Maria Bethânia lança 26 de junho de 2021, "A flor encarnada", primeiro single do álbum ‘Noturno’
Capa do primeiro single do álbum "Noturno", "A flor encarnada", de Maria Bethânia — Foto: Divulgação
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Maria Bethânia lança single ‘Lapa Santa’, do álbum ‘Noturno’
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Capa do segundo single do álbum "Noturno", "Lapa santa", de Maria Bethânia — Foto: Divulgação |
Inicialmente prometido para abril/maio, o novo álbum da cantora Maria Bethânia, “Noturno”, tem data de lançamento confirmada para o próximo dia 30 de julho. O primeiro single do novo trabalho, “A Flor Encarnada”, letra e música de Adriana Calcanhotto, foi lançado em 26 de junho. Agora, chegou a vez de “Lapa Santa”, composição de Paulo Dafilin e Roque Ferreira, que está nas plataformas digitais desde a última sexta-feira (16/7).
“Lapa Santa” fala de religiosidade -- tema caro à cantora --, sobretudo da praticada na região sertaneja cortada pelo Rio São Francisco. A canção é inteiramente inédita para os fãs da cantora -- não fez parte de seu último show, “Claros Breus”. Tampouco foi cantada na live que a artista fez, em fevereiro deste ano.
Na letra, são enaltecidos costumes atualmente raros nas grandes cidades, como romeiros e romarias, festas no terreiro, candeeiros em torno dos santos e moradores que abrem suas casas para receber os devotos em procissão.
Com arranjos de Letieres Leite, responsável pela direção musical do álbum, “Lapa Santa” tem piano e sintetizador de Zé Manoel, violão de João Camarero, baixo elétrico e acústico de Jorge Helder, percussão de Marcelo Costa, viola de Marco Catto, cello de Marcos Ribeiro e violinos de Priscila Rato e Marcio Sanchez. Esse segundo single contrasta com o primeiro, “Flor Encarnada”, de tom melancólico. A canção de Calcanhotto tem versos que dizem: “O amor não gosta mais de mim/ Nunca mais vi seu clarão/ Serviu pra me trazer aqui/ A esse canto sem função”. Nessa gravação, Bethânia é apenas acompanhada pelo piano do pernambucano Zé Manoel.
Bethânia, que completou 75 anos no último dia 18 de junho, já havia cantado “Flor Encarnada” na turnê Claros Breus (2019/2020), interrompida com a chegada da pandemia do novo coronavírus. Esse show serviu como inspiração para o novo álbum, gravado no ano passado. Noturno, que será lançado pela gravadora Biscoito Fino, terá, além de arranjos e direção de Letieres Leite, a produção musical de Jorge Helder.
Outras faixas já anunciadas do álbum “Noturno” são “Prudência”, de Tim Bernardes, compositor que Bethânia grava pela primeira vez; “De Onde Eu Vim”, de Paulo Dafilin; “Luminosidade”, de Chico César; “2 de Junho”, de Adriana Calcanhotto; e “Bar da Noite”, de Bidu Reis e Haroldo Barbosa.Foto: Jorge Bispo |
Foto: Jorge Bispo |
Foto: Jorge Bispo |
28/7/2021 |
Lançamento 30/7/2021 em todas as plataformas digitais e CD. Foto: Jorge Bispo |
Apesar da tristeza,
preocupação e riscos na saúde e na política, estamos vivos e somos brasileiros'
30/7/2021
Ubiratan Brasil entrevista Maria Bethânia em 'Apesar da tristeza, preocupação e riscos na saúde e na política, estamos vivos e somos brasileiros', Bethânia fala de ‘Noturno’, disco que será lançado nesta sexta-feira e que traz sua lucidez como marca.
O processo não seguiu como de costume - para gravar um disco, Maria Bethânia gosta de estabelecer uma relação próxima com os músicos e os técnicos, criar uma intimidade entre as pessoas. Com o novo trabalho, porém, Noturno (Biscoito Fino), que será lançado nesta sexta, 30/7/2021, foi diferente por causa da pandemia. Gravado em dois momentos distintos (em setembro e outubro de 2020 e em maio de 2021), o disco exigiu que a cantora ficasse rodeada por divisórias de acrílico transparente, a fim de permitir uma proximidade mas não contato.
“Foi complicado, mas eu precisava fazer - então, meti a cara”, disse Bethânia ao Estadão, em conversa por telefone. Como de hábito, foi um disco moldado à sua personalidade forte, única. No repertório, canções que tanto homenageiam a memória de grandes intérpretes da MPB (como Bar da Noite) como a própria cantora, em O Sopro do Fole, criação do sobrinho Zeca Veloso, inspirada nela. E, no encerramento, a leitura do trecho do poema Uma Pequena Luz, do português Jorge de Sena, indicação do também poeta Eucanaã Ferraz.
