martes, 19 de julio de 2016

2016 - NANÁ VASCONCELOS


1987



2/8/1944 - 9/3/2016


Caetano escreve sobre a morte do percussionista e amigo

"Naná Vasconcelos na Bahia, tocando com Gil e aprendendo tudo sobre berimbau, instrumento a respeito do qual ele deu exuberantes aulas práticas (criando peças improvisadas que eram sempre obras-primas) em suas apresentações ao redor do mundo. Naná Vasconcelos em Paris, ensinando tudo. Naná Vasconcelos em Nova York, tocando comigo no disco Estrangeiro, chamado pelo americano pernambucano Arto Lindsay. Naná Vasconcelos no Recife, orientando o carnaval, na Noite dos Tambores Silenciosos ou no Marco Zero. Naná, um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, em qualquer área. Fernando Salem me escreveu, tomado pelas notícias das mortes de Jó e de Naná, que toda vez que um percussionista brasileiro morre um cantor deve chorar. Eles são os mais aplaudidos pelas plateias brasileiras, juntamente com os cantores. Mão de preto no couro é núcleo da música do Brasil. Esse preto muitas vezes é um branco. Mas a essência africana predomina e a estatística diz que a maioria dos bons percussionistas daqui é de pretos. Temos chorado muito esses dias. E ver Naná partir é coisa grande. Ele é a síntese da percussão negra da nossa música. E é um exemplo de músico criador abrangente. Orgulho do Brasil aos olhos do mundo, sua personalidade musical seguirá nos salvando do apequenamento e apontando para a luz da grandeza."







Rio de Janeiro, Sexta-feira 2 de setembro de 1994



Jornal do Brasil


NANÁ VASCONCELOS AND THE BUSHDANCERSJazzmania. Avenida Rainha Elizabeth. 769. Ipanema (227-2447). Capacidade: 280 lugares. 6a e sáb.. às 22h30. Couvert a R$ 1 5 e consumação a R$ 7.50. Até sábado.



Naná Vasconcelos and the Bushdancers — O percussionista brasileiro mais conhecido lá fora faz mini temporada no Jazzmania.

Acostumado a tocar com várias formações musicais — de orquestras sinfônicas bandas de rua — Naná vem acompanhado do violoncelista francês Vincent Segal e do pianista suíço Teese Gohl. Especializado no berimbau, tem uma carreira eclética: fez parte das bandas de Pat Metheny, B.B. King, Jean-Luc Ponty e Talking Heads.






Naná Vasconcelos participou de dois discos do amigo baiano: ‘Estrangeiro’, de 1989, e ‘Circuladô’, de 1991.



2009 - Ensaio

O cantor Caetano Veloso, o pianista Vítor Araújo e o percussionista Naná Vasconcelos subiram ao palco do Marco Zero, na noite desta quarta-feira (18) para o último ensaio da abertura oficial do Carnaval Multicultural do Recife 2009, que acontece nesta sexta (20), às 19h.

2009 - Abertura do Carnaval Multicultural do Recife

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