sábado, 1 de septiembre de 2018

2018 - BREVE FESTIVAL – MÚSICA PRA DURAR – 2a edição




Nomes consagrados e destaques da nova geração da música brasileira vão se encontrar em agosto no Mirante Beagá, no bairro Olhos d'Água.

A próxima edição do Breve Festival - Música Para Durar, marcado para 25 e 26 de agosto, reunirá Caetano Veloso, Pablo Vittar, Baiana System, Mano Brown, Iza, Young Lights, Tropikillaz, Rincón Sapiência, Letrux, Djonga, Dónica, Carne Doce e Teach me Tiger.


Sucesso em 2017, o Breve Festival lança sua segunda edição: será nos dias 25 e 26 de agosto, no Mirante Beagá, no bairro Olhos D’Água. Um evento para ouvir, falar e viver a música, com um line-up que reúne 13 nomes fortes que ultrapassam o espaço presente: Caetano Veloso – com o show Ofertório acompanhado pelos filhos Tom, Zeca e Moreno, Pabllo Vittar, Iza, Mano Brown, BaianaSystem, Rincon Sapiência, Letrux, Dônica, Tropkillaz, Djonga, Carne Doce, Young Lights e Teach me Tiger.

O Breve Festival – Música pra durar fala de diversidade e da multiplicidade de referências, culturas e relações. Sua primeira edição contou com 12 artistas no evento principal e mais um mês de programação gratuita espalhada por toda a cidade, sendo reconhecido por seu potencial criativo e reverberando as vozes de uma geração. Em 2018, além das atrações artísticas que já valem o evento, traz também uma série de experiências como gastronomia, arte, produtores locais, entre outros.
Um evento de proporção nacional, que coloca Belo Horizonte na rota de grandes festivais de música e experiência do país.


Breve Festival – Música para durar
Data: 25 e 26 de agosto de 2018
Local: Mirante Beagá. Rua Gabriela de Melo, Bairro Olhos D’Água.



Filho de Caetano puxa ‘Lula Livre’ durante festival em BH: ‘plateia mais bonita do Brasil’

De Roberth Costa

Caetano Veloso esteve em Belo Horizonte nesse domingo (26/8) na segunda edição do Breve Festival. Durante o evento, realizado no Mirante Beagá, na região Oeste da capital, o cantor apresentou-se ao lado dos filhos Tom, Zeca e Moreno. O quarteto levou o público ao delírio com o projeto Ofertório, em que misturam a experiência do patriarca ao frescor dos três irmãos.

Além do caçula Tom dançando funk, com direito ao passinho conhecido como “sarrada no ar”, outro ponto alto do show foi o momento em que Moreno, o mais velho, defendeu a liberdade do ex-presidente Lula, que foi condenado no caso do Triplex e está preso desde abril deste ano.

Moreno soltou um “Lula Livre” e foi acompanhado pela plateia, que ficou em polvorosa. “Meu pai tem toda razão, é a plateia mais bonita do Brasil”, emendou o cantor, em referência a uma fala do próprio pai. Caetano abriu o show elogiando a animação do público belo-horizontino.

Além do show da família Veloso, o Breve Festival contou com outras atrações de peso. Na lista estavam Pablo Vittar, Mano Brown, Iza e muito mais.


Foto: Rafael D'Oliveira / Bhaz




2018
Revista VOGUE Brasil
N° 481
SETEMBRO



Caetano Veloso e seus três filhos Zeca, Tom e Moreno em show no Breve Festival
Foto: Laís Franklin/ Divulgação


Caetano Veloso sobre cantar em BH: “É a melhor plateia!”
Em conversa exclusiva à Vogue, o cantor revela o porquê da preferência do público mineiro e a importância de dividir o palco com seus filhos


01/09/2018
LAÍS FRANKLIN 


Caetano Veloso e seus três filhos Zeca, Tom e Moreno em show no Breve Festival
Foto: Laís Franklin/ Divulgação

No segundo dia do Breve Festival - Música para Durar, que aconteceu nesse último fim de semana em Belo Horizonte, nem o frio de 12 graus, nem o atraso de mais de 1h, atrapalharam o show mais aguardado da noite: Caetano e seus três filhos Zeca, Tom e Moreno.


