"A gente começou a ensaiar em um parque durante a primavera. Fizemos um piquenique e começamos a tocar".
"Os arranjos eram coletivos. Caetano dava algumas ideias e cada um colocava sua parte do arranjo. Eu só dava uma limpeza final."
[Jards Macalé, 19/5/2012, Folha de S.Paulo]
"Voltei ao Brasil, e Mace ficou muito chateado comigo. Ele me pediu que eu ficasse mais um ano lá, já que 'Transa' era um disco bonito e o show que fizemos no Queen Elizabeth Hall tinha sido excelente", diz Caetano.
"Ele achava que naquele momento estava começando uma espécie de sucesso, como ele previa para mim. Mas preferi voltar ao Brasil. Ele ficou de mal. O disco foi lançado no Brasil pela Philips. Nunca em Londres".
[Caetano Veloso, 19/5/2012, Folha de S.Paulo]
© Foto de Antonio Guerreiro
Producción: Guilherme Araújo
Caetano Veloso: voz y guitarra
Moacyr Albuquerque: bajo
Áureo de Souza: batería
Tuti Moreno: batería y percusión
Jards Macalé: guitarra, voz, dirección musical y repertorio
1971 - Europa
Junio
Concierto de MPB
Zurich – Alemania
Teatro Experimental de Zurich
Agosto
Concierto de MPB
Londres – Inglaterra
British Council
3 de setiembre
Inglaterra
Wirrina Stadium - Peterborough
2 de noviembre
Concierto de MPB
Londres - Inglaterra
Queen Elizabeth Hall and Student Center
14 de noviembre
Concierto de MPB
Paris - Francia
Palais de la Mutualité
Última
Hora
18/11/1971
“Caetano. Na França
em inglês para brasileiros”
Correio da Manhã
15/11/1971
“Caetano no Mutualité é pretexto para lançar em
Paris seu primeiro disco feito na França”
14/11/1971 - Paris |
14/11/1971 - Paris |
14/11/1971 - Paris |
14/11/1971 - Paris |
1972 - Brasil
Febrero
Caetano Veloso em Concerto
São Paulo – SP
Tuca
Febrero
Caetano Veloso em Concerto
Rio de Janeiro – RJ
Teatro João Caetano
Marzo
Caetano Veloso em Concerto
Salvador – BA
Teatro Castro Alves
Marzo
Caetano Veloso em Concerto
Recife – PE
Estádio Geraldão
1972 - Show Transa - Salvador, Bahia
Foto: Thereza Eugênia |
Jornal Zero
Hora
Juarez
Fonseca: Caetano, Araújo, Lupicínio
Caetano Veloso volta ao palco no qual se apresentou
pela primeira vez após retorno do exílio
06/04/2013
O
show de Caetano Veloso no Auditório Araújo Vianna, dia 25/4/2013
próximo, traz à tona antigas histórias. Ele retorna ao lugar em que se
apresentou pela primeira vez em novembro de 1972, com o show da volta do exílio
em Londres. Lá, o repertório básico era o do recém-lançado LP Transa,
para muitos um de seus melhores discos. Tinha canções como You Don’t Know Me,
It’s a Long Way, Mora na Filosofia e Triste Bahia, esta
construída sobre um poema de Gregório de Matos (1636-1695), com algumas
incrustações folclóricas. Pois 41 anos depois, Triste Bahia revive no
show Abraçaço, que chega a
Porto Alegre. Na estreia da turnê no Rio, duas semanas atrás, Caetano se
espantou ao ver o público jovem entoando junto o refrão da música.
Outra canção daquele show era Volta, de Lupicínio Rodrigues. Antes de subir ao palco, Caetano manifestou à amiga Tânia Carvalho que queria conhecer Lupi. Ela se prontificou a fazer o meio de campo e o encontro ocorreu no bar Chão de Estrelas, onde atravessaram a madrugada cantando. Quase 20 anos depois, em 1991, Caetano lembraria daquela noite em uma entrevista à revista alternativa Bric a Brac, de Brasília:
– Fui ouvi-lo cantar e ele cantou coisas lindas, sem acompanhamento nenhum. Aliás, foi uma noite fantástica. Era o show que fiz com batom vermelho. Já havia tido o show da Gal e eu brincava com essa imagem. Pintava a boca com batom vermelhíssimo, e o cabelo grandão. Ficava meio Gal. Saí do show para encontrar o Lupicínio. Fui com o batom vermelho. Usava um bolerinho de cetim, uma calça justíssima, bem baixa, uns tamancos.
Lupi teria manifestado estranheza com o “modelito”?
– Nada disso, não teve nenhum clima de choque ou de espanto. Ficou na dele. Cheguei e disse: “Estou chegando do show e nem tive tempo de ir ao hotel”. Ele abriu os braços, “oh, Caetano, que alegria, sente aqui”. Muito doce. Fiquei impressionado com o estilo dele.
Menos de dois anos depois Caetano gravaria Felicidade, uma das marcas da recuperação histórica de Lupicínio, lançada com sucesso nacional poucos dias antes de sua morte, em 27 de agosto de 1974.
O Araújo que o receberá agora é completamente diferente do antigo auditório ao ar livre. Mas o show poderá ter bons momentos de evocação.
Outra canção daquele show era Volta, de Lupicínio Rodrigues. Antes de subir ao palco, Caetano manifestou à amiga Tânia Carvalho que queria conhecer Lupi. Ela se prontificou a fazer o meio de campo e o encontro ocorreu no bar Chão de Estrelas, onde atravessaram a madrugada cantando. Quase 20 anos depois, em 1991, Caetano lembraria daquela noite em uma entrevista à revista alternativa Bric a Brac, de Brasília:
– Fui ouvi-lo cantar e ele cantou coisas lindas, sem acompanhamento nenhum. Aliás, foi uma noite fantástica. Era o show que fiz com batom vermelho. Já havia tido o show da Gal e eu brincava com essa imagem. Pintava a boca com batom vermelhíssimo, e o cabelo grandão. Ficava meio Gal. Saí do show para encontrar o Lupicínio. Fui com o batom vermelho. Usava um bolerinho de cetim, uma calça justíssima, bem baixa, uns tamancos.
Lupi teria manifestado estranheza com o “modelito”?
– Nada disso, não teve nenhum clima de choque ou de espanto. Ficou na dele. Cheguei e disse: “Estou chegando do show e nem tive tempo de ir ao hotel”. Ele abriu os braços, “oh, Caetano, que alegria, sente aqui”. Muito doce. Fiquei impressionado com o estilo dele.
Menos de dois anos depois Caetano gravaria Felicidade, uma das marcas da recuperação histórica de Lupicínio, lançada com sucesso nacional poucos dias antes de sua morte, em 27 de agosto de 1974.
O Araújo que o receberá agora é completamente diferente do antigo auditório ao ar livre. Mas o show poderá ter bons momentos de evocação.
O GLOBO
22/11/1972
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