ESPELHO D'ÁGUA
(Marcelo Camelo/Thiago Camelo)
Toda sorte
de paz
Rodeia nossos passos
Não sinto mais o tempo, ó flor
Teus olhos põem um sol de amor
Eu vi a revoada
O mar, estrela e o nada
Os olhos da morena
E o nosso espelho d'água
A solidão, o sal lavou
Alcança os seus abraços
O mar cuidou do tempo, ó flor
Semeia o nosso céu de amor
Eu vi a revoada
O mar, estrela e o nada
Os olhos da morena
E o nosso espelho d'água
Foto: André Schiliró |
23 de janeiro de 2015
Gal Costa beira perfeição em show intimista Espelho d'Água
Apresentação aconteceu na noite desta quinta, 22,
em São Paulo, e contou com clássicos como "Tigresa" e
"Baby"
Luciana Rabassallo
Quando Recanto (2011) chegou às lojas, muitos fãs tradicionalistas de Gal Costa torceram o nariz. Julgaram a obra demasiadamente moderna, quase uma tentativa desesperada de comunicação com as gerações mais jovens. Com o passar do tempo (e a digestão dos puristas), o disco se tornou um marco na carreira da cantora. Agora, ela volta aos palcos com show que faz um contraponto exato ao que pudemos ver durante as apresentações da turnê "Recanto".
Sem bateria eletrônica, percussão, naipe de metais, teclados ou efeitos no microfone. O show Espelho d'Água tem um único protagonista: a voz plena de Gal Costa. Acompanhada apenas por Guilherme Monteiro e o violão/guitarra dele, a cantora presenteou o público que lotou o teatro do Sesc Pinheiros, na noite desta quinta, 22, em São Paulo, com um belíssimo concerto.
Ao som de "Caras e Bocas", parceria entre Caetano Veloso e Maria Bethânia, que Gal lançou em 1977 no disco de mesmo nome, a voz da interprete preencheu o palco. O cenário é simples: duas caixas de som, um pedestal, um banco, a cadeira de Monteiro e os instrumentos dele. Nos primeiros instantes, há uma sensação de vazio. A impressão é ainda mais forte para os que estão acostumados aos espetáculos repletos de telões e pirotecnias que povoam os palcos e desviam a atenção da plateia do essencial: a música. Em seguida é a vez de "Passarinho" (Tuzé de Abreu), "Minha Voz, Minha Vida" (Caetano Veloso) e "Folhetim" (Chico Buarque).
"Boa noite", diz Gal após uma efusiva salva de palmas. "O repertório deste show é formado pelas canções mais importantes da minha carreira e também por aquelas que eu mais gosto de cantar. Quero ressaltar a importância do Guilherme para essa empreitada. Afinal somos só eu e ele aqui", afirma. "Eu o conheci quando ele substituiu o Pedro [Baby, guitarrista oficial da banda que a acompanha] em uma apresentação da turnê 'Recanto'. Durante os ensaios, ele fez essa cama que qualquer cantora gosta", contou, antes de acrescentar: "Foi nessa hora que eu gamei".
Com interpretações irrepreensíveis, "Vaca Profana" (Caetano Veloso), "Coração Vagabundo" (Caetano Veloso), "Negro Amor" (Bob Dylan/ versão: Caetano Veloso e Péricles Cavalcanti) e "Tigresa" (Caetano Veloso) emocionaram o público e arrancaram lágrimas dos mais sensíveis. Observando o clima de comoção, Gal assumiu o microfone para dar a sentença: "Essas aqui são grandes facadas no peito, não é?". Notável coadjuvante durante todo o espetáculo, a belíssima iluminação foi destaque. Cores quentes em momentos íntimos e variações de tons frios nas canções festivas fizeram a plateia, literalmente, sentir na pele as três partes do show.
"Vou cantar uma música que eu gravei no meu disco mais ousado da década 1960", disse, antes de apresentar "Tuareg", de Jorge Ben Jor. "Eu gosto muito desse álbum [Gal, de 1969]. Gosto ainda mais dessa gravação de 'Tuareg', acho que essa versão tem uma força muito grande. Até hoje eu me impressiono com o resultado." O show seguiu com "Baby" (Caetano Veloso), "Um Favor" (Lupicínio Rodrigues) e "Você Não Entende Nada" (Caetano Veloso).
