“Fui acostumado a ouvir canções no rádio, depois a comprar discos. Quando me profissionalizei, gravei LPs e CDs. Houve muitas mudanças. Até os anos 1960, quem era famoso no Brasil era famoso para todos e o número de grandes celebridades era pequeno. Hoje, com a internet, tudo se multiplicou. Há gêneros e artistas muito amados por públicos específicos e às vezes desconhecidos dos outros públicos. Ao longo da vida, me aproximei de estilos diferentes, passeando horizontalmente no tempo e no espaço, desrespeitando muitos critérios verticais de hierarquia do gosto. Continuo assim. As plataformas digitais não são meu ambiente natural. Mas me excita olhar de relance para coisas que aparecem nesse mundo virtual.”
Foto: Ney Coelho |
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