Tropicalia
ou Panis et Circencis, o disco-manifesto, é o mais emblemático trabalho coletivo da
música popular brasileira - marco do experimentalismo musical no Brasil da
época e, até hoje, no mundo todo!
Tropicalia ou Panis et Circencis, o livro-objeto, é uma experiência inédita no Brasil, doze textos e doze pôsteres inéditos sobre as doze canções do disco.
Tropicalia ou Panis et Circencis, o livro-objeto, é uma experiência inédita no Brasil, doze textos e doze pôsteres inéditos sobre as doze canções do disco.
Revista ÉPOCA
21
de Novembro de 2010
"Tropicália" em texto e cartazes
"Tropicália
ou Panis et circencis", o livro,
resgata e reinterpreta o álbum homônimo de 1968, criação de um coletivo
liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil
Renan Dissenha Fagundes
Lançado
em 1968, o disco Tropicália: ou Panis et circencis,
criação coletiva liderada por Caetano Veloso e Gilberto Gil em parceria com Tom
Zé, Os Mutantes, os poetas Capinan e Torquato Neto e o maestro Rogério Duprat,
é um dos mais importantes da música popular brasileira, um dos momentos mais
experimentais do movimento renovador que seria o tropicalismo. Agora, um livro
resgata e reinterpreta a coletânea. Em Tropicália
ou Panis et circencis (Iyá Omin, 130 páginas, R$ 153,00),
idealizado e organizado pela pesquisadora baiana Ana de Oliveira, pensadores de
diversas áreas assinam artigos sobre cada uma das canções do álbum homônimo.
Entre os autores estão pessoas bastante próximas ao tema, como os antropólogos Antonio Risério e Hermano Vianna e o músico Jorge Mautner, que trataram, respectivamente, das músicas Batmakumba, Hino do Senhor do Bonfim e Miserere Nobis. Viviane Mosé, Aguilar, Bené Fonteles, Bráulio Tavares, Christopher Dunn, Frederico Coelho, Manuel da Costa Pinto, Newton Cannito e Noemi Jaffe são os outros autores. A edição é bilíngue [em inglês], com ilustrações, e tem o tamanho do encarte de um vinil.
Cada uma das músicas também foi traduzida para as artes visuais. São 12 cartazes de 93 x 62 cm que acompanham o livro. A autoria é de nomes tão díspares quanto o coletivo internacional assume vivid astro focus, que traduziu para imagens a música Panis et Circencis, e o líder indígena Ailton Krenak, responsável pelo cartaz de Três caravelas. Como com os artigos, a diversidade das imagens faz sentido com a ideia do álbum. Os outros cartazes foram criados por Guto Lacaz, Aguilar, Lenora de Barros, Gringo Cardia, André Vallias, Ailton Krenak, Ernane Cortat, Ray Vianna, Leandro Feigenblatt, Nelson Provazi, Adriana Ferla e Rico Lins.
Na contracapa, o poeta e músico Arnaldo Antunes escreve que a tropicália “mudou definitivamente nossa sensibilidade e mentalidade estética, política e comportamental”. Os artigos tratam dessa mudança, lembrando sempre a confluência de temas que foi o tropicalismo: o erudito com o popular, o nacional com o estrangeiro, o novo com o velho. Tropicália..., o livro, trata o disco como um manifesto radical da cultural brasileira, um extremo da ideia de antropofagismo do poeta Oswald de Andrade, descendente da Semana de Arte Moderna e do Movimento Concretista, bem como um produto de uma cultura que incluía o cinema de Glauber Rocha e Rogério Sganzerla e o teatro de José Celso Martinez Corrêa.
Apesar do tropicalismo ser visto às vezes mais como uma expressão estética e comportamental, há em Tropicália... uma visão do movimento como algo mais crítico, embora não seja essa a crítica mais fácil e direta da canção meramente política, e sim algo mais sofisticado, irônico, e também apaixonado.
O livro mostra também como aquele grupo que encontrou uma voz autêntica influenciou a cultura das décadas seguintes no país, seja no trabalho de outros artistas, ou na vida dos próprios membros do movimento - Gilberto Gil foi ministro da Cultura de 2003 a 2008, Caetano Veloso lançou um disco (Cê) em 2006 em que buscava novas influências estrangeiras, Tom Zé foi redescoberto no exterior por David Byrne na década de 1990. Por outro lado, hoje temos também uma aceitação um pouco não crítica da tropicália e de seus sucessores. Talvez fosse o caso não de olhar apenas para forma como a cultura foi entendida em Tropicália: ou Panis et circencis, o disco, mas de aprender como eles que toda expressão é válida na construção de uma linguagem própria.
