8 de novembro de 2019
Gal
Costa abre Mostra Sesc Cariri comemorando liberdade de Lula.
O show de abertura não poderia ser mais especial. A partir das 20 horas, Gal Costa sobe ao palco do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti, no Crato, com o show “A Pele do Futuro”, nome do 40º álbum da artista baiana, lançado em 2018.
10 de novembro de 2019
Foto: Ribamar Neto / Divulgação |
A
trajetória de Gal Costa é pontuada pelas
mais diversas viradas estéticas. Sua estreia foi com um disco de bossa nova,
mas já virou o jogo e partiu para um lado rock and roll quando integrou o
movimento tropicalista. Como uma Janis Joplin baiana, ela soltou a voz no fim
dos anos 1960 para alertar que era “preciso estar atento e forte” e que não
havia “tempo pra temer a morte”. Do rock, tornou-se diva da MPB, abraçou jovens
e veteranos compositores, dividiu palco com Tom Jobim e Nando Reis, e nos
últimos discos vem buscando uma renovação do repertório ao trazer pra perto
nomes como Dani Black, Criolo e Silva.
Seu mais recente trabalho, A Pele Do Futuro, faz parte desse movimento de encontrar o novo. Com a colaboração de nomes como Pupillo e Marcus Preto, a cantora de 75 anos criou um álbum que costura épocas e mistura discoteca com Maria Bethânia e Marília Mendonça. E foi vestida nessa pele de futuro que Gal Costa subiu ao palco montado no Parque de Exposições do Crato para declarar aberta a 21ª Mostra Sesc Cariri.
Foto: Davi Pinheiro / Divulgação
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“Hoje até troquei de roupa por que é um dia de festa”, adiantou Gal Costa, que trocou o figurino oficial da turnê (um vestido rosa), por uma bata amarela estampada. “Com a liberdade do Lula, vai fortalecer nossa oposição, nossa democracia”, acrescentou a intérprete que abriu os trabalhos com Dê Um Rolê, clássico dos Novos Baianos, e Vaca Profana, composição de Caetano Veloso feita em sua homenagem. Dali em diante, ela repetiu inúmeras vezes que aquele era um dia de festa. E foi.
O
show apresentado do Crato é o mesmo registrado em CD e DVD ao vivo e
recentemente lançado pela Biscoito Fino – também disponível nas plataformas de
streaming. Mas com algumas ausências. Privilegiando sucessos de carreira, o
espetáculo excluiu boas canções como O que é que há, Lágrimas Negras e
Minha Mãe. Muito provavelmente, essas canções
foram tiradas do repertório por ser um show aberto, o que exige uma conexão
mais forte com o público e um pouco mais agito.
E justiça seja feita. O set list que ficou agradou de imediato. Alguns momentos em especial. Que Pena fez muita gente sambar no miudinho de Jorge Ben. As Curvas da Estrada de Santos e Sua Estupidez sustentaram a realeza de Roberto Carlos, que havia se apresentado naquele mesmo espaço alguns anos antes. Chuva de Prata, que recentemente voltou a chamar a atenção depois de mais um tuíte equivocado do presidente Bolsonaro, foi cantada a plenos pulmões por todos. E bloco final de frevos e sambas que fizeram a alegria de muitos carnavais garantiu muitos sorrisos. Bloco do Prazer, Balancê e outras estavam nesse bis.
Foto:
Davi Pinheiro / Divulgação
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Gal Costa abre
Mostra Sesc de Culturas
Gal Costa
trouxe seu emblemático show “A Pele do Futuro” no auge dos seus 74 anos
Foto: Joedson
Kelvin |
O Crato recebeu com entusiasmo e aos gritos de “Lula Livre” o show musical que abriu a vigésima primeira edição da Mostra Sesc de Culturas Cariri, esse presente foi em grande estilo, pois Gal Costa trouxe seu emblemático show, em plena turnê “A Pele do Futuro”.
No auge dos seus 74 anos, Gal é uma das cantoras mais importantes da história da nossa música.
O show “A Pele do Futuro” faz parte de um projeto lançado em 2018 e é o disco 40 da carreira de Gal Costa e traz composições de Gilberto Gil, Djavan, Adriana Calcanhoto, Jorge Mautner e o ruivo que encerra a mostra, Nando Reis.
Para a jornalista Sarah Gomes, esse show é uma experiência espiritual e a performance de Gal é visceral.
“Tenho
74 anos e vi um show dela [Gal Costa] há mais de 50 anos e me sinto emocionado
em viver esse momento desse show no Crato.” Afirma seu Marcelo Silva,
aposentado e fã de Gal.
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