11/8/1971
- Correio da Manhã |
11/8/1971
- Corrreio da Manhã |
Moleque Pereira: “Fui ver o show de Bethânia pela quarta ou quinta vez. Sei lá. Não importa. Fui e gostei mais ainda. Voltarei. Sentado no corredor central do teatro, um espectador especial. Veio de Londres ver a Rosa dos Ventos. E Bethânia cantou especialmente para êle. No final do show, um abraço apertado e uma multidão que estava no teatro a aplaudir sem parar e sem sair de seus lugares. Aquêle brancão emocionante. Era o mano Caetano que chegou e encontrou um inverno ameno, com muito sol e promessas de grandes dias de praia na Bahia com João Gilberto. Que encontrou Bethânia maravilhosa, êre de bruxa, êre de anjo, criança louquinha. Que encontrou “amigos” e amigos. Que inaugurou a ponte Londres-Rio-Bahia. Veio e mostrou que London, London é exatamente o que canta. Seus olhos “go looking for flying saucers in the sky”. Isso é bom. Eu gosto muito.”
Torquato Neto: Um rápido flash no camarim de
Bethânia após o show.
Entra um repórter de gravador em
punho. Sentado no chão, Caetano se dispõe a ser entrevistado. Em sua volta, a
camareira, Bethânia, Marisa Alves de Lima e eu, este sim Moleque Pereira. “Agora
teremos a palavra de Caetano com exclusividade para o programa de Sérgio
Bitencourt”.... “Não! Não falo pra Sérgio
Bitencourt, ele é um calhorda!”.
Cai o pano rapidamente…
Torquato Neto: “Eu queria ver o show de
Bethânia e queria aproveitar a data para ver também Caetano Veloso. Isso foi na
têrça feira: Caetano estava jantando com Augusto de Campos em São Paulo. Eu dei
um toque sôbre a noite branca entre os toques de ontem – show fantástico de Berré & Fauzi. Presenças pintosas. Na quarta
feira o prometido apareceu. Todo mundo viu. Moleque Pereira foi lá e me contou.
Então salve: Deus te salve casa santa. Tchau.”
No hay comentarios:
Publicar un comentario