"...'monumento kitsch' e elo entre a arte pop
e o dadaísmo..." (C.V.)
Ano:
1991
Título: Carmen Miranda - A Embaixatriz do Samba
Gênero: Documentário Musical - TV Cultura / 50 minutos
Pais: Brasil
Roteiro e Direção: Cristina Fonseca
Direção Musical: Carlos Rennó
Título: Carmen Miranda - A Embaixatriz do Samba
Gênero: Documentário Musical - TV Cultura / 50 minutos
Pais: Brasil
Roteiro e Direção: Cristina Fonseca
Direção Musical: Carlos Rennó
Maria do Carmo Miranda da
Cunha (Marco de Canaveses, 9/2/1909 — Los Angeles, 5/8/1955)
O documentário aborda a trajetória da pequena notável nos dez anos pouco conhecidos de sua vida artística no Brasil, antes de se tornar estrela internacional, e o reflexo desta fase nos 14 anos que Carmen viveu nos Estados Unidos como a Brazilian Bombshell.
São exibidos trechos raros de suas participações em programas da televisão americana, como o Jimmy Durant Show, de filmes de época e dos musicais que lhe consagraram no Brasil e no exterior.
Conta ainda com depoimentos de
Aurora Miranda, Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Grande Otelo, Braguinha
(compositor), José Lino Grünewald (poeta e crítico musical), Décio Pignatari
(ensaísta), Ademar Casé (radialista), Vadeco (músico, integrante do Bando da
Lua), Jorge Murad (humorista), Murilo Caldas (cantor e compositor), Robert
Meyer (escritor e brasilianista) e Cássio Barsante (biógrafo de Carmen
Miranda).
Caetano
Veloso a definiu
no documentário A Embaixatriz do Samba como a figura mais importante na formação
do que passou chamar-se música popular brasileira: "Do modo como ela se
desenvolveu comercialmente e sobretudo da força que ela tem no plano
internacional."
E como os tropicalistas a achavam artisticamente interessante.
“Carmen Miranda é
una das figuras, assim, dessas figuras públicas, internacionais, inesquesíveis,
ela é uma das mais inesquesíveis.
Era inesquesível quanto
Pernalonga, o “Carlitos” do Charlie Chaplin, o Tom e Jerry, o uma garrafa de
Coca-Cola, era inesquesível.”
E como os tropicalistas a achavam artisticamente interessante.
Caetano Veloso comenta a sua reação ao ver
a polêmica foto em que Carmen Miranda aparece sem calcinha.
“… Eu vi essa fotografía assim de sopetão, quando
estava em Londres, exilado.
Eu estava morando em Golders Green. Eu me lembro que o Décio
Pignatari –o poeta Décio Pignatari-, estava em Londres nessa altura e tenha ido
nos visitar e justamente nessa semana alguém tinha aparecido lá em casa com essa
Revista Interview, essa revista
americana que tinha sido lançada por Andy Warhol e tinha uma página inteira da
revista do Andy Warhol que, sem comentários, apresentava uma reprodução de essa fotografia
da Carmen Miranda com sexo exposto, né, por baixo da fantasia. Nos ficamos
encantados com esse negócio, falávamos muito, eu lembro que o Décio Pignatari,
-eu mostrei a ele- ele fez algum comentário que era muito curioso na altura mas
que eu nem decorei, mais agora eu lembro que ele falou uma coisa dessas e eu
fiquei fascinado com aquilo, era uma visão, assim,
porque como um quadro a se ver, aquilo tinha uma tal riqueza anárquica, assim,
desestruturadora, realmente do espectador da fotografía que era assim só
comparado com a produção Dadá. Eu
adoro.
E aquela figura da Carmen Miranda ali, liga a Arte Pop de
Andy Warhol.
A foto tinha a ver com Dadá, do que qualquer outra coisa
da produção deles. Então aquilo
me deu uma impressão enorme…”
Dorival Caymmi, Carmen Miranda e Assis Valente |
"Ela
enchia uma casa de alegria" (Dorival Caymmi)
Hollywood, Walk of fame |
Carmen Miranda foi a primeira
"estrela" latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés
no pátio do Grauman's Chinese Theatre, Los Angeles, 24 de março de 1941.
Não conhecia a tal fotografia,nem sabia do acontecido.
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