Na conversa, Bethânia orgulha-se do gosto por baladas (“sou baladeira”), ignora as críticas à brancura da capa do novo álbum e, apesar de preocupada com o momento atual, diz: “o Brasil não vai acabar”.
Como foi gravar o disco em condições tão extraordinárias?
Pois é, foi com a dificuldade imposta pela
pandemia, que exige da gente uma mudança radical em tudo, até no comportamento.
Você se assusta às vezes com um gesto normal - beber um copo d’água já é
diferente: o modo de pegar, de respirar. Talvez por isso preferi fazer um disco
com voz e piano, voz e acordeão, sem a presença de uma banda. Isso me ajudou e
também aos músicos, ao maestro, aos técnicos. Foi complicado, mas eu precisava
muito fazer, então meti a cara.
Você teve de gravar cercada por um acrílico?
Sim, porque enquanto ensaiava, precisei ficar na área técnica, onde fizeram uma casinha de acrílico para que eu ficasse distante da mesa, dos técnicos. E os músicos ficaram no salão de gravação com isolamento também.
Fale sobre o título do disco, 'Noturno', que remete a um jogo entre luz e sombra.
A noite é escura, mas cintila, tem nuances. Gosto
dessa palavra, é a correta para esse momento. Existe um escuro sobre nós, sobre
a humanidade, sobre o planeta. Um escuro, às vezes, sem nenhum reflexo de luz,
mas a noite incendeia, aquece, faz vibrar, ela tem vida própria, é ousada.
Gosto do título do disco porque se relaciona com o repertório e com meu
sentimento - passando pela noite, pelo escuro, e chegando à luz. A noite traz o
sentimento romântico da solidão, da paixão perdida e traída, uma afirmação do noturno
até que clareia pela dor, pela morte, pela vida.
Você faz referência à primeira canção do disco, 'Bar da Noite', do repertório de Nora Ney...
É uma coisa linda. Aprendi ouvindo música brasileira na minha casa, em Santo Amaro, porque o rádio era o grande evento na cidade, nas casas. Sou a caçula de oito irmãos, então aprendi com o gosto de cada um até formar o meu. Foi um aprendizado, uma escola ótima. Minha mãe, Dona Canô, cantava óperas e todos ouvíamos a Rádio Nacional com Carmen Miranda, Nelson Gonçalves, Silvio Caldas, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, a Nora, minha querida Aracy de Almeida. O modo melhor de estudar sem ser obrigada e aprendendo tudo.
Agora fale sobre 'O Sopro do Fole', composição do Zeca Veloso.
Pois é. Meu sobrinho. Acho deslumbrante essa música, porque tem um escuro noturno dentro dela, uma força que se agiganta no ser humano. Quando me mostrou a música, Zeca não me pediu para gravar, era apenas para eu saber que ele se inspirou em mim. Só disse isso. Mas, quando ele começou a cantar, notei que, no primeiro verso, tem a palavra vento. Tenho uma ligação muito forte com essa palavra, pois tem relação com meu orixá. Já fico louca quando se fala em vento, me aproximo. Fui ouvindo e achando cada verso mais bonito que outro. E fiquei muito encantada em ver o Zeca, que é tão urbano, tão carioca, fazer uma canção regional, do sertão. É um vislumbre, uma sensibilidade. E eu ter inspirado esse pensamento, esse passeio por essa área, me alegra muito porque é uma área deslumbrante, musical, nobre. Acabei fazendo o arranjo, que ganhou força com o acordeão do Toninho Ferragutti, que atendeu ao meu pedido: quero frases entre as palavras. Uma conversa paralela porque a letra se refere à amplidão do fole. Não importa que seja ilustrativo, pois acho que me traduz tão lindamente. “Moço, esse vento que vem ali / Tirou meu chapéu, balançou meu cordão” - é muito forte, guerreiro. E se parece comigo. Tanto acredito que pedi para gravar.
Entre as parcerias que você retoma aqui está 'A Flor Encarnada', da Adriana Calcanhotto, uma canção melancólica, pungente.
A música de um amor. Eu tinha pedido uma canção potente, amorosa, bem cantada. Aí veio A Flor Encarnada... Adriana é muito cronista em tudo que escreve. E a canção tem frases difíceis de se dizer: “o amor não gosta mais de mim, nunca mais vi seu clarão”. Não é uma frase boa para se dizer. Já tenho 75 anos e sei que não é fácil. E Adriana se impõe como cronista - ela fala de Ipanema em uma canção e parece uma crônica do Rubem Braga.
Como você chegou ao Jorge de Senna?
