Maio 2000, Caio Blat e Caetano Veloso |
O projeto que o ator já concluiu e vai estrear dia
11 de maio, no teatro Café Pequeno, no Rio, é a peça Macário, único texto para
o teatro do poeta Álvares de Azevedo. Caio dirigiu a montagem em Salvador e
Recife, em dezembro, além de atuar, produzir e adaptar o texto.
No Rio, ele
deixou a direção a cargo de Otávio Muller. Macário foi escrito por Azevedo em
uma única noite de insônia, poucos dias antes de sua morte, em 1852. Ao acabar
de gravar Andando nas Nuvens, o ator soube que teria menos de dois meses de
férias até começar o trabalho de Esplendor. Não teve dúvidas. Não pagou a conta
de telefone, trocou cachês em comerciais por patrocínio e montou a peça em
tempo recorde.
Caio
Blat, Paula Lavigne, Caetano Veloso, Ana Beatriz Nogueira e Preta Gil
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Caetano, Paula e Dennis Carvalho |
14/09/2000 - 14h23
Caio Blat leva "Macário" para o palco a partir desta quinta em
SP
da Folha Online
Cena da peça "Macário
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Um dos expoentes do Romantismo do século 19, Manuel
Antonio Álvares de Azevedo (1831 - 1852) morreu jovem, de tuberculose, publicou
pouco e escreveu toda sua obra em apenas 4 anos, entre os 16 e 21 anos.
Uma adaptação para o teatro de uma dessas obras,
"Macário", estréia nesta quinta-feira (14) no Centro Cultural São
Paulo.
O espetáculo, que tem a direção de Otávio Müller,
mostra o encontro de três personagens com traços da personalidade do próprio
Álvares de Azevedo: o jovem estudante Macário (Caio Blat), também doente de
tuberculose e completamente desiludido da vida; o esperançoso poeta romântico e
sonhador Penseroso (Emílio Orciollo Netto) e Satã (Ana Beatriz Nogueira), que
faz severas críticas à sociedade da época.
Escrito pouco antes da morte de Álvares de Azevedo,
o texto é uma carta de despedida que retrata sua angústia no momento mais
crítico de sua doença.
No prefácio do livro, Álvares de Azevedo alerta que
"Macário" não foi escrito para o teatro - "escrevi como um
delírio". O texto fala do encontro do autor com o diabo e foi escrito em
noite de insônia, internado em um quarto de hospital poucos dias antes de morrer.
Em parceria com Preta Gil e Dueto Produções, Caio
Blat idealizou, adaptou e produziu o espetáculo com apresentações experimentais
em Salvador e Recife.
A peça tem a trilha musical assinada por Moreno
Veloso, Domenico Lancellotti e Maurício Pacheco. O cenário é de Domenico
Lancellotti, Zoy Anastassakis e Fernando Zarif. A iluminação é de Djalma Amaral
e os figurinos de Luisa Marcier.
Teatro: "Macário"
Onde: Centro Cultural São Paulo - Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso , Sala Flávio Império
Quando: de 14/09 a 12/11, qui. a sáb., às 21h30 e dom.,às 20h30
Caraca,o rapaz era tão jovem,o poeta também!
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