Prêmio Melhor Cantor |
02/06/2004 - Tatiana
Tavares, do Rio de Janeiro
A cerimônia, comandada por Regina Casé e Nelson Motta e transmitida ao vivo para Brasil e Portugal, tinha como uma espécie de "tema não oficial", o trabalho desenvolvido em comunidades carentes, como os grupos Dançando Para Não Dançar, Nós do Morro e Afroreggae, que abriu a noite cheio de suingue e hip hop, com a participação de MV Bill.
Entre os premiados, nenhuma grande novidade, a não ser o fato de que a festejada estréia da cantora Maria Rita só lhe rendeu uma das cinco estatuetas a que concorria, a de melhor cantora, desbancando Sandy, que levara o prêmio nos dois últimos anos. A filha de Elis Regina perdeu melhor CD para A procura da batida para A procura da batida perfeira, de Marcelo D2. Seu show perdeu para o dos mineiros do Skank e seu DVD para o do Jota Quest.
O Skank também levou a melhor música de 2003, com "Vou deixar", passando à frente de "A sorte", de Ivete Sangalo, que já se tornou até hino da torcida do Flamengo ("Poeira/poeira/poeira/levantou poeira"). Outra surpresa foi a categoria Revelação Grupo, que premiou Babado Novo, grupo de axé music baiano. Já como Revelação Solo, Pitty já era bastante esperada. O prêmio de melhor videoclipe ficou com Frejat, por "Túnel do tempo", reforçando a onda de clipes de animação que vem ganhando corpo no Brasil.
Para terminar, o melhor instrumentista foi Champinhon, baixista do Charlie Brown Jr - único prêmio da banda - e o melhor grupo foi Los Hermanos que, mais uma vez, preferiu manter seu ar cool e passou por antipático agradecendo quase ninguém - o início de vaia deixou claro que a galera que estava no Municipal queria mesmo era O Rappa. Na última categoria da noite, Caetano Veloso faturou como melhor cantor, não deixando que a equivocada indicação de Chorão desse ao vocalista do Charlie Brown gostinho algum.
Mas o melhor da noite, que teve apresentadores como Fernanda Abreu, Felipe Dylon, Toni Garrido e Marisa Monte e shows de Los Hermanos, Pitty e uma homenagem a Dorival Caymmi, ainda estava por vir. Uma homenagem a Herbert Vianna, que mostrou uma surpreendente recuperação [depois do acidente que vitimou sua esposa e quase o matou] e colocou os Paralamas do Sucesso novamente na estrada em novembro do ano passado. Além de uma minibiografia no telão, a Orquestra Imperial reforçada por Fernanda Abreu e Liminha, cantou alguns de seus maiores hits. Emocionado, Herbert agradeceu dizendo ser uma benção ter o público junto dele há mais de duas décadas.
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