Entre os autores estão pessoas bastante próximas ao tema, como os antropólogos Antonio Risério e Hermano Vianna e o músico Jorge Mautner, que trataram, respectivamente, das músicas Batmakumba, Hino do Senhor do Bonfim e Miserere Nobis. Viviane Mosé, Aguilar, Bené Fonteles, Bráulio Tavares, Christopher Dunn, Frederico Coelho, Manuel da Costa Pinto, Newton Cannito e Noemi Jaffe são os outros autores. A edição é bilíngue [em inglês], com ilustrações, e tem o tamanho do encarte de um vinil.
Cada uma das músicas também foi traduzida para as artes visuais. São 12 cartazes de 93 x 62 cm que acompanham o livro. A autoria é de nomes tão díspares quanto o coletivo internacional assume vivid astro focus, que traduziu para imagens a música Panis et Circencis, e o líder indígena Ailton Krenak, responsável pelo cartaz de Três caravelas. Como com os artigos, a diversidade das imagens faz sentido com a ideia do álbum. Os outros cartazes foram criados por Guto Lacaz, Aguilar, Lenora de Barros, Gringo Cardia, André Vallias, Ailton Krenak, Ernane Cortat, Ray Vianna, Leandro Feigenblatt, Nelson Provazi, Adriana Ferla e Rico Lins.
Na contracapa, o poeta e músico Arnaldo Antunes escreve que a tropicália “mudou definitivamente nossa sensibilidade e mentalidade estética, política e comportamental”. Os artigos tratam dessa mudança, lembrando sempre a confluência de temas que foi o tropicalismo: o erudito com o popular, o nacional com o estrangeiro, o novo com o velho. Tropicália..., o livro, trata o disco como um manifesto radical da cultural brasileira, um extremo da ideia de antropofagismo do poeta Oswald de Andrade, descendente da Semana de Arte Moderna e do Movimento Concretista, bem como um produto de uma cultura que incluía o cinema de Glauber Rocha e Rogério Sganzerla e o teatro de José Celso Martinez Corrêa.
Apesar do tropicalismo ser visto às vezes mais como uma expressão estética e comportamental, há em Tropicália... uma visão do movimento como algo mais crítico, embora não seja essa a crítica mais fácil e direta da canção meramente política, e sim algo mais sofisticado, irônico, e também apaixonado.
O livro mostra também como aquele grupo que encontrou uma voz autêntica influenciou a cultura das décadas seguintes no país, seja no trabalho de outros artistas, ou na vida dos próprios membros do movimento - Gilberto Gil foi ministro da Cultura de 2003 a 2008, Caetano Veloso lançou um disco (Cê) em 2006 em que buscava novas influências estrangeiras, Tom Zé foi redescoberto no exterior por David Byrne na década de 1990. Por outro lado, hoje temos também uma aceitação um pouco não crítica da tropicália e de seus sucessores. Talvez fosse o caso não de olhar apenas para forma como a cultura foi entendida em Tropicália: ou Panis et circencis, o disco, mas de aprender como eles que toda expressão é válida na construção de uma linguagem própria.
