"... O axé tem como marco inaugural a música Fricote, de Luiz Caldas, que "estourou" primeiro na Bahia, conquistando posteriormente todo o país no ano de 1985. Ainda na década de 1980, outros artistas ganharam visibilidade nacional. No entanto, em 1990, o gênero ficou ainda mais forte e consolidado com o sucesso do hit "Canto da Cidade", de Daniela Mercury. ..." (15/2/2015, Fernanda Oliveira).
ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO
"Sei que o momento é de celebrar os 30 anos do axé, mas é importante registrar que nada surge sem vir de algum lugar. Essa música de Caetano Veloso, de 1969, conseguiu não só captar o som do trio elétrico (invenção da dupla baiana Dodô & Osmar), como também é uma antecipação do caminho festivo que a música baiana tomaria em maiores proporções duas décadas depois. Além disso, serviu para popularizar o termo 'trio elétrico' (maior símbolo do axé music) em todo o país", explica Lucas Cunha. (15/2/2015)
"Não me vejo mais cantando
essa musica sem o Olodum", exaltou Caetano Veloso nos bastidores da
gravação do especial Globo de Ouro Palco Viva Axé, em Salvador, após cantar com
Gilberto Gil e integrantes do bloco afro a musica "Nossa Gente",
aquela do refrão "Avisa lá, avisa lá que eu vou".
O programa em homenagem aos 30 anos do axé vai ao ar no Canal Viva no dia 19 de outubro. (16/8/2015)
O programa em homenagem aos 30 anos do axé vai ao ar no Canal Viva no dia 19 de outubro. (16/8/2015)
Segunda, 17 de Agosto de 2015.
Caetano e Gil homenageiam vozes negras do início da axé music
em show no Palco Viva
por Lucas Cunha
“Nossa
gente”. Foi com essa frase que Caetano Veloso encerrou ao lado amigo e parceiro
Gilberto Gil a apresentação que fizeram na noite desse domingo (16) no palco do
Teatro Castro Alves, como parte das gravações do especial “Globo de Ouro -
Palco Viva Axé”, que presta homenagem aos 30 anos da axé music. “Nossa Gente” é
o título oficial da música mais conhecida como “Avisa Lá”, canção lançada em
1992 pelo Olodum composta por Roque Carvalho e imortalizada na voz de Germano
Meneghel (morto em 2011), posteriormente regravada por muitos artistas baianos
e nacionais.
Mas
parecia que a “Nossa Gente” a quem Caetano se referia eram os seis músicos do
Olodum que acompanharam os pais da Tropicalia durante o show, no mais nobre
palco da capital baiana, em uma referência a musicalidade de blocos e artistas
negros, que deram às células rítmicas base para a “música de carnaval baiana”
que originou a axé music. A gravação no TCA foi rápida: bastaram dois takes
para Caetano, Gil e os músicos do Olodum gravarem a versão oficial, que vai ao
ar em uma das seis apresentações que serão exibidas a partir do dia 19 de
outubro no canal fechado VIVA.
Já
na primeira, todos pareciam estar em casa, apesar de, segundo informações de
bastidores, Caetano não ter participado dos ensaios. Nem precisou. “Ficou bom
assim, né? Vamos lá, então.Agora, para valer”, disse Gilberto Gil ao fim do
primeiro take, praticamente um ensaio ao vivo. E o público se animou ainda
mais, nem parecendo que tinham acabado de ouvir a mesma.
Foto: João Franco |
Antes, Caetano também entrou sozinho para cantar
outro sucesso da axé music, composto por outra voz negra da música baiana:
“Meia-Lua Inteira”, gravada em 1989 no disco “Estrangeiro” pelo próprio Caetano
e composta pelo, à época, ainda desconhecido - em nível nacional - Carlinhos
Brown, que foi percussionista de Caetano nesta época. A música ganhou destaque
nacional por meio da trilha da novela “Tieta”, que ainda tinha outro integrante
da axé music, Luis Caldas, cantando o tema de abertura do folhetim da TV Globo.
