“Quando eu falo de
toque, lembro que o cinema pernambucano já retratou corpos e afetos. Foi em
1975 que o famigerado Jomard Muniz de Britto lançou o que hoje se considera um
dos primeiros filmes eróticos do estado. Em Toques, Jomard cria uma alegoria que
atravessa o tempo para nos mostrar que a liberdade vem antes e depois da
repressão. Nesse curta de sete minutos, três corpos aparecem livremente em
paisagens naturais em clara referência às Graças. Num contexto de ainda forte
repressão policial dos corpos marginais, o famigerado entrelaça a beleza
ambígua dos corpos para além de uma união puramente carnal. Tudo isso com a
música Pelos Olhos, de Caetano
Veloso, como um quarto elemento compondo a obra.”
Ade Queiroz, 28/12/2020
O diretor usa corpos andróginos fazendo movimentos corporais despidos ao ar livre e com referências às três graças, deusas gregas largamente representadas no renascimento.
Todavia, aqui se tratam de 2 corpos masculinos e 1 feminino aumentou a intencionalidade andrógina e a tensão ambígua da obra.
O local da filmagem situa-se entre os bairros de Rio Doce
e Casa Caiada, em Olinda-PE, sugerido por outro membro do grupo Vivencial de
Olinda que não estava presente na realização da obra.
Categoria:
Experimental
Direção:
Jomard
Muniz de Britto
Ano: 1975
Duração:
7
min
Trilha sonora: Pelos Olhos (Caetano Veloso)
Elenco: RENATO VIEIRA, SUZANA COSTA, ALCIDES FERRAZ E GIL GUILHERME (Grupo Vivencial de Olinda)
Fonte:
Cinemateca Pernambucana
Fonte:
Cinemateca Pernambucana
Renato Vieira |
RENATO
SUZANA
ALCIDES
GIL GUILHERME
2017 - Jomard Muniz de Britto |
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