1. Música: MISERERE NOBIS (Gilberto Gil/Capinan)
Imagem: Ernane
Cortat
2. Música: CORAÇÃO MATERNO (Vicente
Celestino)
Imagem: Leandro Feigenblatt
3. Música: PANIS ET CIRCENCIS (Caetano
Veloso/Gilberto Gil)
Imagem: assume vivid astro focus (avaf)
(coletivo artístico fundado em 2000, sediado em Nova York e Paris)
(coletivo artístico fundado em 2000, sediado em Nova York e Paris)
4. Música: LINDONÉIA (Caetano
Veloso)
Imagem: Lenora de Barros e Adriana Ferla
5. Música: PARQUE INDUSTRIAL (Tom
Zé)
Imagem: Rico Lins
6. Música: GELEIA GERAL (Gilberto
Gil/Torquato Neto)
Imagem: Nelson Provazi
7. Música: BABY (Caetano Veloso)
Imagem:
Gringo Cardia
8. Música: TRÊS CARAVELAS [Las tres
carabelas] (Augusto Algueró Jr./G. Moreau - Versão em
português: João de Barro)
Imagem: Ailton Krenak
9. Música: ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM
(Caetano Veloso)
Imagem: Guto Lacaz
10. Música: MAMÃE CORAGEM (Caetano Veloso/Torquato
Neto)
Imagem: Aguilar
11. Música: BATMAKUMBA (Caetano
Veloso/Gilberto Gil)
Imagem: André Vallias
12. Música: HINO
DO SENHOR DO BONFIM (Artur de Sales/João Antônio Wanderley)
Imagem: Ray
Vianna
A Tropicália mudou
definitivamente nossa sensibilidade e mentalidade estética, política e
comportamental, derrubando “as prateleiras, as estantes, as vidraças” entre o
urbano e o rural, o interior e o litoral, o bom e o mau gosto, o popular e a
vanguarda, o chiclete e a banana, o chique e o kitsch, o berimbau e a guitarra,
o bangue-bangue e o tamborim, as raízes e as antenas, o luxo e o lixo (como no
emblemático poema de Augusto de Campos, com todas as variantes positivas e
negativas que podem sugerir as duas palavras, e os atritos entre elas).
Com uma lúcida compreensão da múltipla realidade brasileira, deu expressão às diversas vozes que a compõem, sem descaracterizá-las ou satirizá-las, sem esconder seus contrastes ou hierarquizá-las, mas criando condições para que elas aflorassem numa linguagem vigorosa, através de procedimentos (a colagem, a mistura, as fusões rítmicas e vocabulares, o construtivismo formal e a surpreendente espontaneidade) que as punham em situações inéditas de conexão ou confronto.
Batman e macumba, iê-iê e obá, viraram um amálgama sonoro-semântico (ou verbivocovisual, na expressão dos concretos), que rompia as fronteiras de preconceitos muito arraigados, inaugurando a possibilidade da convivência, sem traumas, de valores até então inconciliáveis.
A partir desse limite (ápice) não havia mais volta. A cultura plural, cosmopolita e libertária se instituiu como uma realidade palpável, abrindo caminho para novas experiências poético-musicais, que se desdobraram em várias outras linguagens.
É sintomático o fato do eixo dessa revolução ter se dado no terreno da música popular, integrando alta voltagem de invenção com a comunicação de massas (em conexão com a moda, o design, as histórias em quadrinhos, a televisão, o rádio, o cinema e a cultura pop de uma maneira geral), em lugar da literatura e das artes plásticas, em torno das quais se articularam outros marcos de nossa modernidade, como a Semana de 22 e a Exposição Nacional de Arte Concreta, de 56.
A Tropicália moldou e modulou uma síntese ácida e doce (“policiais vigiando/o sol batendo nas frutas/sangrando”, “hospitaleira amizade/brutalidade jardim”, “bomba e Brigitte Bardot”) da cultura brasileira, expondo suas nervuras e contradições mais profundas, e libertando-nos para assumi-las como uma possível identidade. O convívio com as diferenças e a exploração criativa de suas férteis colisões expôs um retrato vivo do Brasil daquele tempo, e dos Brasis de todos os tempos.
Este livro é uma reflexão sobre o disco-manifesto Tropicália, mas também um reflexo do que ele semeou. As diferentes abordagens, estilos, pontos de vista e criações gráficas a partir de suas doze canções, ilustram, em seu mosaico diversificado, o quanto aquelas conquistas encarnaram em nossa realidade cultural o espírito de invenção, de mistura, de afirmação vital das nossas potencialidades.
Com uma lúcida compreensão da múltipla realidade brasileira, deu expressão às diversas vozes que a compõem, sem descaracterizá-las ou satirizá-las, sem esconder seus contrastes ou hierarquizá-las, mas criando condições para que elas aflorassem numa linguagem vigorosa, através de procedimentos (a colagem, a mistura, as fusões rítmicas e vocabulares, o construtivismo formal e a surpreendente espontaneidade) que as punham em situações inéditas de conexão ou confronto.
Batman e macumba, iê-iê e obá, viraram um amálgama sonoro-semântico (ou verbivocovisual, na expressão dos concretos), que rompia as fronteiras de preconceitos muito arraigados, inaugurando a possibilidade da convivência, sem traumas, de valores até então inconciliáveis.
