viernes, 23 de enero de 2015

1980 - CERTAS PALAVRAS COM CHICO BUARQUE // CIERTAS PALABRAS CON CHICO BUARQUE


Documental dirigido por Mauricio Berú (Buenos Aires, 6/8/1927), estrenado en octubre de 1980.















Año: 1980 
Título: CERTAS PALAVRAS COM CHICO BUARQUE 
Guión y dirección: Mauricio Berú
Producción: Thomaz Farkas Filmes Culturais
Largometraje, 1:10 hs.


Participación: 
Caetano Veloso
Maria Bethânia
Toquinho
Vinicius de Moraes
Francis Hime
Cida Moreira
Marieta Severo
Miúcha
Sérgio Buarque de Holanda


Caetano Veloso y Chico Buarque interpretan: PARTIDO ALTO y SAMBA E AMOR



PARTIDO ALTO
Letra y música: Chico Buarque
© 1972 Marola Edições Musicais 

Diz que deu, diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ô nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ô nega
Diz que Deus diz que dá
E se Deus negar, ô nega
Eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará

Deus é um cara gozador, adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo, tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado me botar cabreiro
Na barriga da miséria ,eu nasci batuqueiro (brasileiro)

Eu sou do Rio de Janeiro

Jesus Cristo inda me paga, um dia inda me explica
Como é que pôs no mundo esta pobre coisica (pouca titica)
Vou correr o mundo afora, dar uma canjica
Que é pra ver se alguém se embala ao ronco da cuíca
E aquele abraço pra quem fica

Deus me fez um cara fraco, desdentado e feio
Pele e osso simplesmente, quase sem recheio
Mas se alguém me desafia e bota a mãe no meio
Dou pernada a três por quatro e nem me despenteio
Que eu já tô de saco cheio
Deus me deu mão de veludo pra fazer carícia
Deus me deu muitas saudades e muita preguiça
Deus me deu perna comprida e muita malícia
Pra correr atrás de bola e fugir da polícia
Um dia ainda sou notícia



SAMBA E AMOR
Letra y música: Chico Buarque
© 1969 Marola Edições Musicais 

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade, que arde
E apressa o dia de amanhã

De madrugada a gente ainda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama, reclama
Do nosso eterno espreguiçar

No colo da bem-vinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade, que alarde
Será que é tão difícil amanhecer?

Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã


 






 







 







1980
Revista Ilusão
Ano XXII – n° 356
Quinzenal
31 de outubro de 1980
Editora Abril


 
 

 
 



 


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