jueves, 25 de octubre de 2018

2018 - ATO DA VIRADA







23/10/2018
Haddad faz ato da virada no Rio com Chico e Caetano e reúne multidão nos Arcos da Lapa

Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Caetano Veloso, Chico Buarque, Mano Brown e mais 70 mil pessoas com Haddad no Rio

A virada da democracia começa nos Arcos da Lapa
23 de outubro de 2018

Fernando Haddad, o candidato da democracia, foi abraçado por milhares de pessoas nos Arcos da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (23/10). Ao lado de sua vice, Manuela D’Ávila, e de sua esposa, Ana Estela Haddad, nosso candidato foi recebido por Chico Buarque, Caetano Veloso, Antônio Pitanga, Leonardo Boff, Marieta Severo, Criolo, Mano Brown e mais 70 mil pessoas.





Jornal do Brasil - Foto: Bruno Kaiuca

Fernando Haddad participa de comício no Rio com a vice Manuela D'avila e os compositores Chico Buarque e Caetano Veloso - Foto: RICARDO MORAES / REUTERS

Arcos da Lapa, Rio de Janeiro; Chico Buarque, Manuela D'Avila, Fernando Haddad e Caetano Veloso - Foto: Bruno Kaiuca / Jornal do Brasil







VEJA

24 out 2018

Ao lado de Haddad, Mano Brown critica PT e diz que não espera virada

Evento foi organizado para demonstrar apoio da classe artística à candidatura de Fernando Haddad à Presidência da República

Por Redação


Caetano Veloso, Mano Brown, Fernando Haddad e Chico Buarque em ato de artistas em apoio ao presidenciável do PT, no Rio - 23/10/2018 (Ricardo Stuckert/Divulgação)


Em ato para demonstrar apoio da classe artística à candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República, na noite desta terça (23/10), no Rio, o rapper Mano Brown criticou o clima de festa e culpou a falha de comunicação do partido com os eleitores das classes populares pela eventual eleição de Jair Bolsonaro (PSL), que considera definida.

“Falar bem do PT para a torcida do PT é fácil. Tem uma multidão que não está aqui que precisa ser conquistada”, disse o cantor e compositor no palco montado nos Arcos da Lapa, ponto turístico do bairro boêmio do Centro da cidade.

“Não tá tendo (sic) motivo para comemorar. Tem, sei lá, quase 30 milhões de votos para alcançar. Não temos nem expectativa nenhuma para alcançar, para diminuir essa margem. Não estou pessimista, estou realista”, disse ele. “Se em algum momento a comunicação do pessoal aqui falhou, vai pagar o preço. Porque a comunicação é a alma. Se não está conseguindo falar a língua do povo vai perder mesmo”, afirmou. “Se nós somos o Partido dos Trabalhadores, tem que entender o que o povo quer. Se não sabe, volta pra base.”

“Não vim aqui para ganhar voto, porque eu acho que já está decidido”, completou.

Presente no evento, o cantor e compositor Caetano Veloso, apoiou o colega: “Eu acho que a fala de Mano Brown é muito importante, porque traz a complexidade do nosso momento”. Além deles, Chico Buarque também estava no comício.

Ao discursar, Haddad disse que entendia e respeitava as críticas de Brown. “O que ele disse é sério”, afirmou, defendendo que é preciso “dar razão” às pessoas que estão votando no rival não porque confiam nele, mas porque “estão desesperadas”. “Temos que, nesta semana, abraçar essas pessoas, que sempre estiveram conosco”, afirmou o petista.

Apesar da fala de Brown, Haddad deu um tom otimista para a reta final da campanha eleitoral. No encerramento do evento, o petista disse sentir, “desde ontem (segunda-feira)”, um clima de “virada” no ar, defendeu que se “abrace” o eleitor de baixa renda que sempre votou no PT.

A mais recente pesquisa Ibope, divulgada na noite desta terça, mostrou que diferença entre os dois presidenciáveis caiu quatro pontos porcentuais. Além disso, a rejeição ao capitão da reserva subiu enquanto a convicção de votos diminuiu.

