lunes, 20 de julio de 2015

1995 - MINHA SEREIA RAINHA DO MAR










Minha sereia rainha do mar
Minha sereia rainha do mar 

O canto dela faz admirar 
O canto dela faz admirar
[Dorival Caymmi]



O tempo é biológico. O tempo
é feito pelo ritmo do metabolismo.

O tempo é o desdobramento
do proceso celular.

É a transcrição de proteína.
A construção da membrana.

O transporte de materiais.
O tempo é um fenómeno criado

pela propia vida. Tempo.
temperatura e estado atmosférico

são todos relacionado através
do conceito de mudança.

Eles são de fato
a variedade da mudança.

TROVOADA

Eu acho que o conceito
De causa e efeito, ação e reação

conduz nossas sociedades
No mundo industrializado.

Mas nos deu uma
visão distorcida do tempo.







O coração batendo é a

origem de toda a música,



é a origem do tempo, da

nossa noção de tempo,



é a origen do ritmo em

todas as atividades humanas.



E o tambor, o bater do

tambor, é a espressão física



e representação

do coração batendo.



1995 
TROVOADA 
16' 54"
Documentário / Curta-metragem
Filmado em Hi-8


Direção, Produção e Fotografia: CARLOS NADER (São Paulo SP, Brasil, 1964)

Edição: SERGIO MEKLER

Produção Adicional: SUSAMA JEHA, MARCIA DE SOUZA, PAULO MARCIO GRANCA, QUERINO MARQUES
Agradecimento Especial: TITI CIVITA
Agradecimento: LUIZ ZERBINI, MONIQUE GARDENBERG, MARIA HELENA REIS, REGINA CASÉ, WALY SALOMÃO
Som e Imagem de Bill Viola sampleado do vídeo “Território do Invisível” de Marcelo Dantas e Carlos Nader
UMA CO-PRODUÇÃO 1995 MAGNETOSCÓPIO E CAOS
GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULO
SECRETARIA DA CULTURA
PRÊMIO ESTIMULO DE VIDEOTAPE 1993




Sinopse: 
Por meio de uma estrutura associativa como a da mente humana e depoimentos de Bill Viola (artista visual americano), Waly Salomão e Antonio Cicero, o vídeo trata da sensação do tempo.


- Waly Salomão durante a festa de Iemanjá em fevereiro, em Salvador.

- Caetano Veloso participa cantarolando Minha sereia rainha do mar. Ele nos viu na praia e acabou descendo do morro para bater papo. Mas a música principal de Trovoada é uma missa de vaquejada, cantada no Norte para chamar chuva.

(A chuva chove molhando a face da terra, / a névoa subindo a serra, vai dar outra trovoada)

- O filósofo Antônio Cícero escrevia O Mundo desde o Fim, quando Nader o filmou.“O libro, baseado numa filosofía de lógica bem occidental, no fundo, bate com algunas idéias de Ibn’Arabi”, explica Nader.

 
 


 

9/9/2010

Flavia Almeida / Fotos: Ag. News
Fernanda Montenegro e Caetano Veloso reverenciam o poeta Waly Salomão, em livraria

Os artistas prestigiaram o lançamento do documentário Pan-Cinema Permanente


 

A livraria da Travessa, no Shopping Leblon, na Zona Sul do Rio, ficou agitada na noite de quarta-feira (8). Na ocasião, foi lançado o DVD do documentário Pan-Cinema Permanente, sobre o falecido poeta Waly Salomão. Dirigido por Carlos Nader, a obra foi comemorada com um bate-papo com o público, com a participação de Antônio Cícero, Caetano Veloso, Omar Salomão, Fernanda Montenegro e participação especial do grupo AfroReggae.



Waly não só acreditava, mas vivia na prática a idéia de que a vida é uma grande ficção, um teatro, um Pan-Cinema Permanente (título do poema que ele dedicou a Carlos Nader). O poeta baiano com tendência a encenar a vida, de personalidade performática, foi registrado por mais de 14 anos pelo diretor e amigo Carlos Nader, até dar origem a este documentário poético e emocionante.



O documentário tem como extras a faixa comentada pelo diretor Carlos Nader, o documentarista João Moreira Salles e o crítico Carlos Alberto Mattos; reúne também trechos de entrevistas inéditas com Arto Lindsay, Duncan Lindsay, Gilberto Gil, Heloisa Buarque de Hollanda, Jards Macalé, Jorge Salomão, Luiz Melodia e Maria Bethânia; e inclui o curta Trovoada, de Carlos Nader, com Waly Salomão.





"Vi o filme antes e achei maravilhoso. O bom de sair em DVD é que mais gente pode ter. Conheci o Waly quando era adolescente. Além de ser meu amigo, ele tinha uma mente brilhante. Foi uma pessoa especial e esse filme é genial", disse Caetano.




 

"Documentário sobre o poeta baiano Waly Salomão, para quem a vida era um filme de ficção e a poesia uma ferramenta para desmascarar qualquer pretensão naturalista. Essa convicção influenciou profundamente amigos, como Antonio Cícero, Caetano Veloso e também o diretor deste documentário, Carlos Nader, que filmou Waly por quase 15 anos. Mas como fazer um documentário sobre alguém que acreditava que tudo é ficção?"


* Faixa comentada com o diretor Carlos Nader
* Trechos de entrevistas inéditas com Arto Lindsay, Duncan Lindsay, Gilberto Gil, Heloisa Buarque de Hollanda, Jards Macalé, Jorge Salomão, Luiz Melodia e Maria Bethânia
* Curta Trovoada, de Carlos Nader, com Waly Salomão










9/9/2010

Caetano Veloso foi até a Livraria da Travessa do Shopping Leblon, nessa quarta-feira, para participar do lançamento de “Pan-cinema permanente”, filme dirigido por Carlos Nader sobre Waly Salomão.

Caetano Veloso foi até a Livraria da Travessa do Shopping Leblon, nessa quarta-feira, para participar do lançamento de "Pan-cinema Permanente", filme dirigido por Carlos Nader sobre Waly Salomão.

* "Waly era uma grande figura, que eu conhecia desde adolescente, meu amigo, e, mesmo assim, sempre me surpreendia. Uma pessoa brilhante, perspicaz e engraçada. E o filme do Carlinhos ficou maravilhoso."

* Fernanda Torres, que foi com a mãe, Fernanda Montenegro, contou como conheceu o artista. "Eu tinha cantado ‘Vapor Barato’ em ‘Terra Estrangeira’ [em 1996], mas fui ficar amiga do Waly quando meu filho Joaquim era pequeno e eu passeava com ele no Jardim Botânico, aqui no Rio. Na mesma época, Waly se recuperava de um problema de saúde e andava lá todo dia. Uma figura encantadora e extraordinária, cheia de tiradas, um amigo que ficou na vontade".

* Em tempo: o AfroReggae, que tem um centro cultural que leva o nome do artista, fez uma apresentação de tirar o fôlego, que parou o shopping, com percussionistas, malabaristas, contorcionistas e dançarinos.











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