“Foi um poema do Almino que eu musiquei. É uma canção engraçada, irônica, meio Tropicalista e que vai sobre a imagem do enterro. Às vezes, a trilha de um filme define o clima dele", explica Caetano. "Como o filme é muito farsesco, não tem nada realista, as atuações são exageradas, tudo é feito de maneira não sóbria, a música tinha de sublinhar e também compensar isso. Acho que o Guel já tinha essa ideia e nós fomos fazendo dessa maneira."
(Caetano Veloso, junio de 2010)
Letra: José Almino
Música: Caetano Veloso
Esta terra onde reina o desatino
Reina o Sol no imenso da paisagem
Reina o gosto fatal desta viagem
Reina as marcas estranhas do destino
Reina o medo e o sonho do menino
Reina a paz na preguiça e a magia
Reina o doce mandato da alegria
Junto às cores felizes da bandeira
Reina o gênio da raça brasileira
Seu encontro marcado com o divino
Ai ai ai
Ui ui ui
Ai ai ai
Ui ui ui
Por aqui foi há muito anunciado
Nossas vidas teriam mais amores
Sem baraços, carrascos dos senhores
No tempo brevemente alcançado
Vaticínio permanente adiado
Ao futuro de quem somos cativos
Prisioneiros dos mortos e dos vivos
Vejo os bons velhos tempos sem memória
Vê seguindo essa sombra vã da história
Sem razão, sem destino e sem motivo
Ai ai ai
Ui ui ui
Ai ai ai
Ui ui ui
Ao cantar nessa língua inculta e bela
Sem vergonha o orgulho se alevanta
Sempre um só sentimento na garganta
Doce pranto feliz de uma novela
E a menina que escuta da janela
Plurialva contente bem brejeira
A esbórnia da gente brasileira
Sem tudo, sem pecado sem lembrança
Sob o lindo pendão da esperança
Que abençoa e proteje a terra inteira
Ai ai ai
Ui ui ui
Ai ai ai
Ui ui ui
Reina o Sol no imenso da paisagem
Reina o gosto fatal desta viagem
Reina as marcas estranhas do destino
Reina o medo e o sonho do menino
Reina a paz na preguiça e a magia
Reina o doce mandato da alegria
Junto às cores felizes da bandeira
Reina o gênio da raça brasileira
Seu encontro marcado com o divino
Ai ai ai
Ui ui ui
Ai ai ai
Ui ui ui
Por aqui foi há muito anunciado
Nossas vidas teriam mais amores
Sem baraços, carrascos dos senhores
No tempo brevemente alcançado
Vaticínio permanente adiado
Ao futuro de quem somos cativos
Prisioneiros dos mortos e dos vivos
Vejo os bons velhos tempos sem memória
Vê seguindo essa sombra vã da história
Sem razão, sem destino e sem motivo
Ai ai ai
Ui ui ui
Ai ai ai
Ui ui ui
Ao cantar nessa língua inculta e bela
Sem vergonha o orgulho se alevanta
Sempre um só sentimento na garganta
Doce pranto feliz de uma novela
E a menina que escuta da janela
Plurialva contente bem brejeira
A esbórnia da gente brasileira
Sem tudo, sem pecado sem lembrança
Sob o lindo pendão da esperança
Que abençoa e proteje a terra inteira
Ai ai ai
Ui ui ui
Ai ai ai
Ui ui ui
2010 – CAETANO VELOSO
Álbum “O Bem Amado” [Varios intérpretes]
Banda sonora original de la película dirigida por Guel Arraes
Natasha / Universal Music CD 602527400921, Track 1.
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