Leio muita poesia portuguesa, mas pedi uma indicação ao (poeta) Eucanaã Ferraz. E ele se lembrou do Jorge e me mandou uma série, onde encontrei Uma Pequena Luz. O poema revela essa vontade de ter a luz enquanto está escuro entre nós. É nela que temos de nos agarrar. O final tem o desejo de energia positiva. É teatral, dramático, do meu jeito, do meu estilo. Sem teatro, fico esvaziada. Minhas coisas têm dramaturgia. Um final de disco com minha assinatura.
Por que você colocou dedicatória em cada música?
Me deu vontade. Eu nem sabia que ia ter disco, achei que só gravaríamos as canções. Mas, quando disseram que seriam feitos discos físicos, adorei e coloquei, em cada música, a intenção com que gravei. É bonito saber qual foi o sentimento que levou a cada canção, pensando em quem e como, qual a razão.
Em 'Dois de Junho', você dedica aos indiferentes. É
a canção da Calcanhotto que fala sobre o menino Miguel, que caiu de um edifício
no Recife.
É leitura com dramaturgia. A música é muito doída,
forte, clara, nua, crua. É dilacerante. Traz um berro, um grito. A guitarra do
Pedro Sá traz todo os “ais”. Dei sorte com esses músicos, todos embarcaram
comigo nesse disco.
Ponto positivo também para os arranjos do Letieres
Leite, não?
Sim, ele recupera um sertão nobre, assim como um
bolero mexicano na música Prudência, do Tim Bernardes, que é um samba-canção
que podia chegar a um bolero. Como diz Caetano, sou muito baladeira, o que
muito me orgulha (risos). Adorei quando chegou aquele violão mexicano.
Gosto muito de 'Vidalita'.
É um deslumbrante drama cigano. Canto essa música
há mais de 20 anos com a interpretação da Mayte Martín, que é a autora. Sou
apaixonada por essa cantora. Ouvi inúmeras gravações do Vidalita e todas são
extraordinárias.
A capa inteiramente branca do disco dividiu
opiniões - como foi a escolha para um disco chamado 'Noturno'?
Pois é. Branco com noturno, escrito em marinho. Mas
não precisa compreender tudo, não. Deixa sem entender. Pode gostar ou não
gostar, não tem que ficar explicando tudo. Acho austero. E, como diz meu irmão
Caetano, estou imitando os Beatles e seu Álbum Branco. Você vê como sou metida?
(risos).
Em dezembro, ao ‘Estadão’, você disse que estava
muito desesperançada em relação ao Brasil. E hoje, como se sente?
Não estou esperançosa - estou preocupada com o
Brasil. Enquanto isso, a neta de um ministro do Hitler visita nossos
governantes. Isso é demais. É preciso ter um limite. Dentro do palácio do
governo. Trocando figurinha. Não pode. Olha para o mar, para o céu, olha para
as pessoas. É o Brasil. Eu estou preocupada. A vacinação ainda está atrasada.
Mas, apesar de toda a tristeza, toda a preocupação e dos riscos na saúde e na
política, estamos vivos e somos brasileiros. Caetano me disse: o Brasil não vai
acabar. Eu acredito nisso.
Maria Bethânia fala do novo álbum
"Noturno"
por Leonardo Lichote | El País
"Eu estava em casa desde 13 de março de 2020, no meio dessa temporada de isolamento, tive o impulso, um desejo incontrolável. Venci o medo e as dificuldades e fiz esse disco novo. Era uma necessidade orgânica, eu precisava cantar, exercer o meu ofício"
Bethânia diz que se mantém em casa à espera de quando puder ocupar o palco sem as limitações. "Eu estou cansada, como você também deve estar. O medo permanente, a falta de naturalidade nos encontros, no convívio. Apliques obrigatórios em nosso corpo, máscara, álcool...Mas há uma esperança", acrescenta.
Como é voltar ao estúdio em um período de pandemia
de Covid-19?
“Eu quis entrar em estúdio, me deu vontade.
Primeiro de tudo, porque eu tinha um repertório, um repertório pronto, que me
animava. Composições inéditas, que é a maneira como gosto de fazer os meus
discos, com regravações ou gravações de canções já há muito existentes, mas
gosto, necessito que tenham canções inéditas. E, como eu tinha um repertório bonito,
eu quis então fazer esse disco.
O Brasil de 2021 que Bethânia descreve não se assemelha em nada ao país de beleza profunda e luminosa que ela cantou com ternura em Brasileirinho, disco de 2003. Mas ela afirma que aquela pátria de sussuaranas, Heitor Villa-Lobos e cigarros de palha ainda permanece:
— O Brasil ainda é aquele, mas está adormecido,
apavorado, acuado, doente e triste. Não gosto mais de falar do Brasil. Tenho
vontade de chorar.
Noturno, novo disco de Bethânia, não é uma resposta a esse estado de coisas (“Não me inspira esse Brasil”). Mas, ela esclarece, o álbum não ignora seu chão, seu tempo.