Assim como aconteceu em “Nossa Gente (Avisa Lá)”, dois takes foram suficientes
para a gravação. No primeiro, a voz de Caetano chegou a apresentar algumas falhas
e o público - e o próprio Caetano - não parecia tão empolgado, com a plateia
mais preocupada em tirar ‘selfies’ do que curtir o show. O próprio Caetano
parece ter percebido isso e, após uma entrada apenas com um sorriso discreto,
saldou o público que o aguardava. “Muito bom ter vocês aqui. Vamos ter que
fazer de novo, porque minha voz não ficou muito boa e também tiveram umas
falhas na tela (com a letra). Mas acho que ainda lembro dela", disse,
arrancando risadas do público. Na segunda tentativa, o santamarense de 73 anos
mostrou vitalidade de menino e contagiou o público presente no TCA. A produção
liberou e a maioria do público do TCA (que ocupava apenas a parte de baixo do
teatro) foi para frente do palco, tirar mais fotos e ‘selfies’ com Caetano ao fundo,
mesmo com os pedidos da produção para não tirar fotos durante a apresentação.
Caetano Veloso e Gilberto Gil voltam a cantar juntos em Salvador, dessa vez em
show completo, ainda em 2015, em data e local a confirmar, como parte de sua
turnê “Caetano & Gil - Dois Amigos, Um Século de Música". A turnê
estreia no Brasil, após shows pelo exterior, nos próximos dias 20 e 21 de
agosto, em São Paulo.
Gilberto Gil e Caetano Veloso celebram os 30 anos
de axé
Cantores gravaram neste domingo, 16,
participação no programa ‘Globo de ouro’ no Teatro Castro Alves, em Salvador,
na Bahia.
Felipe Souto Maior / do EGO, em Salvador
Fotos: Felipe Souto Maior
A noite deste domingo 16,
certamente foi inesquecível para Gilberto Gil, Caetano Veloso e a banda
percussiva Olodum, que juntos fizeram um encontro histórico durante a gravação
do programa “Globo de ouro”, do canal Viva, no Teatro Castro Alves, em Salvador.
Os mestres da MPB foram
ovacionados por 400 convidados que lotaram o teatro para conferir a performance
da música "Nossa gente", para celebrar os 30 anos do axé. "Eu
amo todo esse movimento do axé", disse Caetano emocionado no backstage.
Quem também participou da
gravação foi Levi Lima, líder da banda Jammil, “O maior propósito da música
baiana é alegrar”, afirmou o cantor após participar das gravações. Ao som de
“Colorir papel”, seu primeiro sucesso nacional nesses quatro anos no comando do
Jammil.
“Participar do ‘Globo de ouro’
e contribuir para o repertório do axé e sua história é uma grande honra e uma
realização dupla: como compositor e intérprete. O Jammil, sem dúvidas, escreveu
muitas páginas dessa história. A música baiana tem um flerte natural com a
alegria e pode cumprir tal papel tanto em linguagem mais carnavalesca e
irreverente, quanto em linguagem poética sempre rica em ritmo e melodia. Aqui
as influências se abraçam e formam uma grande criação coletiva regada pelo
sorriso”, disse Levi.
19/02/2015
Telma
Alvarenga: história dos 30 anos da axé music é registrada em documentário
Telma Alvarenga (com Priscila Borges e Giuliana
Mancini)
(telma.alvarenga@redebahia.com.br)
Pensa
que, com o fim do Carnaval 2015, terminaram as comemorações pelos 30 anos da
axé music? Que nada. Uma turma trabalha nos bastidores para imortalizar essa
história em um documentário. Gilberto Gil, Luiz Caldas e Márcio Victor estão
entre os artistas que já deram entrevistas, falando sobre o gênero que nasceu
na Bahia, ganhou o mundo e, como se viu nos seis dias de folia, continua firme
e forte.
O
projeto é da produtora baiana Macaco Gordo, de Chico Kertész, que assina a
direção do filme.
A
produção executiva é de Piti Canela. Fausto Franco também participa, como
coprodutor.
Gilberto Gil |
Márcio Victor (Banda Psirico) |
21/3/2015
Caetano
Veloso na Uns Produções e Filmes gravando depoimento para o documentário da Macaco Gordo
sobre os 30 anos do Axé Music, que também terá participação de Gilberto Gil, e Banda
Psirico.
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