Revista Playboy.
Entrevista publicada em agosto de 1993, ed. 217.
Editora Abril, São Paulo - SP
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PLAYBOY: Mas você
ignorava mesmo que se torturava no Brasil?
PELÉ: Não, eu ouvia
dizer. Nas viagens do Santos, da Seleção, a gente tinha algum contato, às
vezes, com exilados. Até o prefeito do Rio, César Maia, outro dia me agradeceu
porque eu o recebi uma vez, no Chile. Mas não tinha muita clareza, mesmo, eu
não falava em política. Por isso fiz uma música agradecendo a luta do Chico
Buarque de Hollanda, do Gilberto Gil, do Caetano Veloso, do Geraldo Vandré, os
que perceberam antes aquilo que eu não percebia, porque estava jogando bola pelo
Brasil, pelo meu povo. Eu estava em outra, essa é que é a verdade. Quis
homenagear aqueles que buscavam orientar a gente e também eram perseguidos.
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