[Jequié,
Bahia, 3/11/1946 — Rio de Janeiro, 7/3/2020]
“E
por isso eu canto essa canção – Jorge Salomão”
"Jorge
Salomão está na canção “O Conteúdo”, que escrevi e gravei na minha volta para o
Brasil em 72. Ele era o irmão mais novo de Waly, foi colega de Dedé Gadelha Veloso no Colégio da Bahia, figura única. Felizmente voltei a
curtir intensamente sua presença, seu humor, o radical brilho de sua
inadequação a convenções, numa mesa entre o acarajé de Dinha e a igreja de
Sant'Ana do Rio Vermelho, nesse verão que acaba de acabar. Ganhei ali um
exemplar do 7 em 1, coletânea dos seus poemas.
Jorge tem grande importância em minha vida. Tínhamos estado afastados por um
molho de maluquices mas, redimindo o papel que a imprensa teve nessa confusão,
Claudio Leal nos reaproximou."
[Caetano Veloso, 7/3/2020, Facebook]
1972 - Salvador - Caetano, Waly e Jorge Salomão, Marquinhos Rebu e Dedé Gadelha no Carnaval da Bahia – Foto: Marcos Maciel |
1988 - Revista Manchete n° 1.853 |
Waly e Jorge Salomão - Foto: Aderi Costa |
15/9/2015 - Gabinete de Leitura Guilherme Araújo - Foto: Gui Azeredo |
Caetano Veloso apareceu de surpresa no lançamento do livro “Alguns Poemas e + Alguns“,
de Jorge Salomão, nesta quinta-feira (24/11), dentro da exposição de
poesia visual “No meio de tudo isso“, com curadoria de Alberto Saraiva, no Oi Futuro
Ipanema, e surpreendeu o poeta JS. Caetano conferiu os poemas de Jorge, fez
fotos e partiu. “Caetano me disse que
adorou o nome da exposição”, contou Jorge, exultante.
25/11/2016
24/11/2016 - Jorge e Dedé Gadelha |
24/11/2016 - Caetano Veloso lendo alguns versos no mural / Foto: Cristina Lacerda
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6/12/2019
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2019 |
26/1/2020 - Salvador |
Poeta Jorge
Salomão morre aos 73 anos no Rio de Janeiro
Ele estava internado
no Hospital Miguel Couto
Por João Ricardo Gonçalves, G1 Rio
07/03/2020
O poeta e compositor Jorge Salomão morreu neste
sábado (7/3) aos 73 anos no hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio. Irmão de
Waly Salomão, Jorge teve letras gravadas por alguns dos maiores nomes da MPB,
como Marina Lima, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller e Barão Vermelho.
Jorge teve
um infarto em fevereiro e chegou a ser hospitalizado no Instituto Estadual de
Cardiologia, no Humaitá. Na ocasião, colocou três pontes de safena.
Posteriormente ainda lutou contra uma pneumonia e passou por uma cirurgia para
tratar uma úlcera no duodeno.
Um disco
estava sendo produzido com poesias de Jorge gravadas por nomes como Zeca
Baleiro, Áurea Martins, Mônica Salmaso, Zélia Duncan, entre outros. Em 2019 uma
coletânea com sua obra, intitulada '7 em 1', foi lançada pela Editora Gryphus.
"Jorge foi um grande artista, um grande pensador, um agitador
cultural, um cara que não abaixava a cabeça para muita coisa que está aí, um
contestador. Infelizmente, como é de praxe no Brasil, não foi reconhecido em
vida. Que ele tenha o legado reconhecido agora depois de morto", diz o jornalista Christóvam Chevalier, que era amigo do poeta.
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