Inédita.
Presentada el 20 de agosto de 2015 en San Pablo, Citibank Hall.
Primer show de la temporada paulista de "Dois amigos, um século de música".
"... Agora vamos cantar a mais nova. Terminamos de fazer de madrugada. Ainda mal sabemos, mas é a canção inédita que vamos lançar aqui agora". (*)
(Caetano Veloso, 20/8/2015)
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Autores: Caetano Veloso e Gilberto Gil
© 2015
© 2015
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
Nas lapelas
Vimos as tristes colinas logo ao sul de Hebron
Rimos com as doces meninas sem sair do tom
O que fazer chegando aqui
As camélias do Quilombo do Leblon brandir
Somos a Guarda Negra da Redentora
Somos a Guarda Negra da Redentora
Somos a Guarda Negra da Redentora
As camélias da segunda abolição
As camélias da segunda abolição
As camélias da segunda abolição
As camélias
As camélias da segunda abolição
As camélias da segunda abolição
As camélias da segunda abolição
Cadê elas?
Somos assim, capoeiras das ruas do rio
Será sem fim o sofrer do povo do Brasil?
Nele, em mim, vive o refrão
As camélias da segunda abolição virão
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
Nas lapelas
Vimos as tristes colinas logo ao sul de Hebron
Rimos com as doces meninas sem sair do tom
O que fazer chegando aqui
As camélias do Quilombo do Leblon brandir
Somos a Guarda Negra da Redentora
Somos a Guarda Negra da Redentora
Somos a Guarda Negra da Redentora
As camélias da segunda abolição
As camélias da segunda abolição
As camélias da segunda abolição
As camélias
As camélias da segunda abolição
As camélias da segunda abolição
As camélias da segunda abolição
Cadê elas?
Somos assim, capoeiras das ruas do rio
Será sem fim o sofrer do povo do Brasil?
Nele, em mim, vive o refrão
As camélias da segunda abolição virão
(*) Es la 18a. canción compuesta por ambos despues de 1993.
“…
Laura Fernandes:
No DVD Dois Amigos, Um Século de Música
você comenta que o repertório vai da música mais antiga, De Manhã (1963) até a
recente As Camélias do Quilombo do Leblon, feita para o show após a turnê
internacional. O que o inspirou?
Caetano Veloso: Fazia já um bom
tempo, eu tinha lido um artigo de Eduardo Silva sobre o Quilombo do Leblon e
suas camélias, que se tornaram o símbolo do movimento abolicionista. Antes de
ir para a Europa, li A História da Princesa Isabel, de Regina Echeverria e
Brasil, Uma Biografia, de Lilia Schwarcz e Heloísa Starling, livros onde há
referência a esse quilombo. De volta da Europa, me veio à cabeça, enquanto
tomava banho em minha casa de Salvador, fazer uma canção sobre o tema. A
sonoridade percussiva das palavras “as camélias do quilombo do Leblon” me
sugeriram a frase melódica, a primeira parte. Esbocei uma segunda parte
parecida com No Tabuleiro da Baiana, de Ary Barroso (1903-1964). Fui à casa de
Gil e mostrei o que tinha feito, pedindo que ele refizesse a segunda parte sem
abandonar de todo a parecença com a música de Ary. Ele fez isso e ainda
arrematou com a frase final. Nós adoramos essa música. Ela fala desse episódio
bonito de nossa história (que não nos ensinam nas escolas!), comenta os
caminhos do samba, encontra sentido na rima de Leblon com Ebron, ao comentar a
passagem pela Cisjordânia, e conclama o ouvinte à realização da Segunda
Abolição. ...”
(21/12/2015, Correio, Salvador)
SILVA,
Eduardo. As camélias do Leblon e a abolição da escravatura - Uma
investigação de história cultural.
São Paulo: Companhia
das Letras, 2003, 136 págs.
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