viernes, 2 de febrero de 2018

RICARDO BELIEL - Fotógrafos


“Quando Caetano e Gil voltaram do exílio em Londres, em 1972, havia no Rio todo um ambiente tropicalista/contracultural que se espalhava pelas dunas na praia de Ipanema, o MAM, no aterro do Flamengo, os teatros de Copacabana, as ladeiras de Santa Teresa e, quando a polícia não nos perseguia, os festivais de música ao ar livre.

Ao chegarem do frio londrino em pleno verão carioca os baianos fizeram concertos antológicos nos teatros Tereza Raquel, João Caetano, Municipal e Opinião. Eu, um jovem desenhista e fotógrafo esforçado, que frequentava seus ensaios, conheci o produtor e mentor artístico/tropicalista Guilherme Araújo, que passou a comprar as fotos que eu fazia com minha modesta câmera para ajudar na divulgação. Assim, comecei a publicar minhas primeiras fotos e, principalmente, a me sentir alguém com uma câmera na mão.”
[2015, Ricardo Beliel]




1971 - Maria Bethânia - Show Rosa dos Ventos















Doces Bárbaros

“Quando os Doces Bárbaros (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia) se apresentaram no Rio, no Canecão, Gil já havia sido preso por porte de maconha na passagem deles em Florianópolis. Eu trabalhava no jornal O Globo e fui pautado para cobrir o show dos ‘maconheiros’. Acho que os editores esperavam que algo de escandaloso acontecesse. Eu, que os conhecia, adorava a música e fui feliz da vida cumprir minha tarefa…”.







Caetano Veloso - 32 anos





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