“Vamos ganhar a eleição. Não tenho dúvida”, afirmou o ex-prefeito de São Paulo. “Bolsonaro disse em discurso transmitido na Avenida Paulista no domingo que, depois das eleições, eu teria dois destinos: a prisão ou o exílio. Resolvi derrotar Jair Bolsonaro no domingo”, disse.




Em comício no Rio, Mano Brown critica PT e é defendido por Chico e Caetano


Rapper disse não gostar de 'clima de festa' e chegou a ser vaiado por parte do público 


Chico Buarque e Caetano Veloso durante ato em apoio a Fernando Haddad (PT) no Rio de Janeiro. Eles defenderam o rapper Mano Brown (ao fundo) de críticas feitas ao partido - Mauro Pimentel/AFP
O rapper Mano Brown quebrou o clima festivo do comício de Fernando Haddad na noite desta terça (23/10). Em um discurso de pouco mais de três minutos, ele disse achar que a eleição já estava decidida e disse que se o PT "não conseguiu falar a língua do povo, tem que perder mesmo". Diante de Fernando Haddad, ele criticou a falha de comunicação da campanha.

"Vim apenas me representar. Não gosto de clima de festa. A cegueira que atinge lá, atinge aqui também. Isso é perigoso. Não tá tendo clima pra comemorar", disse o cantor, que calou o público nos arcos da Lapa.

"Tá tendo quase 30 milhões de votos pra tirar. Não estou pessimista. Sou realista. Não consigo acreditar, pessoas que me tratavam com carinho se transformaram em monstros. Se em algum momento a comunicação falhou aqui, vai pagar o preço. A comunicação é a alma. Se não conseguir falar a língua do povo, vai perder mesmo.

Falar bem do PT para torcida do PT é fácil. Tem uma multidão que precisa ser conquistada ou vamos cair no precipício. Tinha jurado não subir no palanque de mais ninguém", acrescentou Brown.

O rapper chegou a ser vaiado por parte do público, mas foi até o final.
"Não vim aqui ganhar voto. Acho que já tá decidido. Se errou, tem que pagar mesmo", afirmou o cantor.

"Não gosto do clima de festa. O que mata a gente é o fanatismo e a cegueira. Deixou de entender o povão, já era. Se somos o Partido dos Trabalhadores, tem que entender o que o povo quer. Se não sabe, volta pra base e vai procurar entender. As minhas ideias são essas. Fechou", completou.

O público ensaiou uma vaia à fala de Mano Brown. Caetano Veloso pegou o microfone e saiu em defesa do rapper.

Segundo Caetano, o discurso de Brown representa a complexidade do momento. Caetano disse que o país vive a "imbecilização da sociedade" e concordou com Brown que não seria hora de festa. "A fala do Mano traz a complexidade do momento".

O Brasil tem sido bombardeado há décadas por discursos de sociólogos que usam palavrões em suas análises e apostam na imbecilização da sociedade. Temos que encontrar meios de dizer a esses eufóricos [eleitores do Bolsonaro] do perigo à democracia. Me oponho a 'cafajestização' do homem brasileiro", disse. Caetano declarou apoio a Haddad na semana passada após ter declarado voto em Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno.

Chico Buarque também aproveitou seu discurso para defender Mano Brown. Segundo o cantor, ele entende o sentimento de Brown, mas afirmou que ainda acredita na vitória de Haddad no segundo turno.

"Eu entendo o Mano Brown, tendo a concordar, sei que vai ser difícil, mas eu ainda acredito ser possível", disse.

Chico disse que pode ocorrer de pessoas que votaram em Bolsonaro no primeiro turno se sensibilizem com discursos agressivos do capitão da reserva e episódios de violência política nas últimas semanas.

"Talvez aqueles eleitores que votaram em Bolsonaro, os chamados coxinhas, se sensibilizem com essa onda de boçalidade, com morte de gays, trans, travestis, mulheres, negros e capoeiras. Quem sabe o povo pobre, que votou em Bolsonaro, contra si mesmo porque a proposta dele vai contra essas pessoas, mude de ideia na hora do voto. Não queremos mais mentira, não queremos mais a força bruta. Queremos Fernando e Manuela", disse ele, seguido de gritos de "eu acredito" do público. 

Com informações da Folhapress.




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