“Quando
Caetano e Gil voltaram do exílio em Londres, em 1972, havia no Rio todo um
ambiente tropicalista/contracultural que se espalhava pelas dunas na praia de
Ipanema, o MAM, no aterro do Flamengo, os teatros de Copacabana, as ladeiras de
Santa Teresa e, quando a polícia não nos perseguia, os festivais de música ao
ar livre.
Ao
chegarem do frio londrino em pleno verão carioca os baianos fizeram concertos
antológicos nos teatros Tereza Raquel, João Caetano, Municipal e Opinião. Eu,
um jovem desenhista e fotógrafo esforçado, que frequentava seus ensaios,
conheci o produtor e mentor artístico/tropicalista Guilherme Araújo, que passou
a comprar as fotos que eu fazia com minha modesta câmera para ajudar na
divulgação. Assim, comecei a publicar minhas primeiras fotos e, principalmente,
a me sentir alguém com uma câmera na mão.”
[2015, Ricardo Beliel]
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