O motivo? Logo no fim da primeira música, Caetano disse: “BH, como sempre a melhor plateia”. Foi o suficiente para que uma euforia coletiva contaminasse a massa, de mais de 6000 pessoas, presente. “É um público concentrado, atento, inteligente e entusiástico”, revelou Caetano em entrevista exclusiva à Vogue no camarim do evento.

Caetano Veloso e seus três filhos Zeca, Tom e Moreno em show no Breve Festival
Foto: Laís Franklin/ Divulgação

E a apresentação serena e íntima, quebrando o clima de agitação que costuma permear festivais, ficou gigante com a interação em massa do público, que cantou de cor todas as músicas icônicas de Caetano, de hits históricos como Reconvexo (1989) a inéditas autorais de seus filhos como Todo Homem (2017), escrita por Zeca Veloso e que integra o álbum conjunto Ofertório, lançado em maio deste ano. “É um disco para ser feliz!”, define Caetano.


Caetano Veloso e seus três filhos Zeca, Tom e Moreno em show no Breve Festival
Foto: Laís Franklin/ Divulgação


O quarteto vem rodando o Brasil desde o final do ano passado com esse repertório, que mistura composições escritas de pai para filho, de filho para pai e até covers do grupo Revelação. E como é a sensação de dividir o palco com os filhos? “Para mim, é uma felicidade enorme. Adoro meus filhos, e o show tem essa descontração da gente. Não é para sair tudo perfeito. É um show nosso, com a nossa luz. Eu me sinto bem, me sinto de verdade”, finaliza.

Caetano Veloso e seus três filhos Zeca, Tom e Moreno em show no Breve Festival 
Foto: Laís Franklin/ Divulgação






O Estado de S.Paulo

Filho de Caetano e autor de 'Todo Homem', Zeca Veloso enfrenta sua autocrítica para ser artista
Filho de Caetano Veloso estreou nos palcos com a turnê Ofertório, ao lado do pai Caetano e dos irmãos Moreno e Tom
Pedro Antunes, O Estado de S.Paulo
02 Setembro 2018

Caetano Veloso sorri com as lembranças. Se divertia ao falar do seu filho do meio, irmão mais novo de Moreno (de 45 anos) e mais velho do que Tom (de 21). Enfileira histórias de Zeca Veloso, e observa ao redor, os presentes no camarim dele, montado atrás do palco ocupado por ele e os três filhos no show chamado Ofertório, poucos minutos antes, no domingo passado, 26, no Breve Festival, realizado em Belo Horizonte.

Ninguém sabia se era para parar de rir, se indignar. As histórias funcionavam para explicar quem era Zeca Veloso, o objeto de curiosidade e culto por parte do público – que já ultrapassa os 40 mil, se somados todos os shows da turnê iniciada em outubro do ano passado.



Zeca Veloso, em entrevista exlcusiva ao Estado, em Belo Horizonte
Foto: Gustavo Andrade / Estadão

Porque Zeca é, segundo o pai e os irmãos com quem ele divide o palco, um sujeito que se cobra muito e que cobra os outros na mesma medida. Alguém que diria a Caetano Veloso, ou ao pai, que simplesmente não gosta de determinada canção. Essa, aliás, não foi a única vez – possivelmente não será a última.

Ele, mesmo, admite isso. Sozinho, ele desce para a sala de convenções do hotel no qual a família estava hospedada, horas antes da apresentação no festival. Não chega com ele a horda de assessores, produtores e qualquer outro profissional que sirva para blindá-lo, de alguma forma. Encontra a equipe do Estado ainda com um saco de 100 g de amendoim do tipo japonês e uma água de coco em caixinha de 200 ml.

Vestia uma malha fina azul-marinho, uma calça jeans e um par de tênis brancos. Pediu desculpas pelo atraso. “Não almocei ainda. Precisava descansar um pouco”, ele explica. Era recomendado para que ele falasse em um volume mais baixo, para poupar a voz que encanta em um falsete solo e breve logo na segunda música do show, chamada O Seu Amor, mas ele mantém o volume habitual, sereno e nada fora do normal. Antes, é claro, do estonteamento total promovido por Todo Homem, essa de autoria dele.