Em um novo contato com o público, Gal anunciou "Espelho d'Água", composição de Marcelo Camelo em parceria com o irmão dele, Thiago Camelo, que estará no novo disco de estúdio da cantora, com previsão de lançamento ainda em 2015. "O álbum está sendo mixado pelo Alexandre Kassin e pelo Moreno Veloso lá no Rio de Janeiro", completou.
No repertório escolhido por Gal Costa e pelo jornalista Marcus Preto, também estavam "Meu Bem, Meu Mal" (Caetano Veloso), "Força Estranha" (Caetano Veloso) e "Modinha Para Gabriela" (Dorival Caymmi). O ápice, contudo, ficou por conta de "Meu Nome é Gal" (Erasmo/Roberto Carlos), em que Gal conversa com a guitarra de Monteiro, trava uma batalha desleal contra o concorrente e sai vitoriosa.
Aos
69 anos de idade, a voz da cantora baiana pode não ser a mesma dos tempos
áureos. Mas ganha em sabedoria e em maturidade, qualidades que pouquíssimos
músicos têm no Brasil atualmente. No palco, ela é uma entidade. Cultuada por
fãs das mais variadas idades. Sem medo de arriscar e com bônus infinitos para
errar. Gal Costa é o reflexo da plenitude.
Gal Costa apresenta Espelho d'Água
Sexta-feira (23/1), sábado (24/1) e domingo (25/1), às 21h
Setlist completo
"Caras e Bocas"
"Passarinho"
"Minha Voz, Minha Vida"
"Folhetim"
"Vaca Profana"
"Volta"
"Sua Estupidez"
"Coração Vagabundo"
"Negro Amor"
"Tigresa"
"Baby"
"Dom de Iludir"
"Um Favor"
"Solitude"
"Espelho d'Água"
"Tuareg"
"Você Não Entende Nada"
"Meu Nome é Gal"
"Meu Bem, Meu Mal"
"Força Estranha"
"Modinha Para Gabriela"
O
Fuxico
23 de janeiro de 2015
Gal Costa lança o show "Espelho D’água", em
São Paulo
Gal Costa subiu ao palco do Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, em São Paulo, para apresentar seu show Espelho D'água, na noite de quinta-feira (22/1), com casa lotada.
Do alto de seus 69 anos, a baiana arretada trouxe um espetáculo de tom intimista, que conta apenas com a cantora acompanhada pelo violonista e guitarrista carioca Guilherme Monteiro.
Gabriel, de 8 anos, filho da cantora, esteve por lá, com os olhos brilhando em ver a mãezona em cena.
As apresentações seguem até domingo (25/1), sempre às 21 horas.
Em sua nova empreitada, Gal apresenta um repertório escolhido a dedo junto ao jornalista Marcus Preto, que também divide com a cantora a direção do espetáculo. O roteiro de canções faz um passeio pelos clássicos da música popular brasileira que se eternizaram na voz da baiana, que arrasa ao soltar a voz em Vaca Profana, de Caetano Veloso.
No setlist estão ainda: Coração Vagabundo, Folhetim, Sua Estupidez, Volta, Baby, entre outras.
A canção que dá nome ao espetáculo, Espelho D'água, é inédita, fruto da parceria do cantor Marcelo Camelo com seu irmão, o poeta Thiago Camelo.
Foto: Manuela Scarpa / Rio News |
Setlist
CARAS E BOCAS
PASSARINHO
MINHA
VOZ, MINHA VIDA
FOLHETIM
VACA
PROFANA
VOLTA
SUA
ESTUPIDEZ
CORAÇÃO
VAGABUNDO
NEGRO
AMOR
TIGRESA
BABY
DOM
DE ILUDIR
UM
FAVOR
SOLITUDE
ESPELHO
D'ÁGUA
TUAREG
VOCÊ
NÃO ENTENDE NADA
MEU
NOME É GAL
MEU
BEM, MEU MAL
FORÇA
ESTRANHA
MODINHA
PARA GABRIELA
Gal Costa apresenta novo show em SP
Cantora
atraiu famosos em apresentação no HSBC Brasil na noite de sexta-feira (8/5/2015)
Gal Costa subiu ao palco com seu novo show na casa
HSBC Brasil, em São Paulo, na noite de sexta-feira (8/5). No novo espetáculo, a
cantora interpreta canções do cantor e compositor Lupicínio Rodrigues.
