Composição:
Caetano Veloso
Preta chique, essa preta é bem linda
Essa preta é muito fina
Essa preta é toda a glória do brau
Preta preta, essa preta é correta
Essa preta é mesmo preta
É democrata social racial
Ela é modal
Tem um Gol que ela mesma comprou
Com o dinheiro que juntou
Ensinando português no Central
Salvador, isso é só Salvador
Sua suja Salvador
E ela nunca furou um sinal
Isso é legal
E eu e eu e eu e sem ela
Nobreza brau
Preta sã, ela é
filha de lansã
Ela é muito cidadã
Ela tem trabalho e tem carnaval
Elegante, ela é muito elegante
Ela é superelegante
Ela é superelegante
Roupa Europa e pixaim Senegal
Transcendental
Liberdade, bairro da Liberdade
Palavra da liberdade
Ela é Neide Candolina total
E a cidade, a baía da cidade
A porcaria da cidade
Tem que reverter o quadro atual
Pra lhe ser igual
E eu e eu e eu sem ela
Nobreza brau, nobreza brau
Luciana Oliveira lança
releitura de “Neide Candolina”
Por Felipe Galvão
29/06/2017
Foto: Divulgação |
Luciana Oliveira lançou, na última sexta-feira
(23), uma releitura da faixa “Neide Candolina” (1991) do Caetano Veloso. A
música ganhou uma roupagem que caminha pelo R&B e neosoul com participações
de Fióti e Xênia França acompanhando a cantora nos vocais.
“A canção exalta a nobreza brown. Vivemos tempos de muita discussão em torno das questões raciais e uma música que enaltece a negritude, trazendo adjetivos positivos, contribui para a construção e afirmação da nossa identidade. Daí veio a ideia de convidar a Xênia França e o Fióti, dois nomes fortes da atualidade, artistas negros, politizados, com trajetórias muito singulares e acho que isso somou ainda mais para essa afirmação”, conta Luciana.
A música fará parte da tracklist do álbum “Deusa do Rio Níger” que será lançado em breve. Segundo a artista, o álbum terá faixas poderosas que irão falar sobre representatividade e discussão de questões raciais.
“A canção exalta a nobreza brown. Vivemos tempos de muita discussão em torno das questões raciais e uma música que enaltece a negritude, trazendo adjetivos positivos, contribui para a construção e afirmação da nossa identidade. Daí veio a ideia de convidar a Xênia França e o Fióti, dois nomes fortes da atualidade, artistas negros, politizados, com trajetórias muito singulares e acho que isso somou ainda mais para essa afirmação”, conta Luciana.
A música fará parte da tracklist do álbum “Deusa do Rio Níger” que será lançado em breve. Segundo a artista, o álbum terá faixas poderosas que irão falar sobre representatividade e discussão de questões raciais.
"Achei a releitura maravilhosa. Em todos os
sentidos. Fico honradíssimo com a escolha dessa minha música por uma cantora
tão boa. Principalmente me assombro com a coincidência de eu estar pensando
muito nessa canção recentemente. Aí vem essa gravação deslumbrante, com Luciana
cantando divinamente, num relaxamento perfeito, amparada por produção
contemporânea, com a presença de Fióti, da lindíssima Xênia França. Isso me
encantou e me animou a procurar mesmo o caminho composicional que ando buscando
dentro de minha cabeça. Foi quase miraculoso, quase um caso de
sincronicidade".
[Caetano Veloso, julho de 2017]
Ficha Técnica:
Produção
Musical e arranjos: Caê Rolfsen
Luciana
Oliveira, Xênia França e Fióti: voz
Caê
Rolfsen: Rhodes, guitarra e programação
Lucas
Martins: Baixo
Sérgio
Machado: Bateria
Maurício
Badé: Percussão
Paulo
Viveiro: Trompete
Anderson
Quevedo: Sax Tenor e Barítono
Jaziel
Gomes: Trombone
Direção
de arte e motion design: Oga Mendonça
Fotografia:
Camila Cornelsen
Light
design: Camilla Laurent
Stylist:
Suyane Ynaya
Maquiagem:
Carol Romero
Produção
executiva: Ciça Pereira
Assessoria
de imprensa: Bianco assessoria
2017 - LUCIANA OLIVEIRA
com
Xênia França e Fióti
Álbum “Deusa do Rio Níger”
2017 – LUCIANA OLIVEIRA
Participação Especial: XÊNIA FRANÇA e FIÓTI
Álbum “Deusa do Rio Níger”
Ponto4 Digital, CD, Track 3.
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