A partir desse limite (ápice) não havia mais volta. A cultura plural, cosmopolita e libertária se instituiu como uma realidade palpável, abrindo caminho para novas experiências poético-musicais, que se desdobraram em várias outras linguagens.
É sintomático o fato do eixo dessa revolução ter se dado no terreno da música popular, integrando alta voltagem de invenção com a comunicação de massas (em conexão com a moda, o design, as histórias em quadrinhos, a televisão, o rádio, o cinema e a cultura pop de uma maneira geral), em lugar da literatura e das artes plásticas, em torno das quais se articularam outros marcos de nossa modernidade, como a Semana de 22 e a Exposição Nacional de Arte Concreta, de 56.
A Tropicália moldou e modulou uma síntese ácida e doce (“policiais vigiando/o sol batendo nas frutas/sangrando”, “hospitaleira amizade/brutalidade jardim”, “bomba e Brigitte Bardot”) da cultura brasileira, expondo suas nervuras e contradições mais profundas, e libertando-nos para assumi-las como uma possível identidade. O convívio com as diferenças e a exploração criativa de suas férteis colisões expôs um retrato vivo do Brasil daquele tempo, e dos Brasis de todos os tempos.
Este livro é uma reflexão sobre o disco-manifesto Tropicália, mas também um reflexo do que ele semeou. As diferentes abordagens, estilos, pontos de vista e criações gráficas a partir de suas doze canções, ilustram, em seu mosaico diversificado, o quanto aquelas conquistas encarnaram em nossa realidade cultural o espírito de invenção, de mistura, de afirmação vital das nossas potencialidades.
O Panis et circencis
era só o começo.
Arnaldo
Antunes
Salvador | 04/07/2013
Livro e exposição “Tropicália ou Panis et
Circencis” são lançados em Salvador
Um dos movimentos culturais mais
expressivos, a Tropicália, ressurge no cenário brasileiro por meio do projeto
editorial “Tropicália ou Panis et Circencis”, que reúne textos de pensadores e
obras de artistas plásticos, brasileiros e estrangeiros, reinterpretando as
músicas do álbum homônimo de 1968. O livro, idealizado e organizado pela
pesquisadora Ana de Oliveira, será lançado em Salvador, no dia 3 de julho
(quarta), às 19h, na Caixa Cultural, pela editora Iyá Omin.
Além da apresentação do livro, que
estará à venda no local, a programação de lançamento inclui uma exposição das
obras artísticas criadas especialmente para o projeto; um pocket show de Margareth
Menezes, com a participação de Jota Veloso; e um vídeo mapping (projeção
mapeada) de Felipe Sztutman na fachada do prédio da Caixa Cultural e na própria
galeria. A exposição vai até o dia 4 de agosto, com visitação aberta ao público
de terça a domingo, das 9h às 18h. A entrada é franca.
Considerado um dos mais importantes álbuns da história da música popular brasileira, o “Tropicália ou Panis et Circencis” foi um divisor de águas e configurou uma mudança significativa no comportamento das gerações que viveram aquele período marcante da história. O disco foi uma obra coletiva de grandes artistas como: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Mutantes, Tom Zé, Torquato Neto, Capinam e o maestro e arranjador Rogério Duprat.
“Tropicalismo é um assunto aceso e palpitante, e continua ocupando uma posição central nas discussões sobre a cultura brasileira. Além disso, poucos são os discos que renderiam um livro. O “Tropicália ou Panis et Circencis” é um deles”, afirma Ana de Oliveira, idealizadora do projeto.
O livro é composto por doze ensaios inéditos, de autores diferentes, que correspondem a cada uma das doze canções que compõem o LP. São textos que misturam memória, análise, encantamento, documentação, teoria, prática, filosofia, poesia, pão e circo, formando uma obra singular, dedicada especialmente ao disco. Jorge Mautner, Hermano Vianna, Viviane Mosé, Antônio Risério, Aguilar, Bené Fonteles, Bráulio Tavares, Christopher Dunn, Frederico Coelho, Manuel da Costa Pinto, Newton Cannito e Noemi Jaffe assinam os ensaios com considerações teóricas ou inflexões poético-filosóficas acerca das canções.
