viernes, 25 de septiembre de 2015

1973 - SUGAR CANE FIELDS FOREVER


Foto: Mário Luiz Thompson


“Campos de caña de azúcar para siempre”


 



Capa do disco: LUCIANO FIGUEIREDO E OSCAR RAMOS
Fotos: IVAN CARDOSO












 

 

 


Foto: Ivan Cardoso (3/11/1972)
1973 - CAETANO VELOSO
Participación Especial: EDITH OLIVEIRA 
6283 6234 / 10:00
Álbum "Araçá Azul"
Philips LP 6349 054, B-1.
CD 824.691-2, Track 7. 



 

 

 

 
2001 - CAETANO VELOSO 
BRMCA0100596 / 1'31”
Álbum “Noites do Norte ao Vivo” 
Gravado ao vivo, nos dias 15 de julho de 2001 no Direct TV Hall, São Paulo e 
06 e 07 de agosto de 2001 na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, Salvador. 
Universal Music 2 CD’s 04400165272, CD 1, Track 2. 
DVD 548362-9, Track 2. (2002)







O GLOBO 
Rio de Janeiro, 2/3/1978 

BAHIA: UM ESTADO DE ESPÍRITO 
A força do Recôncavo no samba-de-roda



Uma das mais apreciadas manifestações do folclore baiano, o samba-de-roda foi popularizado para todo o Brasil nas apresentações de artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa que tornaram algumas letras, que os baianos cantam há dezenas de anos, nacionalmente conhecidas.



E o caso de “Eu não sou daqui / Marinheiro Só/ Eu não tenho amor/ Marinheiro Só / Eu sou da Bahia / Marinheiro Só / de São Salvador...”



Folguedo coletivo como seu própio nome sugere, o samba-de-roda está intimamente ligado às tradições do Recôncavo – suas festas e lendas. Canta os mais diversos temas, quase sempre ingênuos e simples, embora algumas vezes não excluan o picante, capaz de fazer puritanos ficarem vermelhos.



“Canarinho da Alemanha / Quem matou meu curió / Canarinho da Alemanha / Cachoeira Tororó”.



Sambas como esses podem brotar a qualquer momento bastando que haja um grupo com agogô, atabaque e uma negra disposta a entrar na roda para requebrar. Só aí se sente a força lúdica dessa manifestação do folclore baiano. Na Praca Cairu, no Mercado Modelo, em qualquer praia onde haja uma colônia de pescadores, o samba-de-roda pode ser expontaneamente apreciado.


O samba-de-roda narra ainda o cotidiano do povo da Terra: “Eu trabalho o ano inteiro (bis) / Nas estivas de São Paulo / Só pra passar fevereiro em Santo Amaro”.

Pode ser visto ainda em espetáculos durante a temporada turística, no palco do Teatro Castro Alves, Vila Velha o Senac. Conjunto como “Viva Bahia”, “Oludumaré” e outros apresentan-se alternadamente oferecendo uma visão mais refinada – e até estilizada – do samba de roda. O Mercado Modelo é, entretanto, nos sábados pela manhã, o maior reduto para as rodas-de-samba. E nas letras as presenças de duas cidades que muito contribuíram para essa variação folclórica: Cachoeira e Santo Amaro.

“Quem quiser pimenta
Minha sabiá
Vá na pimenteira
Minha sabiá
Moça bonita
Minha sabiá
É de Cachoeira
É moça, minha sabiá
É moça, ça, ça, minha sabiá”

As letras do samba-de-roda são também transas com o mar, com os candombés. Com a capoeira e também com os bichos dos quintais do Recôncavo:

“Paturi tava sentado
Lá na beira da lagoa
Esperando a pata nova
Pra que lado ela avoa
Cho! paturi da lagoa
Cho! paturi da lagoa

Fala também das lavadeiras, da vida simples do povo, como nestes versos:

“O guarda diz que não quer/ a roupa no quarador (bis)
Meu Deus como vou quarar / quarar minha roupa”

E para encerrar, um samba-de-roda da melhor safra, gravado por Maria Bethânia:

“Sai, sai oh piaba / sai da lagoa / Bota as mãos nas cadeiras / outra na cintura / sai, sai oh piaba (bis) / Dá um remelexo no corpo / Dá uma umbigada na outra”
 






Música y letra: Caetano Veloso
© 1972 Gapa / Warner Chappell

Los versos se repiten y alternan con ritmos y cantos de sambas de roda del Recôncavo de Bahia, a cargo de Edith  Oliveira en voz y plato y Luciano Oliveira en atabaque y pandeiro.