De fala pausada, Zeca parece aproveitar cada milésimo de segundo em silêncio para escolher qual é a melhor palavra para vir a seguir. Por vezes, ao longo do papo, ele prefere deixar o silêncio dominar o ambiente enquanto elabora uma frase ou seu pensamento. “Às vezes, até gosto de complementar por e-mail, porque não lembro de algo na hora, mas, tempos depois, a resposta me vem e eu posso complementar”, conta. Noutras vezes, ele prefere o silêncio a responder algo de que vá se arrepender.

Entre os seus, contudo, ele não se furta em falar o que pensa. “Se o Zeca não gostar do que estou vestindo, ele vai reclamar, certamente”, diz Tom, o mais novo. Tom e Zeca são filhos de Caetano com Paula Lavigne. Embora estejam juntos, faz uns cinco anos, lembram os filhos, que os pais moram em casas diferentes. Os irmãos também. Zeca com um (o pai), Tom com outra (a mãe). “Mas nos falamos quase diariamente”, explica o Veloso caçula.

É Tom quem ouve as composições de Zeca durante as construções. Assim foi na primeira composição do irmão, apresentada para Tom e Caetano. O pai não gostou e Zeca logo dispensou a composição – “era boba”, ele lembra. A segunda foi Todo Homem, música com a qual Zeca de fato se apresentou ao grande público na turnê. Sozinho até os segundos finais da execução da música no palco, ele canta seu falsete sobre a fragilidade e ausência. A música ganhou destaque na trilha da supersérie Onde Nascem os Fortes, da TV Globo.

Tão duro e crítico consigo como é com os outros, Zeca até pensou – mas não falou para ninguém, ele diz – em pedir para que a faixa fosse tirada do repertório do show, por ela não condizer mais com o momento atual dele – ela foi escrita em 2015. “Hoje, essa é uma canção que não diz respeito a mim”, ele explica. “Mas entendi que, em certo momento, a música deixa de ser minha. Ela sai daquele contexto no qual foi criada.”

Zeca, que na adolescência se aventurou pela música eletrônica como DJ, inicialmente inspirado pelos clipes do duo francés Daft Punk da época do disco Discovery, vistos por ele e por Tom (então com uns 5 ou 6 anos), na hora do almoço, não encostava em um instrumento por quase um ano quando o pai sugeriu de criarem uma apresentação com Caetano, Moreno, Zeca e Tom.

O mais novo, que integra a banda Dônica, disse que somente aceitaria se Zeca topasse a turnê. Tinha certeza de que o irmão não embarcaria nessa ideia. “Depois de um ano, Zeca aceitou”, lembra Caetano. É a partir daí, hoje, Zeca consegue se enxergar como um artista. Até vislumbrar um disco dele, embora ainda não exista data para acontecer.

“Tem um verso de Todo Homem que é a cara do Zeca: ‘Pra mim nunca tá bom’”, brinca Tom. Mas Zeca corrobora com o irmão, sem saber. “Eu tenho um nível de exigência que vai além da minha capacidade”, ele explica, ao contar que busca a opinião de outros para suas músicas com frequência.

Na apresentação em Belo Horizonte, a céu aberto, Zeca começou a dedilhar o piano inicial de Todo Homem e foi recebido por uma ovação que só silenciou quando ele atacou as primeiras notas do canto. Depois do show, procurou a reportagem do Estado, na porta do seu camarim (pai e filhos têm espaços separados ali). “Queria muito falar com você”, ele diz, aflito. Não era uma resposta nova pensada depois. Na verdade, Zeca estava insatisfeito com sua própria performance. “Você ouviu? Entrei errado na nota”, ele explica, ao levar a mão na própria garganta.


Zeca estava desgostoso, mas, ao ouvir que os gritos do público abafaram a voz inicial dele, acalmou-se. “Ele fica assim”, diz Caetano, paciente, enquanto justifica a fragilidade ocasional do gogó do filho com o frio daquela noite (o termômetro marcava 12ºC).

Zeca Veloso, em entrevista exlcusiva ao Estado, em Belo Horizonte
Foto: Gustavo Andrade / Estadão







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