lunes, 7 de octubre de 2019

2019 - OFERTÓRIO - Belo Horizonte









CAETANO VOLTA A BH COM OS FILHOS NO SHOW “OFERTÓRIO”

30/09/2019



Por Da Redação

Caetano Veloso e os filhos Moreno, Zeca e Tom estão de volta a BH com o elogiado show Ofertório, no dia 4 de outubro, sexta-feira, às XXh, no Km de Vantagens Hall.
O título “Ofertório” se refere a uma música canção feita especialmente para a missa de 90 anos de dona Canô, mãe de Caetano, e o repertório escolhido por seus filhos.

É claro que grandes sucessos como “O Leãozinho”, “Reconvexo” e “Alegria Alegria” não vão faltar, além de novas composições como “Todo Homem”, de Zeca Veloso.
“No show apresentaremos algumas dessas coisas que cresceram em nós, de nós. E canções minhas escolhidas por eles. “O Leãozinho”, que os filhos de tanta gente pedem, os meus não deixaram de pedir. E coisas como “Reconvexo” têm de estar ali confirmando a linhagem. Há clássicos de Moreno e canções novas de todos (inclusive minhas)”, explica Caetano.

A ideia do projeto foi pensada por Caetano numa homenagem à memória de sua mãe, falecida em 2012. O show também é dedicado às mães de seus filhos e ao amigo e parceiro de composições, Cézar Mendes.

“Há muito tempo tinha vontade de fazer música junto a meus filhos publicamente. Desde a infância de cada um deles gosto de ficar perto. Cada um é um. Sempre cantei para eles dormirem. Moreno e Zeca gostavam. Tom me pedia pra parar de cantar. Moreno e Tom já se profissionalizaram como músicos. Zeca, depois de passar parte da adolescência experimentando com música eletrônica, começou a compor solitariamente. Cantar com eles representa a celebração e a alegria, sem dar importância ao sentido social da herança”, comenta.

Em maio deste ano eles lançaram o CD e o DVD da turnê, que também estão disponíveis em todas as plataformas digitais.

“É um show familiar, nascido da minha vontade de ser feliz. Ter filhos foi a coisa mais importante da minha vida adulta. O que aprendi com o nascimento de Moreno – e se confirmou com as chegadas de Zeca e Tom – não tem nome e não tem preço. Creio que não somos uma família de músicos, como há tantas, dado o caráter comprovadamente genético do talento musical, mas seguramente somos músicos de família”, finaliza.




BH explode aos gritos de "Lula" em show de Caetano Veloso

Assista a um coro impressionante por Lula no show de Caetano Veloso neste sábado em Belo Horizonte

5 de outubro de 2019


Milhares de pessoas cantaram a plenos pulmões o refrão "Olê, olê, olê, olá. Lula, Lula". Foi durante show de Caetano Veloso na noite desta sexta-feira (4/10) em Belo Horizonte.



FAZENDA
Nelson Ângelo

1976

Água de beber
Bica no quintal
Sede de viver tudo
E o esquecer era tão normal
Que o tempo parava
E a meninada
Respirava o vento
Até vir a noite
E os velhos falavam coisas dessa vida
Eu era criança, hoje é você
E no amanhã, nós

Água de beber
Bica no quintal
Sede de viver tudo
E o esquecer era tão normal
Que o tempo parava
Tinha sabiá, tinha laranjeira
Tinha manga-rosa
Tinha o sol da manhã
E na despedida
Tios na varanda
Jipe na estrada
E o coração lá
Tios na varanda
Jipe na estrada
E o coração lá


metrojornal
Caetano Veloso celebra projeto musical com os filhos: 'Para mim é só felicidade'
Por Alex Ferreira - Metro Belo Horizonte
Segunda, 07 outubro 2019



Setembro 2017 - Foto: Jorge Bispo

Um dos artistas mais celebrados e influentes da música brasileira, Caetano Veloso tem status raro na cultura nacional. Comparado a Bob Dylan por sua poética intensa, caleidoscópica e universal, ele foi arquiteto e personagem decisivo de momentos sublimes da MPB, como na construção do movimento Tropicalista, nos anos 1960, verdadeiro tsunami artístico que reverbera até hoje dentro e fora do Brasil.

Acostumado a encabeçar projetos inusitados, o compositor roda o Brasil com a turnê “Ofertório”, na qual se apresenta ao lado dos filhos Moreno, Zeca e Tom. Feito com a intenção de celebrar as relações familiares, o projeto nasceu de uma canção que Caetano fez para a missa de 90 anos de sua mãe, Dona Canô.


Como enxerga o momento atual da música no mundo, quando as plataformas digitais servem de veículo para novos artistas e expressões?
Fui acostumado a ouvir canções no rádio, depois a comprar discos. Quando me profissionalizei, gravei LPs e CDs. Houve muitas mudanças. Até os anos 1960, quem era famoso no Brasil era famoso para todos e o número de grandes celebridades era pequeno. Hoje, com a internet, tudo se multiplicou. Há gêneros e artistas muito amados por públicos específicos e às vezes desconhecidos dos outros públicos. Ao longo da vida, me aproximei de estilos diferentes, passeando horizontalmente no tempo e no espaço, desrespeitando muitos critérios verticais de hierarquia do gosto. Continuo assim. As plataformas digitais não são meu ambiente natural. Mas me excita olhar de relance para coisas que aparecem nesse mundo virtual. Há democratização da produção e discriminação do consumo, com os algoritmos escolhendo para você o que você supostamente espera.

2010 - Foto: John Shearer/Getty Images


O artista popular ainda exerce papel de importância nos processos de mudança social como no passado?
Não sei julgar isso. Um vídeo de música pode influir muito fortemente por um curto tempo. Mas também figuras capazes de permanência se formam e se fixam. Acho difícil dizer que a música (popular) como expressão artística tornou-se banal e pobre de conteúdo se aparece alguém como Thiago Amud, fenômenos como o funk produzem Ludmilas e Anittas, sertanejos mostram vozes afinadas e o axé ressurge em Baiana System. Além de Tuzé Abreu lançar disco rigoroso e inspirado, Djavan e Gil seguirem fazendo coisas bonitas e o Baile da Gaiola acelera a cena.

Você apostou em um som direto, rico e cru à frente da Banda Cê. Agora, está com esse projeto musical ao lado dos seus filhos. Essas propostas são uma “passagem de bastão”?
Para mim é só felicidade. Tomara que seja também passagem de alguma coisa boa para o futuro de Pedro Sá, Ricardo Dias Gomes, Marcelo Callado, Moreno, Zeca e Tom – e para o futuro do Brasil e da música.

Muito da história recente do Brasil foi explorado nas suas letras. A música pode seguir sendo um campo aberto para uma reflexão abrangente sobre o mundo ao nosso redor?
Ah, isso sim. A música, a canção, serve para isso tudo que você listou e muito mais.


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