Foto: THIAGO DURAN / AGNEWS |
Foto: THIAGO DURAN / AGNEWS |
JORNAL A VOZ DA SERRA
Show gratuito de Gal Costa em Friburgo neste sábado
A consagrada artista é uma das muitas atrações do
Festival de Inverno do Sesc
Gal se apresenta em formato intimista, acompanhada por Guilherme Monteiro Foto: André Schiliró |
Com o show “Espelho d’Água”, Gal Costa apresenta o seu novo espetáculo intimista acompanhada apenas pelo violonista e guitarrista carioca Guilherme Monteiro.
O show será neste sábado, 25, às 20h, no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura, na Praça do Suspiro, e integra a programação do Festival Sesc de Inverno.
Batiza
o espetáculo a já conhecida canção “Espelho d’Água”, a primeira parceria de
Marcelo Camelo (Los Hermanos) com seu irmão, o poeta Thiago Camelo. Apesar das
características intimistas da apresentação, Gal busca na guitarra e no violão
de Guilherme Monteiro a mesma sofisticação de seus shows com banda, conciliando
sempre delicadeza e intensidade.
Gal Costa é atração do Flamboyant In Concert, em Goiás
E é esse repertório que Gal apresenta, hoje à noite, no show Espelho d’Água, em que canta sucessos eternizados ao longo de sua carreira, acompanhada apenas pelo músico Guilherme Monteiro, que se reveza entre guitarra e violão. Sem bateria eletrônica, percussão, naipe de metais, teclados ou efeitos no microfone. O show tem um único protagonista: a voz plena de Gal Costa.
O repertório foi escolhido a quatro mãos pela cantora e pelo jornalista Marcus Preto, que também divide com Gal a direção do espetáculo. O roteiro do show se concentra nos temas que ganharam notoriedade na voz da cantora. Entre os destaques, a primordial Coração Vagabundo, Vaca Profana e Baby, de Caetano Veloso; Folhetim, de Chico Buarque; Sua Estupidez, de Roberto e Erasmo Carlos; Volta, de Lupicínio Rodrigues, e Modinha para Gabriela, de Dorival Caymmi.
A música que dá nome ao show é Espelho d’Água, primeira parceria de Marcelo Camelo com o irmão, o poeta Thiago Camelo, e gravada por Gal em seu mais recente álbum, Estratosférica, lançado no ano passado. O cenário é simples: duas caixas de som, um pedestal, um banco, a cadeira de Monteiro e os instrumentos dele. Nos primeiros instantes, há uma sensação de vazio. A impressão é ainda mais forte para os que estão acostumados aos espetáculos repletos de telões e pirotecnias que povoam os palcos e desviam a atenção da plateia do essencial: a música.
Maria da Graça Pena Burgos nasceu em Salvador, Bahia, filha de Mariah Costa Pena e Arnaldo Burgos. Como aconteceu a tantos jovens de sua geração, em 1959, apaixonou-se pela sonoridade de João Gilberto, que lançava sua clássica gravação de Chega de Saudade, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Nesta época, Gal já tocava e cantava, apresentando-se em festas escolares. Seu pai também tocava violão, e tanto ele quanto a mãe a incentivavam a seguir carreira. Em 1964, Gal, ainda com o nome de Maria da Graça, participou do show Nós, Por Exemplo, ao lado de Caetano, Gil, Bethânia e Tom Zé, que inaugurou o teatro Vila Velha, em Salvador.
No ano seguinte, já estava no Rio, com a cara e a coragem, e gravou seu primeiro compacto com as músicas Eu Vim da Bahia, de Gil, e Sim, Foi Você, de Caetano. Gravou o disco Domingo, com Caetano, e participou do antológico LP Tropicália, com as músicas Mamãe Coragem e Baby, que foram seus primeiros sucessos. Ainda em 68, estourou de vez no Festival de MPB da TV Record, com a música Divino Maravilhoso, de Gil e Caetano.
De lá para cá, foram muitas as personas que Gal
encarnou e em todas elas, o papel de musa caiu muito bem. Mais de 30 discos
depois, ela continua emocionando o público a cada nota emitida. Aos 70 anos, a
voz da cantora baiana pode não ser a mesma dos tempos áureos. Mas ganha em
sabedoria e em maturidade, qualidades que pouquíssimos músicos têm no Brasil
atualmente. No palco, ela é uma entidade. Cultuada por fãs das mais variadas
idades. Sem medo de arriscar e com bônus infinitos para errar. Gal Costa é o
reflexo da plenitude.
