelha me fala de você,
ij lle domando si aspiette a me, / e pergunto a ela se você está me esperando,
e mme risponne: "Si 'o vvuó' sapé, / e (a lua) me responde "se quiser saber,
ccá nun ce sta nisciuna..." / aqui não há nenhuma (mulher)".
E ij' chiammo 'o nomme pe' te vedé, / E eu chamo seu nome para para te ver
ma tutt''a gente ca parla 'e te, / mas todas as pessoas que falam de você,
risponne: "E' tarde che vuó' sapé?! / respondem "è tarde, o que quiser saber?!
Ccá nun ce sta nisciuna!..." / aqui não há nenhuma (mulher)!..."
Luna rossa, / Lua vermelha,
chi mme sarrá sincera? / quem (qual mulher) serà sincera?
Luna rossa, / Lua vermelha,
se n'è ghiuta ll'ata sera / (ela) foi embora na noite passada
senza mme vedé... / sem me ver...
E ij dico ancora ch'aspetta a me, / E eu ainda digo (a mim mesmo) que (ela) està me esperando,
for 'o barcone stanott'ê ttre, / fora na sacada (de sua casa) nesta noite às três,
e prega 'e Sante pe' mme vedé... / e reza aos Santos para me ver...
Ma nun ce sta nisciuna... / Mas não há nenhuma (mulher)...
Mille e cchiù appuntamente aggio tenuto... / Mais de mil encontros eu tive (com outras mulheres)...
tante e cchiù sigarette aggio appicciato... / um monte de sigarros eu acendi (fumei)...
mille tazze 'e café mme só' bevuto... / mil xícaras de café bebi...
mille vucchelle amare aggio vasato.... / mil boquinhas amargas beijei...
E ij dico ancora ch'aspetta a me, / E eu ainda digo (a mim mesmo) que (ela) està me esperando,
for 'o barcone stanott'ê ttre, / fora na sacada (de sua casa) nesta noite às três,
e prega 'e Sante pe' mme vedé... / e reza aos Santos para me ver...
Ma nun ce sta nisciuna... / Mas não há nenhuma (mulher)...
Ma nun ce sta nisciuna... / Mas não há nenhuma (mulher)...
Ma nun ce sta nisciuna... / Mas não há nenhuma (mulher)...
Luna... / Lua...
Luna... / Lua...
Luna... / Lua...
Luna... / Lua...
Luna... / Lua...
Me intrigaba mucho la historia de este álbum y aquí pude encontrar abundante información. Gracias! desde Mar del Plata.
ResponderEliminarGracias a vos!!!!!
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