Seu repertório inclui, por exemplo, 2 de junho,
lançada por Adriana Calcanhotto em 2020 sobre a morte do menino Miguel Otávio,
que caiu do prédio de alto padrão em Recife enquanto a mãe empregada doméstica
passeava com o cachorro da patroa ―o caso de marcada negligência dos
empregadores expõe (e a canção evidencia) nós profundos da questão racial e da
desigualdade social que formaram e formam o Brasil.
— Noturno invoca uma sobriedade, uma calma, uma maturidade — define Bethânia. —
Mas é um disco de uma mulher de 75 anos, cantora brasileira, dentro da pandemia, com as angústias e as situações implicadas aí. Então, traz também uma canção como Lapa santa, inédita de Roque Ferreira e Paulo César Pinheiro, que canta este Brasil de hoje, de um jeito forte, nordestino, íntegro. Num dos versos, ela pergunta: “Cadê o dono da casa?”.
No país que não vê saída, a pergunta poderia estar
inscrita na bandeira.
ÁLBUM
Com onze músicas e 12 faixas, o álbum Noturno é fechado com leitura de trecho do poema Uma pequenina luz (1972), de autoria de Jorge de Sena (1912 – 1978), poeta português naturalizado brasileiro em 1963.
Entre bolero inédito de Tim Bernardes, Prudência, Bethânia registra no álbum Noturno músicas então inéditas que apresentou no show Claros breus (2019), como A flor encarnada (Adriana Calcanhotto), Luminosidade (Chico César) e Músicas, música (Roque Ferreira), além do samba-canção Bar da noite (Bidu Reis e Haroldo Barbosa, 1953).
Completam o repertório De onde eu vim (Paulo
Dáfilin), Dois de junho (Adriana Calcanhotto, 2020) e Lapa santa (Paulo Dáfilin
e Roque Ferreira).
O álbum será lançado no próximo dia 30/7, em todas as
plataformas digital e também em CD.
Foto: Jorge Bispo / Divulgação |
Maria Bethânia lança novo
album ‘estratosférica’
Por Redação
24 de julho de 2021
Foto: Jorge Bispo / Divulgação |
LANÇAMENTO Cantora da MPB também interpreta samba dos compositores Serginho Meriti e Xande de Pilares no disco programado para ser lançado em 30 de julho
Maria
Bethânia grava pela primeira vez uma música de autoria do sobrinho Zeca Veloso,
artista carioca revelado como compositor há seis anos na voz de Gal Costa – com
o registro da canção Você me deu no álbum Estratosférica (2015) – e projetado
há quatro anos no show Ofertório (2017), feito por Zeca em família com o pai,
Caetano Veloso, e com os irmãos Moreno Veloso e Tom Veloso.
MÚSICA
‘O
sopro do fole’, composto por Zeca Veloso e apresentada como canção de exílio de
inspiração nordestina, é uma das onze músicas que formam o repertório de
Noturno, álbum que Maria Bethânia lançará em 30 de julho, em edição da
gravadora Biscoito Fino, inclusive no formato de CD.
REPERTÓRIO
Outra
novidade do repertório do disco é Cria da comunidade, samba dos compositores
Serginho Meriti e Xande de Pilares, autores que mostraram em 2020 no YouTube um
samba então inédito, apresentado com o título de Filha da comunidade.
No álbum Noturno, Bethânia também dá voz à canção Vidalita (2000), música de estilo flamenco, da lavra da cantora e compositora espanhola Mayte Martín. A música foi lançada pela autora há 21 anos no álbum Querência (2000).
ÁLBUM
Com
onze músicas e 12 faixas, o álbum Noturno é fechado com leitura de trecho do
poema Uma pequenina luz (1972), de autoria de Jorge de Sena (1912 – 1978),
poeta português naturalizado brasileiro em 1963.
Entre bolero inédito de Tim Bernardes, Prudência, Bethânia registra no álbum Noturno músicas então inéditas que apresentou no show Claros breus (2019), como A flor encarnada (Adriana Calcanhotto), Luminosidade (Chico César) e Músicas, música (Roque Ferreira), além do samba-canção Bar da noite (Bidu Reis e Haroldo Barbosa, 1953).
Completam o repertório De onde eu vim (Paulo Dáfilin), Dois de junho (Adriana Calcanhotto, 2020) e Lapa santa (Paulo Dáfilin e Roque Ferreira), faixa lançada na sexta-feira, 16 de julho, como segundo single do álbum, anunciado oficialmente em 25 de junho com o single A flor encarnada.
O disco Noturno, de Maria Bethânia chega comemorando os 75 anos de vida e os 55 como cantora - Foto: Jorge Bispo
‘Esse
disco foi feito no auge da pandemia, tivemos que fazer com muito rigor’, diz
Maria Bethânia - Foto: Jorge Bispo
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