As músicas também foram traduzidas para linguagens próprias das artes visuais e transformaram-se em pôsteres que acompanham o livro, obras criadas por Gringo Cardia, Guto Lacaz, Lenora de Barros, André Vallias, Aguilar, Ailton Krenak, Ernane Cortat, Ray Vianna, Leandro Feigenblatt, Nelson Provazi, Adriana Ferla, Rico Lins e o coletivo artístico internacional Assume Vivid Astro Focus.
Na contracapa, quem dá a palavra sobre o projeto é Arnaldo Antunes. “Este livro é uma reflexão sobre o disco-manifesto Tropicália, mas também um reflexo do que ele semeou. As diferentes abordagens, estilos, pontos de vista e criações gráficas a partir de suas doze canções, ilustram, em seu mosaico diversificado, o quanto aquelas conquistas encarnaram em nossa realidade cultural o espírito de invenção, de mistura, de afirmação vital das nossas potencialidades”, escreveu o cantor e compositor.
Considerado um dos mais importantes álbuns da história da música popular brasileira, o “Tropicália ou Panis et Circencis” foi um divisor de águas e configurou uma mudança significativa no comportamento das gerações que viveram aquele período marcante da história. O disco foi uma obra coletiva de grandes artistas como: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Mutantes, Tom Zé, Torquato Neto, Capinam e o maestro e arranjador Rogério Duprat.
“Tropicalismo é um assunto aceso e palpitante, e continua ocupando uma posição central nas discussões sobre a cultura brasileira. Além disso, poucos são os discos que renderiam um livro. O “Tropicália ou Panis et Circencis” é um deles”, afirma Ana de Oliveira, idealizadora do projeto.
O livro é composto por doze ensaios inéditos, de autores diferentes, que correspondem a cada uma das doze canções que compõem o LP. São textos que misturam memória, análise, encantamento, documentação, teoria, prática, filosofia, poesia, pão e circo, formando uma obra singular, dedicada especialmente ao disco. Jorge Mautner, Hermano Vianna, Viviane Mosé, Antônio Risério, Aguilar, Bené Fonteles, Bráulio Tavares, Christopher Dunn, Frederico Coelho, Manuel da Costa Pinto, Newton Cannito e Noemi Jaffe assinam os ensaios com considerações teóricas ou inflexões poético-filosóficas acerca das canções.
As músicas também foram traduzidas para linguagens próprias das artes visuais e transformaram-se em pôsteres que acompanham o livro, obras criadas por Gringo Cardia, Guto Lacaz, Lenora de Barros, André Vallias, Aguilar, Ailton Krenak, Ernane Cortat, Ray Vianna, Leandro Feigenblatt, Nelson Provazi, Adriana Ferla, Rico Lins e o coletivo artístico internacional Assume Vivid Astro Focus.
Na contracapa, quem dá a palavra sobre o projeto é Arnaldo Antunes. “Este livro é uma reflexão sobre o disco-manifesto Tropicália, mas também um reflexo do que ele semeou. As diferentes abordagens, estilos, pontos de vista e criações gráficas a partir de suas doze canções, ilustram, em seu mosaico diversificado, o quanto aquelas conquistas encarnaram em nossa realidade cultural o espírito de invenção, de mistura, de afirmação vital das nossas potencialidades”, escreveu o cantor e compositor.
SERVIÇO:
Lançamento do livro e exposição “Tropicália ou Panis et Circencis”
Pocket show Margareth Menezes participação Jota Veloso
Vídeo Mapping Felipe Sztutman
Concepção, direção artística e coordenação geral Ana de Oliveira
Cenografia e design gráfico Ray Vianna
Local: Caixa Cultural – Rua Carlos Gomes, 57 - Centro
Abertura: 03 de julho, às 19h
Período expositivo para o público: 04 de julho a 04 de agosto
Lançamento do livro e exposição “Tropicália ou Panis et Circencis”
Pocket show Margareth Menezes participação Jota Veloso
Vídeo Mapping Felipe Sztutman
Concepção, direção artística e coordenação geral Ana de Oliveira
Cenografia e design gráfico Ray Vianna
Local: Caixa Cultural – Rua Carlos Gomes, 57 - Centro
Abertura: 03 de julho, às 19h
Período expositivo para o público: 04 de julho a 04 de agosto
Fotos: Genilson Coutinho
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