jueves, 9 de mayo de 2024

2019 - GAL COSTA - A PELE DO FUTURO / 21ª MOSTRA SESC CARIRI DE CULTURAS

 




8 de novembro de 2019

Gal Costa abre Mostra Sesc Cariri comemorando liberdade de Lula.


show de abertura não poderia ser mais especial. A partir das 20 horas, Gal Costa sobe ao palco do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti, no Crato, com o show “A Pele do Futuro”, nome do 40º álbum da artista baiana, lançado em 2018.







9 de novembro de 2019 - Foto: Marcus Preto



10 de novembro de 2019


MARCOS SAMPAIO

Foto: Ribamar Neto / Divulgação

 

A trajetória de Gal Costa é pontuada pelas mais diversas viradas estéticas. Sua estreia foi com um disco de bossa nova, mas já virou o jogo e partiu para um lado rock and roll quando integrou o movimento tropicalista. Como uma Janis Joplin baiana, ela soltou a voz no fim dos anos 1960 para alertar que era “preciso estar atento e forte” e que não havia “tempo pra temer a morte”. Do rock, tornou-se diva da MPB, abraçou jovens e veteranos compositores, dividiu palco com Tom Jobim e Nando Reis, e nos últimos discos vem buscando uma renovação do repertório ao trazer pra perto nomes como Dani Black, Criolo e Silva.

Seu mais recente trabalho, A Pele Do Futuro, faz parte desse movimento de encontrar o novo. Com a colaboração de nomes como Pupillo e Marcus Preto, a cantora de 75 anos criou um álbum que costura épocas e mistura discoteca com Maria Bethânia e Marília Mendonça. E foi vestida nessa pele de futuro que Gal Costa subiu ao palco montado no Parque de Exposições do Crato para declarar aberta a 21ª Mostra Sesc Cariri.

 


Foto: Davi Pinheiro / Divulgação

 

Com um público volumoso, mas não capaz de lotar o local imenso (criado para grandes maratonas dos principais nomes do forró), Gal entrou no palco por volta das 21 horas bem amparada por uma banda de peso roqueiro e por muitos aplausos. De rosto sério, ela mal pisou no seu espaço, e já levantou o braço fazendo um “L” com as mãos para celebrar a recém-anunciada saída do ex-presidente Lula da prisão após mais de 500 dias.

“Hoje até troquei de roupa por que é um dia de festa”, adiantou Gal Costa, que trocou o figurino oficial da turnê (um vestido rosa), por uma bata amarela estampada. “Com a liberdade do Lula, vai fortalecer nossa oposição, nossa democracia”, acrescentou a intérprete que abriu os trabalhos com Dê Um Rolê, clássico dos Novos Baianos, e Vaca Profana, composição de Caetano Veloso feita em sua homenagem. Dali em diante, ela repetiu inúmeras vezes que aquele era um dia de festa. E foi.



Foto: Davi Pinheiro / Divulgação


O show apresentado do Crato é o mesmo registrado em CD e DVD ao vivo e recentemente lançado pela Biscoito Fino – também disponível nas plataformas de streaming. Mas com algumas ausências. Privilegiando sucessos de carreira, o espetáculo excluiu boas canções como O que é que há, Lágrimas Negras e Minha Mãe. Muito provavelmente, essas canções foram tiradas do repertório por ser um show aberto, o que exige uma conexão mais forte com o público e um pouco mais agito.

E justiça seja feita. O set list que ficou agradou de imediato. Alguns momentos em especial. Que Pena fez muita gente sambar no miudinho de Jorge Ben. As Curvas da Estrada de Santos e Sua Estupidez sustentaram a realeza de Roberto Carlos, que havia se apresentado naquele mesmo espaço alguns anos antes. Chuva de Prata, que recentemente voltou a chamar a atenção depois de mais um tuíte equivocado do presidente Bolsonaro, foi cantada a plenos pulmões por todos. E bloco final de frevos e sambas que fizeram a alegria de muitos carnavais garantiu muitos sorrisos. Bloco do Prazer, Balancê e outras estavam nesse bis.




Foto: Davi Pinheiro / Divulgação

 


Fora do registro oficial, mas incluída na turnê há algum tempo, Brasil caiu como uma luva na ocasião e mostra que as palavras de Cazuza seguem tão atuais quanto quando foram escritas. Gal Costa também manteve bem seu posto de “musa de qualquer estação” e grande intérprete. A voz continua vivaz, melhor ainda ao vivo. Os movimentos são bem mais contidos e calculados e, apesar de falar pouco, sabe dar ao público o que ele quer. Ao final, nada de autógrafos ou entrevista. Entrou imediatamente no carro e partiu para o aeroporto, para outro compromisso. Ficou uma impressão de que foi um tanto apressado e curto o show, mas é difícil dizer que não foi bom.



Gal Costa abre Mostra Sesc de Culturas

Gal Costa trouxe seu emblemático show “A Pele do Futuro” no auge dos seus 74 anos


Erika Souza


Foto: Joedson Kelvin




O Crato recebeu com entusiasmo e aos gritos de “Lula Livre” o show musical que abriu a vigésima primeira edição da Mostra Sesc de Culturas Cariri, esse presente foi em grande estilo, pois Gal Costa trouxe seu emblemático show, em plena turnê “A Pele do Futuro”. 

No auge dos seus 74 anos, Gal é uma das cantoras mais importantes da história da nossa música. 

O show “A Pele do Futuro” faz parte de um projeto lançado em 2018 e é o disco 40 da carreira de Gal Costa e traz composições de Gilberto Gil, Djavan, Adriana Calcanhoto, Jorge Mautner e o ruivo que encerra a mostra, Nando Reis. 

Para a jornalista Sarah Gomes, esse show é uma experiência espiritual e a performance de Gal é visceral. 

Tenho 74 anos e vi um show dela [Gal Costa] há mais de 50 anos e me sinto emocionado em viver esse momento desse show no Crato.” Afirma seu Marcelo Silva, aposentado e fã de Gal.









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