"este, que é meu escrito a que atribuo
maior valor, entra na cena atual da vida política brasileira de modo
abrasivo".
Com lançamento previsto para o próximo dia 9 de
outubro, o volume Narciso em férias, editado pela Companhia das Letras (168
páginas, R$ 59,90), reúne o capítulo homônimo de Verdade tropical (1997), em
que Caetano Veloso relata os dias vividos no cárcere, além de uma compilação
dos documentos do processo aberto pela ditadura militar contra o cantor e
compositor. Para esta edição, Caetano escreveu um novo texto de apresentação.
[Mariana Peixoto, 5/9/2020]
Lançamento: 09/10/2020 Foto: Companhia das Letras / Reprodução |
Edição avulsa do capítulo de Verdade tropical sobre a ditadura
militar brasileira.
Apresentação
Na madrugada do dia 27
de dezembro de 1968, duas semanas depois de o governo decretar o AI-5, Caetano
Veloso e Gilberto Gil foram retirados dos apartamentos onde moravam, no centro
de São Paulo, e levados em uma caminhonete ao Rio de Janeiro. Conduzidos por
policiais à paisana, eles foram presos sem nenhuma justificativa.
Em Narciso em férias,
volume avulso do capítulo homônimo de Verdade tropical, Caetano Veloso relata o
impacto brutal que os 54 dias vividos no cárcere deixariam em sua vida -- não
apenas pela dimensão política, mas também pela perspectiva psicológica e
artística.
Esta edição inclui uma
seção com registros do processo aberto pela ditadura militar contra o cantor e
compositor. Esses documentos ficaram guardados no Arquivo Nacional e seriam
revelados ao artista pela primeira vez cinquenta anos mais tarde, em 2018. No
texto inédito de apresentação, Caetano Veloso anuncia: "este, que é meu escrito a que atribuo maior valor, entra na cena
atual da vida política brasileira de modo abrasivo".
Ficha Técnica
Capa: Claudia Warrak
Páginas: 168
Lançamento: 09/10/2020
Selo: Companhia das Letras
Fotos: Aline Fonseca [25/9/2020]
Setembro 2020 - Livraria da Travessa - Ipanema |
Creo que de esa experiencia de Caetano en la cárcel, nació la canción "Terra", un canto al planeta:
ResponderEliminar"Quando eu me encontrava preso
Na cela de uma cadeia
Foi que vi pela primeira vez
As tais fotografias
Em que apareces inteira
Porém lá não estavas nua
E sim coberta de nuvens...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?..."