Verdes mães
Verdes mães
Mães



[Samba de roda – Coro y palmas]
Paturi tava sentado
Lá na beira da lagoa
Esperando a pata nova
Pra que lado ela avoa
Cho! paturi, da lagoa
Cho! paturi, da lagoa





Cavalinho de flecha
Cavalinho de flecha
Cavalinho...



Cho! paturi, da lagoa
Cho! paturi, da lagoa



Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero
Eu quero



[Samba de roda – Coro y palmas]
O guarda diz que não quer
a roupa no quarador
Meu Deus como vou quarar
quarar minha roupa



Oi, quem não tem balangandãs
Oi, quem não tem balangandãs
Oi, quem não tem balangandãs
Oi, quem não tem balangandãs
Oi, quem não tem balangandãs




Sou um mulato nato                                      Oi, quem

No sentido lato                                              não tem

Mulato democrático do litoral                            balangandãs



Sou um mulato nato                                       Oi, quem

No sentido lato                                              não tem

Mulato democrático do litoral                            balangandãs



Sou um mulato nato                                       Oi, quem

No sentido lato                                              não tem

Mulato democrático do litoral                            balangandãs



Sou um mulato nato                                       Oi, quem

No sentido lato                                              não tem

Mulato democrático do litoral                            balangandãs



Sou um mulato nato                                       Oi, quem

No sentido lato                                              não tem

Mulato democrático do litoral                            balangandãs



Sou um mulato nato                                       Oi, quem

No sentido lato                                              não tem

Mulato democrático do litoral                            balangandãs





[Samba de roda – Coro y palmas]
Tô doente, bem doente
Da ferida no dente
Mandei chamar o barbeiro
Com a lanceta de ouro
Ferida no mesmo olho
Prumódi meus arengueiros
Eu fiquei sem meu amor



Vem, comigo no trem da Leste
Peste, vem no trem
Pra buranhem. Pra buranhem, pra buranhem-nhem-nhem 
(Se repite 26 veces)



Vem, comigo no trem da Leste
Peste, vem no trem
Pra buranhem. Pra buranhem, pra buranhem-nhem-nhem
Pra buranhem. Pra buranhem, pra buranhem-nhem-nhem 
(Se repite cerca de 80 veces)





[Samba de roda – Coro y palmas] 
Eu vim aqui foi pra vadiar
Eu vim aqui foi pra vadiar
Ô vadeia, vadeia, vou vadiar
Eu vi a pomba na areia
Ô vadeia, vadeia, tô vadiando
Eu vi a pomba na areia





Verde vênus
Verde vênus
Verde vênus



Eu vim aqui foi pra vadiar
Eu vim aqui foi pra vadiar
Ô vadeia, vadeia, vou vadiar
Eu vi a pomba na areia
Ô vadeia, vadeia, tô vadiando
Eu vi a pomba na areia





Vadeia, vadeia, vadeia
Vadeia vadeia, tô vadiando
Eu vi a pomba na areia
Eu vim aqui vou trabalhar
Eu vim aqui vou trabalhar



Ir, ir indo
Ir, ir indo
Ir, ir indo
Ir, ir indo



[Sambas de roda – Coro y palmas] 
Canarinho da Alemanha, quem matou meu curió?
Canarinho da Alemanha, quem matou meu curió?
Odiê, odiá
Odiê, odiá

A mulher tava no samba
A mulher tava no samba
Mas o homem quer levar
Odiê, odiá
Odiê, odiá

Eu trabalho o ano inteiro
Eu trabalho o ano inteiro
Na estiva de São Paulo
Só pra passar fevereiro em Santo Amaro

Eu trabalho o ano inteiro
Eu trabalho o ano inteiro 
Na estiva de São Paulo
Só pra passar fevereiro em Santo Amaro
Só pra passar fevereiro em Santo Amaro
Odiê, odiá
Odiê, odiá



Pra passar fevereiro em Santo Amaro
Só pra passar fevereiro em Santo Amaro
Só pra passar fevereiro em Santo Amaro
Pra passar fevereiro em Santo Amaro









6/5/2011 - Caetano fala sobre 'Araçá Azul', o álbum, gravado na volta do artista ao Brasil após o seu forçado exílio londrino, no Programa O Som do Vinil, apresentado por Charles Gavin, no Canal Brasil.


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