O show de hoje à noite faz parte do projeto
Flamboyant In Concert e ocorre no estacionamento do shopping Flamboyant. Os
ingressos, adquiridos em troca de notas fiscais, já estão esgotados.
Entrevista
GAL COSTA
Você disse em entrevista recente que “cantar uma canção pela primeira vez é como fazer amor”. E como é cantar o mesmo repertório para públicos diferentes?
Eu disse que cantar uma música é descobrir sempre algo novo nela e na maneira de cantá-la. Cantar o mesmo repertório para um público que nunca me viu cantar algumas canções ao vivo, como os jovens, é um alegria imensa.
Para você, um show é como um rito sagrado. Há um pacto entre você e o público? Os deuses da música são evocados ali?
Claro que os deuses da música sempre estarão presentes enquanto houver música. Para mim, cantar é sagrado. Música é a forma de arte que emociona as pessoas de maneira mais profunda.
Além das músicas de Estratosférica, o show é composto de grandes sucessos seus. Qual é a liga entre as canções antigas e as novas?
A liga é o clima do show, os arranjos e a modernidade eterna das canções. Neste caso, é um show de voz, violão e guitarra. O repertório é lindo.
Em 2015, você disse para mim em uma entrevista que Estratosférica trilha naturalmente o caminho de Recanto, álbum anterior. Já é possível vislumbrar outro passo em seguida?
Já
estou pensando em algumas possibilidades para um novo trabalho, mas não será
para este ano. Vem aí coisa nova. Vamos esperar.
25/9/2016 |
Gal Costa irá dar três
concertos em Portugal: dias 10 e 11 de novembro no Campo Pequeno e dia 12 no
Coliseu do Porto.
9/11/2017 - Portugal - |
Gal Costa se apresenta com
o show ‘Espelho d’Água’, no Sesc Vila Mariana
Paulo Freitas
11 de janeiro de 2018
Gal em apresentação do show Espelho d’Água, em janeiro de 2018, no Sesc Vila Mariana - Foto: Matheus José Maria |
Gal Costa faz show memorável em São Paulo
Amanda Pina
17 de janeiro de 2018
Entre os dias 11 e 14 de janeiro – todos com ingressos esgotados –, Gal Costa veio a São Paulo, no Sesc Vila Mariana, para apresentar o show Espelho d’Água. No primeiro dia do show, Gal Costa reuniu as músicas mais importantes dos seus 50 anos de carreira. Sem banda, a voz potente da cantora foi protagonista do espetáculo, ao lado da melodia do violão e guitarra de Guilherme Monteiro, tornando o concerto mais intimista.
Ambos se conheceram em 2013, quando Monteiro substituiu o músico Pedro Baby durante a turnê Recanto, disco lançado no ano anterior. Gal conta como o show foi criado pelos dois: “Ele fez aquela cama harmônica que qualquer cantora deita e goza de tão bonita e gostosa que é de ouvir. Aí eu falei: quero fazer um negócio com esse cara”, falou de forma bem-humorada, diante dos risos do público.
Segundo a cantora, a escolha do repertório foi para dar aos jovens a oportunidade de vê-las no palco. Entre as canções, estavam presentes “Folhetim”, “Vaca Profana” e “Coração Vagabundo”, todas contagiando a plateia, composta por volta de 600 pessoas. Entre as músicas que mais emocionaram o público, estavam presentes “Tuareg”, “Tigresa” e “Negro Amor”, além da versão feita por Caetano Veloso e Péricles Cavalcanti da música de Bob Dylan, “It’s All Over Now, Baby Blue”.
Acompanhado de uma iluminação primorosa, o show ganhou ritmo e deu destaque à maturidade da presença e voz da cantora baiana. Aos 72 anos, Gal Costa impressiona os novos e antigos fãs com a mesma maestria de seus tempos áureos.
A cantora deixou todos extasiados ao som de “Meu Nome é Gal”, composta por Erasmo e Roberto Carlos. Com seus gritos agudos, marcou o nome “Gal” nos ouvidos e na alma de todos os presentes, arrepiando até os mais céticos.
Após o pedido de
bis, a cantora cantou “Índia” e “Modinha Para Gabriela”, acompanhada de uma
plateia toda em pé. Por fim, os fãs, em delírio, aplaudiram a cantora, que
terminou agradecendo por mais um show em São Paulo.
Foto: Gustavo Alencar |
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